Apóstrofe (com E)
É o chamamento do receptor, que pode ser fictício. Aparece em poesia, em música, em orações. É o vocativo.
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor,
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um outro qualquer. Nervos de aço – Lupicínio Rodrigues
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai – Cálice – Chico Buarque de Holanda
Quando, seu moço, nasceu meu rebento, não era o momento de ele rebentar – Chico Buarque de Holanda
Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada – Noel Rosa
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este! Olavo Bilac
Tende piedade, Senhor, das santas mulheres,
Dos meninos velhos, dos homens humilhados — sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!
(Vinícius de Moraes)
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.”
(Fernando Pessoa)
Oh, minha amada
Que os olhos teus
São cais noturnos
Cheios de adeus – Vinicius de Moraes
Por que foges assim, barco ligeiro?
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Que cena infame e vil… Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?… Castro Alves - O Navio Negreiro
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado; – Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu
Apóstrofo (com O)
É o sinal que serve para indicar elisão (queda de uma letra). Ex.: caixa-d’água, copo-d’água, estrela-d’alva, pau-d’arco.
A leitura d’Os Sertões e d’Os Lusíadas requer muito tempo.
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas – Castro Alves
Nesse último caso, a elisão tem o nome especial de ectilipse, pois o som nasal (nasalação) desaparece.
Elisão, gramaticalmente falando, é a supressão de fonemas em uma palavra ou expressão.
Fora do contexto gramatical, elisão, elusão e evasão fiscal são usados no direito tributário para nomear formas de se evitar o pagamento de tributos.
Emprego do apóstrofo segundo o Novo Acordo Ortográfico:
São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:
a) Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respectiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d'Os Lusíadas, d'Os Sertões; n 'Os Lusíadas, n 'Os Sertões; pel' Os Lusíadas, pel' Os Sertões. Nada obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os Lusíadas, etc.
As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos: a A Relíquia, a Os Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.
b) Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de maiúscula: d'Ele, n'Ele, d'Aquele, n'Aquele, d'O, n'O, pel'O, m'O, t'O, lh'O, casos em que a segunda parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d'Ela, n'Ela, d'Aquela, n'Aquela, d'A, n'A, pel'A, tu'A, t'A, lh'A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência, etc. Exemplos frásicos: confiamos n'O que nos salvou; esse milagre revelou-m'O; está n'Ela a nossa esperança; pugnemos pel'A que é nossa padroeira.
À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode, a Aquela que nos protege.
c) Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant'Ana, Sant'Iago, etc. É, pois, correto escrever: Calçada de Sant'Ana. Rua de Sant'Ana; culto de Sant'Iago, Ordem de Sant'Iago. Mas, se as ligações deste género, como é o caso destas mesmas Sant'Ana e Sant'Iago, se tornam perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém. Em paralelo com a grafia Sant'Ana e congéneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o final: Nun'Álvares, Pedr'Eanes.
Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc.
d) Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da preposição de, em combinação com substantivos: borda-d'água, cobra-d'água, copo-d'água, estrela-d'alva, galinha-d'água, mãe-d'água, pau-d'água, pau-d'alho, pau-d'arco, pau-d'óleo.
Limita-se o emprego do apóstrofo aos seguintes casos:
1º - Indicar a supressão de uma letra ou letras no verso, por exigência da metrificação, principalmentre entre poetas portuguesas: c'roa, esp'rança, of'recer, 'star, etc.
2º - Reproduzir certas pronúncias populares: 'tá, 'teve, etc.
3º - Indicar a supressão da vogal, já consagrada pelo uso, em certas palavras compostas ligadas pela preposição de: copo-d'água (planta; lanche), galinha-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, pau-d'água (árvore; ébrio), pau-d'albo, pau-d'arco, etc.
Observação. - Restringindo-se o emprego do apóstrofo a esses casos, cumpre não se use dele em nenhuma outra hipótese. Assim, não será empregado:
a) nas contrações das preposições de e em com artigos, adjetivos ou pronomes demonstrativos, indefinidos, pessoais e com alguns advérbios: dei (em aqui-del-rei); dum, duma (a para de de um, de uma), num, numa (a par de em um, em uma); dalgum, dalguma (a par de de algum, de alguma); nalgum, nalguma (a par de em algum, em alguma); dalguém, nalguém (a par de de alguém, em alguém); doutrem, noutrem (a par de de outrem, em outrem); dalgo, dalgures (a par de de algo, de algures); daquém, dalém, dacolá (a par de de aquém, de além, de acolá); doutro, noutro (a par de de outro, em outro); dele, dela, nele, nela, deste, desta, neste, nesta, daquele, daquela, naquele, naquela; disto, nisto, daquilo, naquilo; daqui, daí, dacolá, donde, dantes; dentre, doutrora (a par de de outrora), noutrora; doravante (a par de de ora avante); etc.
b) nas combinações dos pronomes pessoais: mo, ma, mos, mas, to, ta, tos, tas, lho, lha, lhos, lhas, no-lo, no-la, no-los, no-ias, vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las.
c) nas expressões vocabulares que se tornaram unidades fonéticas e semânticas: dessarte, destarte, homessa, tarrenego, tesconjuro, vivalma, etc.
d) nas expressões de uso constante e geral na linguagem vulgar: co, coa, ca, cos, cas, coas (= com o, com a, com os, com as), plo, pla, plos, plas (= pelo, pela, pelos, pelas), pra (= para), pro, pra, pros, pras ( = para o, para a, para os, para as), etc.
Não confundir com aposto:
(a.pos.to)
[ô]
sm.
1. Gram. Palavra ou expressão, geralmente isolada por vírgulas ou equivalente (dois-pontos, parênteses ou travessão), que explica, enumera, especifica, resume, distribui ou compara o sentido de outro termo anterior. [Quando o aposto especifica um termo de sentido amplo (pessoa ou lugar), liga-se ao termo diretamente, sem pontuação.]
Aposto explicativo - Aposto que identifica ou explica o termo anterior
Aposto resumitivo - Aposto que resume uma sequência de termos anteriores em uma enumeração de um sujeito composto, através de um pronome indefinido; aposto recapitulativo.
Aposto especificativo - Aposto que individualiza um substantivo de sentido genérico, normalmente é um nome próprio de pessoa ou lugar, precedido ou não da preposição de.
Aposto oracional - Oração que apresenta valor apositivo e se encontra sintaticamente dependente da outra; oração subordinada substantiva apositiva.
Aposto enumerativo - Aposto que desenvolve termos anteriores
Aposto distributivo - Aposto que distribui as informações de termos separadamente, retomando elementos no texto, geralmente formado por pronomes indefinidos ou demonstrativos.
Aposto comparativo - Aposto que estabelece uma comparação, sem a presença de elemento conectivo, evidenciando um caráter metafórico.
a.
2. Posto junto; JUSTAPOSTO [+ a : O novo artigo aposto à terceira cláusula.]
[Fem.: [ó]. Pl.: [ó].]
[F.: Do lat. appositus. Hom./Par.: aposto (sm.a.), aposto (fl. de apostar).]
Não confundir com apóstolo:
(a.pós.to.lo)
sm.
1. Rel. Cada um dos doze discípulos de Jesus.
2. Pioneiro na difusão da fé cristã em uma região; CATEQUIZADOR; EVANGELIZADOR
3. P.ext. Rel. Missionário abnegadamente dedicado à catequização, à evangelização.
4. Fig. Defensor e divulgador de uma instituição, de uma ideologia, de um sistema de crenças etc.: apóstolo da democracia
[F.: Do gr. apóstolos, ou, 'enviado' (de apostello 'eu envio'), pelo lat. apostolus, i. Hom./Par.: apóstolo (sm.), apostolo (fl. de apostolar).]
É o chamamento do receptor, que pode ser fictício. Aparece em poesia, em música, em orações. É o vocativo.
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor,
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um outro qualquer. Nervos de aço – Lupicínio Rodrigues
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai – Cálice – Chico Buarque de Holanda
Quando, seu moço, nasceu meu rebento, não era o momento de ele rebentar – Chico Buarque de Holanda
Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada – Noel Rosa
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este! Olavo Bilac
Tende piedade, Senhor, das santas mulheres,
Dos meninos velhos, dos homens humilhados — sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!
(Vinícius de Moraes)
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.”
(Fernando Pessoa)
Oh, minha amada
Que os olhos teus
São cais noturnos
Cheios de adeus – Vinicius de Moraes
Por que foges assim, barco ligeiro?
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Que cena infame e vil… Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?… Castro Alves - O Navio Negreiro
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado; – Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu
Apóstrofo (com O)
É o sinal que serve para indicar elisão (queda de uma letra). Ex.: caixa-d’água, copo-d’água, estrela-d’alva, pau-d’arco.
A leitura d’Os Sertões e d’Os Lusíadas requer muito tempo.
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas – Castro Alves
Nesse último caso, a elisão tem o nome especial de ectilipse, pois o som nasal (nasalação) desaparece.
Elisão, gramaticalmente falando, é a supressão de fonemas em uma palavra ou expressão.
Fora do contexto gramatical, elisão, elusão e evasão fiscal são usados no direito tributário para nomear formas de se evitar o pagamento de tributos.
Emprego do apóstrofo segundo o Novo Acordo Ortográfico:
São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:
a) Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respectiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d'Os Lusíadas, d'Os Sertões; n 'Os Lusíadas, n 'Os Sertões; pel' Os Lusíadas, pel' Os Sertões. Nada obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os Lusíadas, etc.
As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos: a A Relíquia, a Os Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.
b) Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de maiúscula: d'Ele, n'Ele, d'Aquele, n'Aquele, d'O, n'O, pel'O, m'O, t'O, lh'O, casos em que a segunda parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d'Ela, n'Ela, d'Aquela, n'Aquela, d'A, n'A, pel'A, tu'A, t'A, lh'A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência, etc. Exemplos frásicos: confiamos n'O que nos salvou; esse milagre revelou-m'O; está n'Ela a nossa esperança; pugnemos pel'A que é nossa padroeira.
À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode, a Aquela que nos protege.
c) Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant'Ana, Sant'Iago, etc. É, pois, correto escrever: Calçada de Sant'Ana. Rua de Sant'Ana; culto de Sant'Iago, Ordem de Sant'Iago. Mas, se as ligações deste género, como é o caso destas mesmas Sant'Ana e Sant'Iago, se tornam perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém. Em paralelo com a grafia Sant'Ana e congéneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o final: Nun'Álvares, Pedr'Eanes.
Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc.
d) Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da preposição de, em combinação com substantivos: borda-d'água, cobra-d'água, copo-d'água, estrela-d'alva, galinha-d'água, mãe-d'água, pau-d'água, pau-d'alho, pau-d'arco, pau-d'óleo.
Limita-se o emprego do apóstrofo aos seguintes casos:
1º - Indicar a supressão de uma letra ou letras no verso, por exigência da metrificação, principalmentre entre poetas portuguesas: c'roa, esp'rança, of'recer, 'star, etc.
2º - Reproduzir certas pronúncias populares: 'tá, 'teve, etc.
3º - Indicar a supressão da vogal, já consagrada pelo uso, em certas palavras compostas ligadas pela preposição de: copo-d'água (planta; lanche), galinha-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, pau-d'água (árvore; ébrio), pau-d'albo, pau-d'arco, etc.
Observação. - Restringindo-se o emprego do apóstrofo a esses casos, cumpre não se use dele em nenhuma outra hipótese. Assim, não será empregado:
a) nas contrações das preposições de e em com artigos, adjetivos ou pronomes demonstrativos, indefinidos, pessoais e com alguns advérbios: dei (em aqui-del-rei); dum, duma (a para de de um, de uma), num, numa (a par de em um, em uma); dalgum, dalguma (a par de de algum, de alguma); nalgum, nalguma (a par de em algum, em alguma); dalguém, nalguém (a par de de alguém, em alguém); doutrem, noutrem (a par de de outrem, em outrem); dalgo, dalgures (a par de de algo, de algures); daquém, dalém, dacolá (a par de de aquém, de além, de acolá); doutro, noutro (a par de de outro, em outro); dele, dela, nele, nela, deste, desta, neste, nesta, daquele, daquela, naquele, naquela; disto, nisto, daquilo, naquilo; daqui, daí, dacolá, donde, dantes; dentre, doutrora (a par de de outrora), noutrora; doravante (a par de de ora avante); etc.
b) nas combinações dos pronomes pessoais: mo, ma, mos, mas, to, ta, tos, tas, lho, lha, lhos, lhas, no-lo, no-la, no-los, no-ias, vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las.
c) nas expressões vocabulares que se tornaram unidades fonéticas e semânticas: dessarte, destarte, homessa, tarrenego, tesconjuro, vivalma, etc.
d) nas expressões de uso constante e geral na linguagem vulgar: co, coa, ca, cos, cas, coas (= com o, com a, com os, com as), plo, pla, plos, plas (= pelo, pela, pelos, pelas), pra (= para), pro, pra, pros, pras ( = para o, para a, para os, para as), etc.
Não confundir com aposto:
(a.pos.to)
[ô]
sm.
1. Gram. Palavra ou expressão, geralmente isolada por vírgulas ou equivalente (dois-pontos, parênteses ou travessão), que explica, enumera, especifica, resume, distribui ou compara o sentido de outro termo anterior. [Quando o aposto especifica um termo de sentido amplo (pessoa ou lugar), liga-se ao termo diretamente, sem pontuação.]
Aposto explicativo - Aposto que identifica ou explica o termo anterior
Aposto resumitivo - Aposto que resume uma sequência de termos anteriores em uma enumeração de um sujeito composto, através de um pronome indefinido; aposto recapitulativo.
Aposto especificativo - Aposto que individualiza um substantivo de sentido genérico, normalmente é um nome próprio de pessoa ou lugar, precedido ou não da preposição de.
Aposto oracional - Oração que apresenta valor apositivo e se encontra sintaticamente dependente da outra; oração subordinada substantiva apositiva.
Aposto enumerativo - Aposto que desenvolve termos anteriores
Aposto distributivo - Aposto que distribui as informações de termos separadamente, retomando elementos no texto, geralmente formado por pronomes indefinidos ou demonstrativos.
Aposto comparativo - Aposto que estabelece uma comparação, sem a presença de elemento conectivo, evidenciando um caráter metafórico.
a.
2. Posto junto; JUSTAPOSTO [+ a : O novo artigo aposto à terceira cláusula.]
[Fem.: [ó]. Pl.: [ó].]
[F.: Do lat. appositus. Hom./Par.: aposto (sm.a.), aposto (fl. de apostar).]
Não confundir com apóstolo:
(a.pós.to.lo)
sm.
1. Rel. Cada um dos doze discípulos de Jesus.
2. Pioneiro na difusão da fé cristã em uma região; CATEQUIZADOR; EVANGELIZADOR
3. P.ext. Rel. Missionário abnegadamente dedicado à catequização, à evangelização.
4. Fig. Defensor e divulgador de uma instituição, de uma ideologia, de um sistema de crenças etc.: apóstolo da democracia
[F.: Do gr. apóstolos, ou, 'enviado' (de apostello 'eu envio'), pelo lat. apostolus, i. Hom./Par.: apóstolo (sm.), apostolo (fl. de apostolar).]
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