sábado, 30 de novembro de 2019

Guia para alimentação de crianças até 2 anos / O que incluir no cardápio do bebê com atenção?

Guia para a Alimentação de Crianças Até Dois Anos

Antes dos seis meses, não ofereça complementos ao leite materno.

Passo 1 - Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

Revendo seus Conhecimentos

Para que o aleitamento materno exclusivo seja bem sucedido é importante que, além da mãe estar motivada, o profissional de saúde saiba orientá-la e apresentar propostas para resolver os problemas mais comuns enfrentados por ela durante a amamentação. Porque as mães oferecem chás, água ou outro alimento? Porque acham que a criança está com sede; para diminuir as cólicas; para acalmá-la a fim de que durma mais, ou porque pensam que seu leite é fraco ou pouco e não está sustentando adequadamente a criança. Nesse caso, é necessário admitir que as mães não estão tranqüilas quanto a sua capacidade para amamentar. É preciso orientá-las:

  • que o leite dos primeiros dias pós-parto, chamado de colostro, é produzido em pequena quantidade, e é o leite ideal nos primeiros dias de vida, principalmente se o bebê for prematuro, pelo seu alto teor de proteínas.
  • que o leite materno contém tudo o que o bebê necessita até o 6 º mês de vida, inclusive água. Assim, a oferta de chás e água é desnecessária, e pode prejudicar a sucção do bebê, fazendo com que este mame menos leite materno, pois o volume desses líquidos irá substituí-lo. Esses representam um meio de contaminação que pode aumentar o risco de doenças. A oferta desses líquidos em chuquinhas ou mamadeiras faz com que o bebê engula mais ar (aerofagia) propiciando desconforto abdominal pela formação de gases, e consequentemente, cólicas no bebê. Além disso, instala-se a confusão de bicos na hora de mamar no peito, dificultando a pega correta da mama pelo bebê (ver quadro ao lado).

A pega errada vai prejudicar o esvaziamento total da mama, impedindo que o bebê mame o leite posterior (leite do final da mamada) que é rico em gordura, diminuindo a saciedade e encurtando os intervalos entre as mamadas. Assim, a mãe pode pensar que seu leite é insuficiente e fraco. Esses intervalos mais curtos entre as mamadas levam ao aumento da fermentação da lactose (açúcar do leite), agravando as cólicas do bebê.

Se as mamas não são esvaziadas de modo adequado ficam ingurgitadas, o que pode diminuir a produção de leite. Isso ocorre devido ao aumento da concentração de substâncias inibidoras da produção de leite.

O que a Mãe Deve Saber

  • Que o leite materno contém a quantidade de água suficiente para as necessidades do bebê, mesmo em climas muito quentes.
  • A oferta de água, chás ou qualquer outro alimento sólido ou líquido, aumenta a chance do bebê adoecer, além de substituir o volume de leite materno a ser ingerido, que é mais nutritivo.
  • O tempo para esvaziamento da mama, depende de cada bebê; há aquele que consegue fazê-lo em poucos minutos e aquele que o faz em trinta minutos ou mais.

Sinais Indicativos de que a Criança está Mamando de Forma Adequada

  • Boa pega
    O queixo está tocando o seio
    Lábio inferior virado para fora
    Há mais aréola visível acima da boca do que abaixo
    Ao amamentar, a mãe não sente dor no mamilo

  • Boa posição
    O pescoço do bebê está ereto ou um pouco curvado para trás, sem estar distendido
    A boca está bem aberta
    O corpo da criança está voltado para o corpo da mãe
    A barriga do bebê está encostado no tórax da mãe
    Todo o corpo do bebê recebe sustentação
    O bebê e a mãe devem estar confortáveis

Produção Versus Ejeção do Leite Materno

produção adequada de leite vai depender predominantemente da sucção do bebê (pega correta, frequência de mamadas), que estimula os níveis de prolactina (hormônio responsável pela produção do leite). Entretanto, a produção de ocitocina que é responsável pela ejeção do leite é facilmente influenciada pela condição emocional da mãe (auto-confiança). A mãe pode referir que está com pouco leite. Nesses casos, geralmente, o bebe ganha menos de 20g por dia, molha menos de seis fraldas por dia e, ao toque, as mamas da mãe apresentam-se flácidas. O profissional de saúde pode reverter essa situação orientando a mãe a colocar a criança mais vezes no peito para amamentar inclusive durante a noite, observando se a pega do bebe está correta.

Ao Amamentar

  • A mãe não deve ficar cansada, as costas precisam estar apoiadas em um sofá ou poltrona e o bebê apoiado sobre o colo materno. O uso de almofadas ou travesseiros pode ser útil;
  • Ela não deve sentir dor, se isso estiver ocorrendo, significa que a pega está errada.
  • A mãe que amamenta deve beber no mínimo, um litro de água pura diariamente e estimular o bebê a sugar corretamente e com mais freqüência (inclusive durante a noite).

Aos Poucos, Apresente Novos alimentos

Passo 2 : A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

Revendo Seus Conhecimentos

As necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno, embora este ainda continue sendo uma fonte importante de calorias e nutrientes.

A partir dos seis meses de idade, a criança já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos.

Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os dois anos ou mais. O leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra enfermidades.

Com a introdução dos alimentos complementares é importante que a criança receba água nos intervalos.

A partir dos seis meses a criança não apresenta mais o reflexo de protrusão da língua, o que facilita a ingestão de alimentos semi-sólidos; produz as enzimas digestivas em quantidades suficientes para essa nova fase; e, quando sentada, o pescoço não tomba mais, facilitando a alimentação oferecida por colher.

Os alimentos complementares, especialmente preparados para a criança, são chamados de alimentos de transição, A partir dos oito meses de idade a criança já pode receber os alimentos preparados para a família, desde que sem temperos picantes e oferecidos amassados, triturados ou picados em pequenos pedaços.

O que a Mãe Deve Saber

  • A introdução dos alimentos complementares deve lenta e gradual. A mãe deve ser informada que a criança tende a rejeitar as primeiras ofertas do(s) alimentos(s), pois tudo é novo: a colher, a consistência e o sabor.
  • A alimentação complementar, como o nome diz, é para complementar o leite materno não para substituí-lo. A introdução das refeições não devem substituir as mamadas.
  • No início, a quantidade de alimentos que a criança ingere é pequena e a mãe pode oferecer o peito após a refeição com os alimentos complementares. Há crianças que se adaptam facilmente às novas etapas e aceitam muito bem os novos alimentos. Outras precisam de mais tempo, não devendo esse fato ser motivo de ansiedade e angústia para as mães.
  • A partir da introdução dos alimentos complementares é importante oferecer água à criança, a mais limpa possível (tratada, filtrada ou fervida).

Sugestões para as Diferentes Combinações de Papas Salgadas


BATATA + couve + peixe
AIPIM/MANDIOCA + quiabo + frango desfiado
MACARRÃO + Vagem + (Picadinha ou frango desfiado)
BATATA DOCE + abobrinha + miúdos de frango
ARROZ + lentilha + tomate
BATATA BAROA + abóbora + bredo + fígado moído
FUBÁ + folha verde picadinha + carne moída
ARROZ + feijão amassado + cenoura
INHAME + beterraba + fígado de boi
FARINHA DE MANDIOCA + folhas verdes + carne moída

Intercale a Alimentação Complementar com o Aleitamento


Passo 3: Após seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes) 3 vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e 5 vezes ao dia, se estiver desmamada.

Revendo Seus Conhecimentos

Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos que compõem a alimentação do brasileiro.

Complementa-se a oferta de leite materno com alimentos que são mais comuns à região e ao hábito alimentar da família.

Os alimentos complementares, como refeição básica, três vezes aos dia, no primeiro ano de vida, vão contribuir com o fornecimento de energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a formação dos hábitos alimentares futuros. No segundo ano de vida devem ser acrescentados, além das refeições dois lanches ao dia.

Se a criança não estiver mais sendo alimentada ao peito, a oferta diária desses alimentos deve ser de cinco vezes, a partir dos seis meses de vida.

A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite materno reduz significativamente; por esse motivo a introdução de carnes e vísceras mesmo que seja em pequena quantidade, é muito importante.

A papa salgada deve conter um alimento do grupo dos cereais ou tubérculos, um das hortaliças (folhas ou legumes) e um do grupo dos alimentos de origem animal (frango, boi, peixe, miúdos, gema de ovo) ou das leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico).

O que a Mãe Deve Saber

  • Se a criança estiver mamando no peito, dos seis aos onze meses oferecer 3 refeições/dia com alimentos complementares.
  • No sexto e sétimo mês, essas refeições constituem-se em duas papas de frutas e uma salgada, preparada com legume, cereal ou tubérculo, e carne ou vísceras ou feijões.
  • A partir do oitavo mês, essas refeições constituem-se em duas papas salgadas e uma de fruta.
  • A partir dos doze meses acrescentar às três refeições, mais dois lanches ao dia, com fruta ou mingau de prato.
  • A introdução dos alimentos complementares deve ser feita com colher ou copo no caso da oferta de líquidos.
  • Se a criança não estiver recebendo leite materno, oferecer 5 refeições com alimentos complementares, desde os seis meses de vida: fruta duas vezes ao dia em forma de purê e papa salgada duas vezes ao dia, além de um mingau de cereal, farinha ou amido. Quando for utilizar farinhas como milho, trigo, arroz ou mandioca, preferir aquelas que são enriquecidas com ferro.
Alimentos que Podem ser Oferecidos à Criança como Lanches

  • Frutas (banana, manga, abacate, caju, maçã, mamão)
  • Mingau de prato feito com leite (materno, de preferência*) e cereais
  • Pães e biscoitos sem recheio
  • -ogurte natural ou coalhada caseira**
  • Batata ou Aipim/mandioca cozida
  • * Neste caso, usar farinhas cozidas para não levar o leite materno ao fogo.
  • ** Quando a criança não mama mais no peito
Grupos de alimentos:

Cereais e tubérculos:
Arroz, aipim, batata-doce, macarrão, batata, cará, farinhas, batata-baroa e inhame.

(*) Importante: Aconselha-se às mães o uso de farinhas enriquecidas com ferro e vitamina A.

Grãos:
Feijões, lentilha, ervilha seca, soja e grão-de-bico.

Hortaliças e frutas:
Folhas verdes, laranja, abóbora, banana, beterraba, abacate, quiabo, mamão, cenoura, melancia, tomate e manga.

Origem animal:
Frango, codorna, peixe pato, boi, ovo e vísceras (miúdos).

Respeitando Gostos e Quantidades de Alimentos

Passo 4: A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.

Revendo Seus Conhecimentos

O Crianças amamentadas desenvolvem muito cedo a capacidade de auto-controle sobre a ingestão de alimentos, segundo suas necessidades, pelo aprendizado da saciedade, após a comida, e da sensação fisiológica da fome durante o período de jejum.

Mais tarde, dependendo dos alimentos e da forma como lhe são oferecidos, também desenvolvem o auto-controle sobre a seleção dos alimentos. Portanto, a prática das mães/pais ou dos profissionais de saúde que adotam esquemas rígidos de alimentação prejudica o adequado desenvolvimento do auto-controle da ingestão alimentar pela criança.

Ressalta-se ainda que a criança que inicia a alimentação complementar está aprendendo a testar novos sabores e texturas de alimentos e que sua capacidade gástrica é pequena. Após os seis meses, a capacidade gástrica do bebê é de 20-30ml/Kg de peso.

São vários os fatores que podem fazer com que as mães/pais interfiram no auto-controle da criança pela demanda por alimentos. Entre eles, destacam-se:

O desconhecimento do comportamento normal da criança, ainda enquanto bebês, por parte de mães/pais. A dificuldade destes para distinguir o desconforto sentido pela criança em decorrência da sensação de fome, daqueles causados por outros tipos de fatores como sede, incômodo causado por fraldas sujas e molhadas, calor ou frio, necessidade de carinho e presença da mãe/pai. Assim, as mães/pais podem se ver tentados a oferecer alimentos a toda hora, mesmo quando a criança não tenha fome.

Geralmente há uma expectativa muito maior sobre a quantidade de alimentos que os filhos necessitam comer. Assim, a oferta de um volume maior de alimentos que a capacidade gástrica da criança pequena, resulta na recusa de parte da alimentação e conseqüentemente no aumento de ansiedade por parte dos pais. Por outro lado, no caso da criança maior este comportamento pode ser um fator de risco para ingestão alimentar excessiva e sobrepeso da criança.

O tamanho da refeição está relacionado positivamente com os intervalos entre as refeições. Isto é, grandes refeições estão associadas a longos intervalos e vice-versa.

O bebê deve receber alimentos quando demonstrar fome. Horários rígidos para a oferta de alimentos prejudicam a capacidade da criança de distinguir a sensação de fome e de estar satisfeito após a refeição

O que a Mãe Deve Saber

  • Distinguir o desconforto da criança com fome de outras situações como, sede, sono, frio, calor, fraldas molhadas ou sujas e não oferecer comida ou insistir para que a criança coma, quando ela não está com fome.
  • Oferecer a alimentação complementar regularmente, sem rigidez de horários, nos períodos que coincidem com o desejo de comer demonstrado pela criança. Após a oferta dos alimentos, a criança deve receber leite materno, caso demonstre que não está saciada.
  • Oferecer as três refeições complementares (no meio da manhã, no almoço, no meio da tarde) para crianças em aleitamento materno; para aquelas já desmamadas, adicionar mais duas refeições: no início da manhã e no meio da tarde ou início da noite.
  • São desaconselháveis práticas nocivas de gratificação (prêmios) ou coercitivas (castigos) para conseguir com que as crianças comam o que eles (os pais) acreditam que seja o necessário para ela, são desaconselháveis.
  • Algumas crianças precisam ser estimuladas a comer, nunca forçadas.

Alimentação Complementar das Crianças Entre 6-7 Meses em Aleitamento Materno

  • Aleitamento materno livre demanda
  • 1 papa de frutas no meio da manhã
  • 1 papa de frutas no final da manhã
  • 1 papa de frutas no meio da tarde

Obs. A partir do oitavo mês, substituir uma papa de frutas do meio da tarde pela papa salgada.

Saiba que a Consistência da Alimentação Complementar é Importante

Passo 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o inicio e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

É necessário que o profissional de saúde não utilize mais o termo sopa de legumes, pois este dá a idéia de consistência líquida e semilíquida, reforçando junto à mãe o uso dos termos papa ou comida.

O que a Mãe Deve Saber

  • No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos em água suficiente para amaciá-los.
  • Ao colocar os alimentos no prato, amassá-los com garfo. A consistência terá o aspecto pastoso (papa/purê). Não há necessidade de passar na peneira. A utilização do liquidificador é totalmente contra-indicada, porque a criança está aprendendo a distinguir a consistência, sabores e cores dos novos alimentos. Além do que, os alimentos liquidificados não vão estimular o ato da mastigação.
  • A partir dos 8 meses, algumas preparações da casa como o arroz, feijão, cozidos de carne ou legumes podem ser oferecidos à criança, desde que amassados ou desfiados e que não tenham sido preparados com condimentos (temperos) picantes.

Revendo Seus Conhecimentos

  • As dietas, quanto mais espessas e consistentes apresentam maior densidade energética (caloria/grama de alimento) do que as dietas diluídas, do tipo sucos e sopas ralas.
  • Como a criança tem capacidade gástrica pequena e consome poucas colheradas no início da introdução dos alimentos complementares, é necessário garantir o aporte calórico com papas de alta densidade energética.
  • Aos seis meses, a trituração complementar dos alimentos é realizada com as gengivas que já se encontram suficientemente endurecidas (devido a aproximação dos dentes da superfície da gengiva). A introdução da alimentação complementar espessa vai estimular a criança nas funções de lateralização da língua, jogando os alimentos para os dentes trituradores, e no reflexo de mastigação.
  • Com oito meses, a criança que for estimulada a receber papas com consistência espessa, vai desenvolver melhor a musculatura facial e a capacidade de mastigação. Assim, ela aceitará com mais facilidade a comida da família a partir dessa idade.
  • Não oferecer, como refeição, alimentos líquidos de baixa densidade energética do tipo sopas e sucos.
  • A alimentação oferecida à criança deve ser, desde o início, espessa sob a forma de papas e purês porque garante a quantidade de energia que ela precisa para ganhar peso e ter saúde.

Recomendações Para a Papa Salgada

a) Cozinhar bem todos os alimentos, para deixá-los bem macios.

b) Amassar com garfo, não liquidificar e não passar na peneira.

c) A papa deve ficar consistente, em forma de purê grosso.

d) oferecer a primeira papa salgada no almoço e quando o bebê tiver 7-8 meses oferecer outra papa salgada no jantar.


Ofereça uma Alimentação Colorida

Passo 6: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

Revendo Seus Conhecimentos

Os nutrientes estão distribuídos nos alimentos de forma variada. Os alimentos são classificados em grupos, de acordo com o nutriente que apresenta em maior quantidade. Alimentos que pertencem ao mesmo grupo podem ser fontes de diferentes nutrientes.

Exemplo: Grupo das frutas: o mamão é fonte de vitamina A e o caju é fonte de vitamina C.

Todos os dias devem ser oferecidos alimentos de todos os grupos e variar os alimentos dentro de cada grupo. A oferta de diferentes alimentos, durante as refeições, como frutas e papas salgadas, vai garantir o suprimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento normais.

As carnes e o fígado além de conter o ferro orgânico de alto aproveitamento biológico facilitam a absorção do ferro inorgânico contido nos vegetais e outros alimentos, mesmo que adicionadas em pequenas porções. O fígado é também uma excelente fonte de vitamina A.

O feijão e outras leguminosas também são importantes fontes de ferro inorgânico.

O que a Mãe Deve Saber

  • Oferecer duas frutas diferentes por dia, selecionando as frutas da estação, principalmente as ricas em vitamina A, como as amarelas ou alaranjadas.
  • Introduzir um alimento novo a cada dia;
  • Escolher um alimento de cada grupo da Pirâmide Alimentar Infantil para o preparo das papas salgadas, variando a escolha a cada refeição.
  • Sempre que possível, oferecer carne nas refeições.
  • Quando não for possível a presença da carne nas refeições, oferecer de 50 ml a 100 ml de suco de frutas ricas em vitamina C, logo após o término da ingestão alimentar, para facilitar a absorção do ferro inorgânico;
  • Oferecer os vegetais folhosos verde-escuros que são importantes fontes de ferro, associados a uma pequena porção de carne ou a alimentos ricos em vitamina C, para aumentar a absorção do ferro;

Estimule o Consumo de Hortaliças e Frutas

Passo 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

Revendo Seus Conhecimentos

As frutas e as hortaliças (legumes e verduras) são as principais fontes de vitaminas, minerais e fibra. Normalmente, os alimentos do grupo dos vegetais são inicialmente pouco aceitos pelas crianças porque, em parte, a criança pequena tem a propensão de aceitar melhor alimentos doces.

Técnicas inadequadas usadas na introdução dos alimentos complementares, podem também prejudicar a aceitação desses alimentos como:

  • A desistência de oferecer os alimentos que a criança não aceitou bem, nas primeiras vezes, por achar que ela não os aprecia;
  • O uso de misturas de vários alimentos, comumente liquidificados, dificultando à criança testar os diferentes sabores e texturas dos novos alimentos que estão sendo oferecidos;
  • A substituição da refeição por bebidas lácteas quando ocorre a primeira recusa do novo alimento pela criança.

Já foi demonstrado cientificamente que a criança, mesmo pequena, condiciona-se à oferta de um substituto para a alimentação recusada. O hábito alimentar da família que não inclui, diariamente, hortaliças e frutas.

O que a Mãe Deve Saber

  • Se a criança recusar determinado alimento, oferecer novamente em outras refeições. Lembrar que são necessárias, em média, oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança.
  • No primeiro ano de vida não se recomenda que os alimentos sejam muito misturados, porque a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e texturas dos alimentos. Oferecer uma fruta, um legume ou uma verdura de cada vez, na forma de papa ou purê; Quando oferecer mais de uma fruta ou legume por refeição, eles devem ser amassados e colocados em porções separadas. Assim, o seu paladar será melhor percebido pela criança.
  • Quando a criança já senta à mesa, o exemplo do consumo desses alimentos pela família vai encorajar a criança a consumi-los.
  • A criança que come desde cedo, frutas, verduras e legumes, variados, recebe maiores quantidades de vitamina, ferro e fibras, além de adquirir hábitos alimentares saudáveis.
  • Com pequenas porções de alimentos adequados e em apenas uma refeição é possível aumentar significativamente o aporte de proteína e ferro, além de sua biodisponibilidade.

Evite Alimentos que Não São Nutritivos

Passo 8: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

Revendo Seus Conhecimentos

Já foi comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce; no entanto, a adição de açúcar é desnecessária e pode ser evitada nos dois primeiros anos de vida. Essa atitude vai fazer com que a criança não se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes, alimentos que têm outros sabores. Até completar um ano de vida, a criança possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no café, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutricional.

O sal iodado, além de fornecer o iodo, é importante para que a criança se adapte à alimentação da família; porém, seu uso deve ser moderado e restrito àquele adicionado às papas salgadas.

Deve ser evitado o uso de alimentos industrializados, enlatados, embutidos e frituras, que contenham sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais. As frituras são desnecessárias especialmente nos primeiros anos de vida. A fonte de lipídeo para a criança já está presente naturalmente, no leite, nas fontes protéicas e no óleo vegetal utilizado para cocção (cozimento). O óleo usado para as frituras sofre superaquecimento, liberando radicais livres que são prejudiciais à mucosa intestinal do bebê e, a longo prazo, têm efeitos danosos sobre a saúde.
O mel é totalmente contra-indicado no primeiro ano de vida pelo risco de contaminação com Clostridium botulinum.

O que a Mãe Deve Saber

  • Oferecer alimentos in natura sem adição de açúcar; preferir frutas que não precisam ser adoçadas (laranja, caju, maçã, pêra, mamão, banana, melancia, goiaba, manga) ou legumes do tipo cenoura ou tomate.
  • A criança pequena não pode “experimentar” todos os alimentos consumidos pela família (por exemplo, iogurtes industrializados, queijinhos petit suisse, macarrão instantâneo, bebidas alcoólicas, salgadinhos, refrigerantes). Enquanto a família estiver consumindo esses alimentos, oferecer apenas frutas, sucos ou cereais, que são mais adequados e saudáveis para a criança.
  • Orientar os irmãos maiores para não oferecerem doces, sorvetes e refrigerantes para a criança pequena.
  • Orientar a mãe para ler o rótulo dos alimentos infantis antes de comprá-los para evitar oferecer à criança alimentos que contenham aditivos e conservantes artificiais.
  • Alguns alimentos não devem ser dados para a criança pequena porque não são saudáveis, além de tirar o apetite da criança e competir com os alimentos nutritivos.
A OMS recomenda o seguinte alerta às mães:

  • Líquidos e bebidas devem estar livres de contaminação. Então a água utilizada deve ser sempre fervida e o leite, in natura ou pasteurizado, também.
  • Lavar a casca das frutas antes de descascá-las ou de fazer o suco Bebidas tipo sucos e refrescos não devem substituir os alimentos sólidos nem o leite materno. Qualquer líquido deve ser oferecido sempre após as refeições.
  • Chá preto, chá mate, café e mate reduzem a absorção de ferro, portanto não devem ser oferecidos próximos às refeições.
Alimentos que NÃO Devem Ser Oferecidos à Criança Pequena

  • refrigerantes
  • produtos industrizalizados com conservantes
  • produtos com corantes artificiais
  • embutidos e enlatados
  • doces industrializados
  • café
  • chás
  • frituras
  • alimentos muito salgados ou adocicados
Tome Cuidado com a Higiene

Passo 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

Revendo Seus Conhecimentos

Enquanto o aleitamento materno exclusivo protege as crianças contra a exposição a microorganismos patogênicos, a introdução de outros alimentos as expõem ao risco de infecções.

Quando a criança passa a receber a alimentação complementar aumenta a possibilidade de doenças diarréicas que constituem importante causa de morbidade e mortalidade entre crianças pequenas.

Os maiores problemas dessa ordem são a contaminação da água e alimentos, durante sua manipulação e preparo, inadequada higiene pessoal e dos utensílios, alimentos mal cozidos e conservação dos alimentos em temperatura inadequada.

Os alimentos consumidos pela criança ou utilizados para preparar as suas refeições devem ser guardados em recipientes limpos e secos, em local fresco, tampados e longe do contato de moscas ou outros insetos, animais e poeira.

O uso de mamadeira é um risco de contaminação do alimento pela dificuldade para limpeza e adequada higienização.

Os alimentos preparados podem ser contaminados mais facilmente pela proliferação de microorganismo que causam doenças se permanecerem em temperatura ambiente por mais de seis horas, antes de serem oferecidos à criança ou se o refrigerador não consegue manter a temperatura adequada (em torno de 4 o C e 5 o C).

O que a Mãe Deve Saber
  • O Oferecer água o mais limpa possível (tratada, filtrada ou fervida) para a criança beber. O mesmo cuidado deve ser observado em relação à água usada para preparar os alimentos.
  • A mãe ou pessoa responsável deve lavar bem as mãos com água e sabão, toda vez que for preparar ou oferecer o alimento à criança.
  • As frutas devem ser lavadas em água corrente, antes de serem descascadas, mesmo aquelas que não sejam consumidas com casca.
  • Todo utensílio que vai ser utilizado para oferecer a alimentação à criança precisa ser lavado e enxaguado com água limpa.
  • Os alimentos devem ser bem cozidos e oferecidos em recipientes limpos e higienizados.
  • Preparar a porção (quantidade de alimento) que normalmente a criança ingere. Se, após a refeição, sobrar alimentos no prato (restos), eles não podem ser oferecidos posteriormente.
  • A família, e principalmente as crianças, não devem ficar abrindo o refrigerador a todo momento. Certificar-se que está sempre fechado e que a porta apresenta boas condições de vedação.
  • Se a família não tiver refrigerador ou este não apresentar condições de temperatura adequada, os alimentos da criança têm que ser preparados próximos à cada refeição
Os cuidados de limpeza e higiene na preparação e na oferta dos alimentos evitam a contaminação e doenças como a diarréia
É importante

1. Lavar as mãos em água corrente e sabão antes de preparar e oferecer a alimentação para a criança.
2. Manter os alimentos sempre cobertos.
3. Usar água fervida e filtrada para oferecer a criança e também para o preparo das refeições.
4. Não oferecer à criança sobra de alimentos da refeição anterior.



Fonte: Dez passos para uma alimentação saudável - Guia alimentar para crianças menores de 2 anos.

alimentos que crianca nao deve comer
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Fiz um post em julho onde listei 16 alimentos que criança não deve comer antes dos 2 anos ou mais e nos comentários, além de perguntas corriqueiras no blog surgiram várias dúvidas em relação a outros alimentos, por isso, resolvi fazer um update no post e acrescentar mais algumas coisinhas e explicar um pouco mais o porque dos itens estarem presentes nesta longa lista. Com vocês, uma lista atualizada com 21 alimentos que nós como pais, mães ou responsáveis pela alimentação das crianças devemos esperar que eles cheguem na idade certa pra consumir!
1 – Chocolate:
alimentos que crianca nao deve comer
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Acho que isto é uma das coisas que todos contam os dias pra poder oferecer pras crianças. Infelizmente muitas comem antes mesmo de 1 ano, o que realmente é uma pena. Chocolate apesar de ser uma delícia (já confessei aqui que sou chocolatra), é rico em açúcar, gordura e cafeína. E até os 2 anos o açúcar deve ser evitado ao máximo.
Além disso, devemos lembrar que a grande maioria dos chocolates tem leite, e que este é totalmente contra indicado antes de 1 ano por causa do grande risco de alergia, intolerância e etc. Uma simples foto “fofinha” pode causar uma intoxicação no bebê ou criança, causando diarreia, náuseas e vômitos. Você pode até achar que eu estou exagerando, mas pense: o estômago de nossas Crias é pequeno, o nosso é grande, ou seja, o muito pra nós é bem diferente do muito pra eles!
2 – Marshmallow:
alimentos que crianca nao deve comer
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De vários formatos, cores, molinhos, no inverno há quem adore colocar no espeto e assar na fogueira, não é?
Mas eles são nada mais, nada menos que: açúcar ou xarope de milho, clara de ovo, gelatina e algumas gomas, ou seja, açúcar puro! Dependendo da cor, tem os corantes e afins, mas a preocupação mesmo aqui é a alta quantidade de açúcar antes de 2 anos!

3 – Balas, pirulitos:
alimentos que crianca nao deve comer
Olha, apesar de serem coloridos, docinhos, tentadores, NÃO, eles não são comidas pra criança. Além do risco de engasgar, é açúcar puro. Ou seja, definitivamente não!
Além do açúcar, tem os corantes, xarope de milho e outros ingredientes que além de contribuir pro excesso de peso, viciam, ou seja, se já oferecermos este tipo de coisa pras crianças, mais difícil será evitar no futuro quando ou se necessário. Outro fator importante é que a maioria das pessoas não conseguem comer 1 única balinha ou 1 pirulito, sempre consomem um montinho e de novo caímos na questão quantidade: o que é pouco pra nós é muito pras Crias.
Fujam dos pirulitos e balas “brindes”. A criança tem que tomar vacina ou injeção porque precisa e não porque vai ganhar um pirulito, vai cortar o cabelo porque está comprido e não pra ganhar uma bala, entendem? Cada vez mais precisamos fazê-las entender as coisas e outra, doce não é mérito algum!

4 – Açúcar de qualquer tipo:
alimentos que crianca nao deve comer
Imagem: Banco de Imagem USP
O açúcar em si, independente de qual seja, é de certa forma “proibido”, ou melhor contra-indicado pra crianças com menos de 2 anos. O açúcar tem poder de “acostumar”, viciar o cérebro e fazer com que a pessoa crie a tendência em preferir sempre o doce ao salgado, além do fato de que é o causador de diabetes e contribui muito com o excesso de peso e obesidade.
Ele é um inimigo que ao mesmo tendo que é visível é invisível, pois em praticamente tudo encontramos açúcar: bolos caseiros, pães, bolachas, biscoitos, bolachas recheadas, sucos de caixinha, refrigerante e até mesmo nos alimentos encontrados na feira, pois frutas, verduras e legumes possuem seu açúcar natural.
Adoçar sucos, frutas é um hábito nosso, dos adultos e devemos ensinar nossas crianças a consumir tudo de forma natural, sem adição do mesmo!
Relembrem neste post: Tipos de Açúcar: Qual opção escolher? sobre o que falei sobre açúcar e qual, quando liberado deve ser consumido com moderação na casa de vocês.
Neste link tem um estudo muito bacana sobre Obesidade na Infância e Adolescência, vale a pena a leitura pra ver como o que sempre falo não é exagero e sim uma realidade! Quando me formei, em 2001, problema de saúde pública era desnutrição, ou seja, em 13 anos mudou a realidade em nosso País, mas de nada adianta nossas crianças estarem obesas, não é mesmo?
Além da obesidade, temos o problema das cáries que sim, podem acontecer desde o primeiro dente se não fizer a higiene correta!
5 – Achocolatado
alimentos que crianca nao deve comer
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Se você reparar, fuçar vai perceber que até alguns fabricantes dizem que não devem ser consumidos antes dos 3 anos, ou indicam uma quantidade de consumo à partir dos 3 anos menor que a “usual”. Achocolatados são praticamente açúcar.
Os ingredientes na maioria deles são: açúcar, cacau em pó, minerais, maltodextrína, vitaminas, emulsificante lecitina de soja, antioxidante ácido ascórbico e aromatizante. Contém Glúten e contém traços de leite (ingredientes retirados do site da marca em questão).
Além do risco da obesidade e sobrepeso, estudos já mostram que a ingestão em excesso de açúcar pode deixar as crianças pequenas irritadas e dispersivas, pois a o açúcar provoca maior concentração de insulina no sangue, aumenta a adrenalina que em excesso provoca a ansiedade, excitação  e dificuldade de concentração.
Vamos pensar assim, pra que oferecer antes dos 2 anos algo que além de conter muito açúcar pode fazer com que a criança tome leite só desta forma? O que queremos não é criar bons hábitos? Uma vez criados é mais difícil mudar no futuro e no conjunto de toda alimentação temos muito açúcar e o risco de obesidade e doenças provenientes dela é alta.
6 – Sal
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Sal é sódio e iodo, o sódio em excesso faz mal pra saúde, sobrecarrega os rins e altera a pressão. Falei tudo sobre Sal, sódio e iodo: Como ponderar sua ingestão?  Olha só aqui uma das frases que usei no texto:  O sódio está presente em praticamente todos os alimentos e nos industrializados em maior quantidade, por isso, ler os rótulos e analisar quais escolhas estão fazendo é mais do que válida, é cuidar da alimentação de seus filhos.

7 – Salgadinhos, biscoitos (bolachas) doces e biscoitos (bolachas) recheadas:
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Maternidade Colorida
Quando falei sobre este item no outro post, muitos ficaram “inconformados” com a famosa “Bolacha de Maizena”, bom, vamos aos ingredientes de uma das opções de marca encontrada no mercado: Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, açúcar, gordura vegetal hidrogenada, açúcar invertido, amido, soro de leite, sal, fermentos químicos bicarbonato de amônio, bicarbonato de sódio e pirofosfato ácido de sódio, emulsificante lecitina de soja, aromatizante e melhorador de farinha metabissulfito de sódio. Contém Glúten.  
Agora os ingredientes de uma bolacha de leite sem recheioFarinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, xarope de açúcar, margarina, gordura vegetal, carbonato de cálcio, leite em pó integral, amido, sal, sulfato de zinco, açúcar invertido, fermentos químicos bicarbonato de amônio, pirofosfato dissódico e bicabonato de sódio, aromatizantes, emulsificante lecitina de soja, corante caramelo III e corantes naturais carmim cochonilha e clorofila e umectante propileno glicol. CONTÉM GLÚTEN.
Se partimos do princípio que açúcar não é indicado antes dos 2 anos, logo, essas bolachas também não são, além de ricos em sódio, ingredientes transgênicos, glutamato, corantes, gordura. Prefira sempre as opções mais naturais, caseiras, mas mesmo assim com MUITA moderação antes dos 2 anos se tiver açúcar na receita, caso adocem com frutas secas melhor.

8 – Embutidos (peito de peru, salsicha, mortadela, presunto, salame):
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Segundo a Wikipedia O termo enchido (português europeu) ou embutido (português brasileiro) compreende o gênero de alimentos que são produzidos ao encher tripas de animais (previamente limpas) ou sintéticas (principalmente no caso de versões vegetarianas) com diversos tipos de recheio. O produto desta operação pode opcionalmente ser defumado antes de ser consumido. Tradicionalmente, muitos dos enchidos portugueses são confeccionados com carnesgorduras e entranhas resultantes da matança do porco. Após uma lavagem cuidada, a parte inferior das tripas é atada, de forma a que possam ser enchidas pela parte superior. O tempero da carne é realizado no mesmo dia, para que se possam encher as tripas no dia seguinte ou ainda no próprio dia.
Agora olha aqui os ingredientes da salsicha: Carne mecanicamente separada de aves, Carne suína, Água, Carne bovina, Proteína de soja, Sal, Amido, Pimenta, Alho, Regulador de acidez: lactato de sódio (INS325), Aromatizantes: aromas naturais (com pimenta, coentro, noz moscada e antiumectante: dióxido de sílicio (INS551i)) e aroma de fumaça, Estabilizantes: triopolifosfato de sódio (INS451i) e pirofosfato de sódio (INS450i), Conservador: nitrito de sódio (INS250), Realçador de sabor: glutamato monossódico (INS621), Antioxidante: isoascorbato de sódio (INS316), Corantes: ácido carmínico (INS120) e urucum (INS160b). NÃO CONTÉM GLÚTEN.
E aqui a Tabela Nutricional:
Retirado do site do fabricante
Tem certeza de que vai dar isso pro seu filho? Bom, se levarmos tudo isso em consideração, definitivamente NÃO, salsicha não é comida de criança e NÃO DEVE ser oferecida antes do 2 anos!
Ricos em sódio, gorduras, conservantes, corantes, nitrato (responsável por deixá-los avermelhados) que é cancerígeno. é porcaria pura. Pode ser gostoso, mas são porcarias e se você tem criança pequena em sua casa, é uma grande oportunidade pra parar de consumi-los. Abuse dos queijos na hora de petiscar. Pães com patês variados também são outras opções de petiscos.
9 – Refrigerante:
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Caloria vazia, cheio de açúcar e claro, viciante, afinal muitas de nós não vive sem e toma escondido das Crias, esse devia ser evitado pra todo o sempre, afinal, nada de bom eles oferecem.
E por mais que você achem um absurdo eu falar sobre isso, já vi muitos BEBÊS com refrigerante na mamadeira e é muito triste!
Gente é tão fácil, ao invés de oferecer refrigerante, ofereça água ou suco natural! Simples assim!
As queridas Paty Cerqueira e Monica Brandão do blog Comer para Crescer fizeram um post bem bacana sobre Refrigerante X Infância.
10 – Bisnaguinha
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Aí, sinto que agora ferrou-se hahahaha, um monte de mãe vai enlouquecer agora! Na realidade este item entra nesta lista pois quero mostrar pra vocês que NÃO, esses pãezinhos fofinhos, adocicados e que praticamente toda criança ama não é um item com ingredientes bacanas pras crianças.
Como já falei neste post, a primeira infância, os primeiros anos é o momento da criarmos o hábito correto da alimentação de nossos filhos, por isso, criar o hábito deles comerem só as bisnaguinhas está errado!
Devemos optar por pães integrais, ricos em cereais e grãos e já existem opções mais “caseiras” no mercado!
Fiz um post completo sobre as bisnaguinhas existentes no mercado: Bisnaguinha: Vilã ou amiga das crianças
Olha aqui algumas receitas bacanas e fáceis de fazer de pão:
11 – Bebidas achocolatadas prontas:
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Elas contém muito açúcar, são fáceis, fáceis de virar preferência entre as crianças, por isso, na hora de arrumar a lancheira ou lanche do passeio, fuja destas opções nesta fase. Vamos deixar o hábito alimentar bem criadinho pra depois oferecermos certas coisas.
Prefira o bom e velho leite batido com frutas e e quer deixar da cor dos achocolatados, bata com cacau em pó!
12 – Bebidas lácteas:
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Este item é tudo uma questão de escolha correta também, os que tem muito açúcar, corantes e conservantes ruins devem ser evitados, os que não tem adição de açúcar se batidos com frutas fica uma delícia!
Antes de 1 ano são proibidas por serem derivado do leite.
Percebam que tudo é uma questão de orientação e conhecimento. Basta ler os rótulos, ingredientes e informações nutricionais!
13 – Leite fermentado:
A maioria tem muito açúcar e em caso de crianças é quase impossível ficarem em 1 só, por isso, esperar eles completarem seus 2 anos ou mais é super indicado.
Se quer oferecer lactobacilos pras crianças, pergunte ao pediatra ou nutricionista sobre outras opções que são saudáveis existentes, os pré e próbioticos em pó pra serem adicionados aos sucos naturais, por exemplo.
14 – Bebida a base de soja (mais conhecidos como sucos de soja):
alimentos que crianca nao deve comer
Se seu filho não tem intolerância ou alergia ao leite e não precisa consumir a soja, EVITE tudo e qualquer alimento com esta leguminosa.
Sim, ela é fonte de nutrientes bacanas mas também é super alérgica e existem estudos que mostram que devem ser consumidas quando mais velhos, depois de adultos.
As bebidas à base de soja em si, possuem muito açúcar e já vimos o quanto o excesso do açúcar é prejudicial nesta fase da vida!
15 – Petit Suisse:
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Outra coisa que a maioria das mães tem uma ansiedade enorme em oferecer aos pequenos. Vamos por partes, eles não valem por 1 bifinho e são ricos em corantes, açúcar, conservantes ….  Alguns fabricantes dizem que não deve ser consumidos antes de 3 anos.
Opções saudáveis pra você se divertir antes dos 3 anos, mas depois de 1 ano, afinal possuem leite:

16 – Sucos industrializados com açúcar:
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Cada caixinha de suco com açúcar, nectares ou afins tem muito, mas muito açúcar, por isso,  devemos optar pelas opções naturais ou os sucos industrializados sem açúcar. Aqui tem algumas marcas existentes no mercado: Sucos sem açúcar. Estes sucos não têm as vitaminas e os sais minerais de que as crianças precisam.

17 – Sucos em pó
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Açúcar, corante e coisas que ninguém deveria consumir, ainda mais nossas crianças. Acho que esta imagem fala mais do que mil explicações e artigos científicos.

18 – Comidas prontas industrializadas ou fast food (nuggets, hambúrgueres, almôndegas, lasanhas, pizzas, sanduíches, comida chinesa/japonesa delivery e etc):
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Sódio, espessantes, nitrato, gordura …. optem pelas opções caseiras sempre. Olha aqui algumas receitas saudáveis pra você substituir as opções industrializadas: Nuggets de Frango Nuggets de Peixe Hamburguer Batata Smile

19 – Gelatina:
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Corante, açúcar e mais nada, na minha opinião é um dos maiores fakes da face da terra. Até mesmo a que existe no mercado mais saudável, com corantes naturais tem açúcar, orgânico, mas tem e essa até 2 anos é melhor não consumir
Vamos pensar que a gelatina vai entrar no quesito sobremesa e nesta faixa etária é melhor incentivarmos o consumo de frutas pra sobremesas, doces, lanches e até mesmo variar no cardápio. Com tantas frutas fáceis de achar nas nossas feiras, monotonia é que não vamos ter no nosso cardápio!
Receitinha super fácil: Gelatina Natural Você pode substituir a gelatina sem sabor por ágar-ágar e deixá-la ainda mais saudável. 😉

20 – Macarrão instantâneo: 
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Excesso de sódio e não adianta falar que usa só o macarrão, sem o tempero, pois o mesmo também é porcaria pura, rico em sódio e conservantes, nenhuma vitamina ou mineral e faz mal. Mas como falar parece exagero, que tal ver a tabela nutricional de uma marca famosa de macarrão instantâneo:
Informações retiradas no site do Pão de Açúcar
Vamos a interpretação: 68% do que uma pessoa que tem uma dieta de 2.000 calorias deve consumir de sódio no dia inteiro, mas uma criança come bem menos, ou pelo menos deveria comer bem menos que 2.000 calorias, ou seja, é MUITO sódio!
Dei dicas de alguns alimentos que no meio a correria podem nos salvar no post 8 alimentos pra manter alimentação das crianças saudável em dias cansativos e entre eles indico um macarrão tipo fusili integral que fica pronto em 2 minutos e meio, ou seja, mais rápido que os instantâneos. Pra dar sabor, basta 1 fio de azeite e cubos de queijo branco, passá-lo na manteiga ou até mesmo com requeijão!
21 – Leite condensado
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Leite condensado nada mais é que leite, açúcar (muito açúcar) e lactose. Ele não deve ser consumido por causa do açúcar. Tem gente que coloca leite condensado na fruta, na salada de frutas e até mesmo na mamadeira….
Brigadeiro, beijinho, bicho de pé e todos os docinhos típicos de aniversário devem ser evitados, pra não virar rotina!
Vamos supor, você tem 1 festa por mês e só nestas festas seu filho consome docinhos deste tipo? Ok, é de vez em quando de verdade, mas se todo fim de semana ou sua agenda cultural é feita com 3 festas no mínimo, não, nesta idade isso não pode ser considerado de vez em quando, pois o que define o de vez em quando é tudo o que seu filho come desta lista.
Não adianta ele consumir apena 1 item por dia os 30 dias do mês, pois os excessos serão rotina e sim, são os hábitos alimentares da criança, conseguem entender?
Algumas leitoras perguntaram sobre o mel, bem o mel é contra-indicado pra crianças menores que 1 ano e falei sobre isso no post 12 alimentos que bebê não deve comer antes de 1 ano.
Volto a salientar que não estou demonizando nenhuma empresa ou marca ou alimento e sim dizendo que como tudo na vida EXISTE A IDADE CERTA pra nós pais e responsáveis pela alimentação das crianças oferecer pra elas.
Criar hábito alimentar saudável é iniciado desde os 6 meses e é muito mais fácil o “errado” virar rotina do que o saudável, pois infelizmente a maioria prefere doces e salgados com excesso de sódio, gordura e fritura, além de ser algo cultural e lucrativo pra indústria. Comece a analisar se realmente o consumo é de vez em quando e se há equilíbrio em seus hábitos alimentares.
Ah! Outra frase super famosa é: sempre comi e estou viva (o)! Sim e graças à Deus está vivo, mas consumir alimentos errados, na idade contraindicada e cometer excessos serão refletidos mais pra frente. Um exemplo, crianças que comem de forma errada hoje e já tem algum distúrbio decorrente a má alimentação, será um adulto com 40 – 50 anos com algum problema e isso é comprovado cientificamente.

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