terça-feira, 29 de setembro de 2020

Qual é a melhor postura para rezar o Pai-Nosso na Missa e por quê?

 Nós, na missa, temos dois momentos de maior importância: a consagração e a comunhão. É na missa que temos nossa unidade; é nela que nos unimos a Jesus e em Jesus, por meio do sacerdócio comum dos fiéis. E dar as mãos é, obviamente, uma distração disso. Nós, católicos, nos unimos na comunhão, e não quando damos as mãos.

Não há nada na Instrução Geral do Missal Romano que indique que a prática de dar as mãos tenha de ser feita. Na missa, cada gesto é regulado pela Igreja.


É por isso que temos partes particulares da missa nas quais nos ajoelhamos, partes nas quais nos levantamos, partes nas quais nos sentamos etc. E não há menção alguma nos documentos que fale que precisamos dar as mãos para rezar o Pai-Nosso.


Portanto, esta prática deve ser evitada durante a celebração da missa. Porém, se alguém quiser fazer isso, que faça (como exceção) com alguém de absoluta confiança, sem forçar ninguém, sem incomodar ninguém e sem a intenção de que isso se transforme em norma litúrgica para todos.


É preciso levar em consideração que nem todo mundo quer segurar a mão do vizinho, e tentar impor isso pode acabar sendo incômodo em detrimento da oração, da piedade e do recolhimento.


Outra coisa muito diferente é a oração comunitária fora damissa. Quando se reza fora da missa, não há problema algum em segurar a mão de alguém, pois isso é um gesto muito emotivo e simbólico.


Esta, como outras atitudes, não é senão a exaltação do sentimento. O estar em comunhão com alguém não consiste tanto em dar as mãos ao rezar o Pai-Nosso, e sim no fato de estar confessado, no fato de estarem em estado de graça e, sobretudo, no fato de estarem preparados para a Eucaristia.


Se o gesto de dar as mãos fosse necessário, importante ou conveniente para toda a Igreja, os bispos ou as conferências episcopais já teriam enviado uma petição a Roma, há muito tempo, para que tal prática fosse implantada. Não o fizeram e penso que nunca o farão.


Outra coisa que se vê muito quando se reza o Pai-Nosso é que as pessoas levantem as mãos, como o padre faz, e isso tampouco é correto, porque não cabe aos leigos, durante a missa, fazer os gestos reservados ao sacerdote, nem pronunciar as palavras ou orações do padre, confundindo o sacerdócio comum dos fiéis com o sacerdócio ministerial.


Só os padres estendem as mãos; é melhor que os fiéis permaneçam como estão ou orem com as mãos unidas, pois a fé interior é o que importa, é o que Deus vê.

Os gestos externos do padre na santa missa existem para que os fiéis vejam que o sacerdote é o homem designado que intercede por eles.


Estender os braços na oração já era habitual na Igreja primitiva, mas no contexto de um círculo de oração, na oração privada ou em outro encontro não litúrgico.

Os gestos na missa são precisos, tanto para o padre quanto para os fiéis; cada um faz sua parte e os fiéis não devem copiar os gestos do sacerdote. Os gestos dos fiéis na missa são suas respostas, seu canto, suas posturas.


Tanto o gesto de dar as mãos como o de levantar as mãos ao rezar o Pai-Nosso são, nos fiéis, práticas não litúrgicas que, ainda que não estejam explicitamente proibidas no missal, tampouco correspondem a uma liturgia correta.


Os fiéis não devem repetir, nem com palavras nem com ações, o que o padre faz ao presidir a assembleia litúrgica.

Dar-se as mãos ou levantar os braços durante o Pai Nosso?

 Muitas pessoas dizem que não devemos dar-nos as mãos quando rezamos a oração do Senhor, porque não é uma oração comunitária, mas uma oração ao “Pai Nosso”. Alguns sacerdotes explicaram que já que a Santa Sé nunca especificou o tema, então estamos livres para fazer como quisermos. Pode-se recitar o Pai Nosso de mãos dadas ou não? Qual é o modo no qual a tradição católica romana convida a recitar a oração do Senhor durante a Missa?


É verdade que não existe nenhuma prescrição de se dar as mãos ou não durante a recitação do Pai Nosso. Até agora nem a Santa Sé, nem as Conferências Episcopais, indicaram se deve-se dar as mãos ou não durante a oração do Pai Nosso.

Porém, enquanto não há nenhuma dificuldade particular se quem dá as mãos é um casal, uma família ou um pequeno grupo, surge o problema da obrigação de toda a assembleia de fazê-lo ou não.

O processo para a introdução de qualquer novo rito ou gesto na liturgia de modo estável ou até mesmo  em associação está previsto no direito litúrgico. Para que ocorra uma mudança estável é necessário uma maioria de dois terços dos votos na Conferência episcopal e a aprovação da Santa Sé.

Portanto, se nenhuma conferência episcopal nem a Santa Sé jamais pensaram em prescrever eventuais posições das mãos para a oração do Pai Nosso, não é possível que uma autoridade menor imponha um gesto não pedido pela lei litúrgica.

Enquanto não há indicações sobre a posição dos fieis, de dar-se ou não dar-se as mãos, sim há indicações claras para o sacerdote e todos os concelebrantes de rezar o Pai nosso com os braços erguidos: “Portanto, o celebrante principal, com as mãos juntas, diz a introdução da oração do Senhor. Depois, com os braços erguidos, diz a mesma oração junto com os outros sacerdotes concelebrantes, que também rezam com os braços levantados e com as pessoas”.

Poder-se-ia argumentar que o gesto de dar-se as mãos exprime a união família da Igreja. Mas cantar e recitar a oração do Pai Nosso já expressa esse elemento.

O ato de dar-se as mãos enfatiza a unidade pessoal do ponto de vista humano e físico e exige mais esforço do que o ato espontâneo de pequenos grupos. O dar-se as mãos é mais difícil no contexto das grandes reuniões e algumas pessoas se sentem incomodadas porque vêem isso como uma imposição.

O uso desta prática durante o Pai Nosso poderia desviar e distrair da referência direta a Deus, dado que a oração é de adoração e de súplica. A este respeito nos números 2777-2865 do Catecismo da Igreja Católica, é explicado que a prática de dar-se as mãos poderia favorecer um sentido mais horizontal e simples.

Também, dar-se as mãos durante o Pai Nosso tende a antecipar e duplicar o sinal da paz, do ponto de vista simbólico e, portanto, reduz o seu valor.

Por todas estas razões, ninguém deveria ter problema de não querer participar desse gesto, caso não goste. Basta seguir os costumes universais da Igreja, sem ser acusado de ser uma causa de desarmonia.

Um caso diferente é a prática de algumas pessoas de tomarem a posição Orantes, ou seja com os braços abertos.

É o gesto que faz o padre durante a recitação do Pai-Nosso.

Em alguns países, na Itália, por exemplo, a Santa Sé concedeu o pedido dos bispos de permitir a qualquer um de ter esta posição durante o Pai Nosso. Normalmente cerca de um terço, até mesmo a metade, dos fieis reunidos decidem fazer este gesto.

Apesar das aparências, esse gesto não é, estritamente falando, uma tentativa dos leigos de usurpar as funções sacerdotais.

O Pai Nosso é a oração de toda a assembléia, e não uma oração exclusiva dos sacerdotes. Portanto, no caso do Pai-Nosso, a postura Orantes expressa a oração dirigida a Deus pelos seus filhos.


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5 erros que cometemos na Santa Missa.

 1 – Elevar as mãos na Hora do Pai Nosso:

Não se deve elevar as mãos no Pai Nosso. Por que este é um ato somente do SACERDOTE. Nesta época triste em que vivemos de uma crise de fé, virou-se costume copiar o que o sacerdote faz, como se o sacerdote fosse apenas um “presidente” da celebração, igual a todo mundo, um pensamento ERRADO e protestantizado, pois o Padre está muito acima dos fiéis. Existem orações próprias dos sacerdotes, e gestos próprios deles. Quem eleva as mãos oferecendo a Deus é o SACERDOTE. Virou-se costume por parte dos leigos elevar as mãos, copiando o gesto do padre. Isso é errado e não deve ser feito.


2 – Responder Amém depois do Pai Nosso:


Não existe amém depois do Pai Nosso. Algumas paróquias que expõem slides contendo as leituras da Missa colocam uma observação após o Pai-Nosso: “Aqui não se diz amém”.

Se você também já fez essa pergunta: “Porque não dizer amém depois do Pai-Nosso?” vamos esclarecer essa dúvida.

Vejamos o que diz a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR) no número 81:

“Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação dos pecados, de modo que efetivamente ‘as coisas santas sejam dadas aos santos’. O sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam juntamente com ele. Então o sacerdote diz sozinho o embolismo, que o povo conclui com uma doxologia. O embolismo é o desenvolvimento da última petição da oração dominical; nele se pede para toda a comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal.

O convite, a oração, o embolismo e a doxologia conclusiva dita pelo povo, devem ser cantados ou recitados em voz alta.”

A oração que se segue ao “Pai-Nosso” é chamada de embolismo, que tem o sentido de continuar a oração com uma petição de mesma intenção da parte final do Pai-Nosso. Ela termina com o povo dizendo “Vosso é o reino o poder e a glória para sempre“.

A descrição da oração é assim:

O sacerdote faz um convite ao Pai-Nosso.

Nós rezamos: “Pai nosso, que estais nos céus… Mas livrai-nos do mal”.

Sacerdote: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador. (Este é o embolismo, uma repetição do Pai-Nosso. Repare que é uma extensão do final do Pai-Nosso, com outras palavras. Por causa dele não se diz “amém” ao final do Pai-Nosso)

Nós rezamos: Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre! (Essa é a doxologia).


3 – Rezar Junto com o sacerdote a Oração “Por Cristo, com Cristo e em Cristo…” e elevar as mãos para o altar: Errado! Esta é uma oração exclusiva do sacerdote, é O SACERDOTE quem oferece as espécies e não os leigos. Como falei no item numero 1, não se deve imitar o sacerdote, tampouco falar orações que são próprias dele. Bem como a oração da Paz: “Eu vos deixo a Paz, eu vou dou a minha paz…” NÃO SE DEVE rezar junto com o Padre.


4 – “Ele está no meio de nos” —> ERRADO

“Et cum Spiritu tuo.” —> CORRETO (E com teu espírito).

Para isso basta ver um vídeo do Próprio Papa, a resposta correta é essa “e com teu espírito” e NUNCA Ele está no meio de nós. Assistam uma missa do papa e prestem atenção.

Essa tradução absurda foi feita, ao que se diz, pelo Bispo Dom Isnard, e ela insinua que Deus está no povo. E isso é um absurdo. Ademais, essa ideia errada de que Deus está no povo se harmoniza com a doutrina herética adotada pelos liturgicistas modernistas de que a presença de Deus está no povo e não na hóstia consagrada, pela doutrina que eles sugaram do rabino cabalista Martin Buber da formação de um eu coletivo do povo, eu coletivo que seria Deus.

Tudo isso para negar a presença real de Cristo na hóstia consagrada, onde Jesus está presente realmente com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Na época esta tradução foi REJEITADA pelo Vaticano, mas os bispos do Brasil não ouviram, e fizeram pouco caso, e tudo continuou como está. Esta tradução está feita apenas NO BRASIL, em vários outros países a tradução está correta: “E com teu espírito”.


5 – Bater palmas durante a Missa:

O Missal manda bater palmas?

NAO, o Missal NAO CITA PALMAS.

Assim como não tem documento proibindo nos entrarmos de moto dentro da missa, e não significa que eu possa acrescentar isso.

Assim diz um documento da Igreja:

“Por isso, ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica”. (Sacrosanctum Concilium nº 22).


ESPERO QUE TENHA SIDO ÚTIL.

O que um leigo não pode fazer na Missa?

 O leigo não pode fazer as orações presidenciais (a oração do dia - coleta, a oração sobre as oferendas e a oração depois da comunhão).


O leigo não pode simular sacramento (celebrar no lugar do padre).

O leigo não pode distribuir a sagrada comunhão, a menos que seja delegado de modo extraordinário para auxiliar o sacerdote a cujo ministério está ordenada esta função.


O leigo não pode apresentar o cálice durante a doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo..).

O leigo não pode apresentar âmbulas ou hóstias durante a doxologia.

O leigo não pode proclamar o evangelho na missa.

O leigo não pode fazer a homilia. A ele cabe apenas uma reflexão da Palavra.

O leigo não pode rezar o embolismo nem a oração da paz junto com o Padre (Livrai-nos de todos os males… Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos Apóstolos…).

O leigo não pode rezar nenhuma parte da oração Eucarística que é reservada ao sacerdote, com exceção das respostas que são próprias de cada oração. A mesma começa no diálogo inicial “O Senhor esteja Convosco. Ele está no meio de nós” e prossegue até o Amém da doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo…).

O lugar do leigo é na assembléia e não no presbitério. A menos que tal leigo seja o acólito que auxilia o sacerdote junto ao altar.

Os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística não são acólitos.

Os acólitos possuem funções próprias. A função do MECE é somente de auxiliar o sacerdote na distribuição da comunhão e, eventualmente, preparar alfaias e vasos sagrados para a missa caso não haja sacristão na Igreja.


Espero ter podido contribuir para uma melhor participação ativa e de fato frutuosa na celebração eucarística.