sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Geografia - Vegetação (2)

Floresta Amazônica

É a floresta equatorial que forma a maior parte da Amazônia. Localizada na região norte da América do Sul, espalha-se pelos territórios do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
Porém, a maior parte da floresta (em torno de 60%) está presente em território brasileiro, nos estados do Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará, Roraima e partes do Maranhão e do Mato Grosso. Em função de sua biodiversidade e importância, foi apelidada de o "pulmão do mundo".
O ecossistema da Amazônia é frágil e a floresta vive do seu próprio material orgânico. O ambiente é úmido e as chuvas, abundantes. Na Amazônia vivem e se reproduzem mais de um terço das espécies existentes no planeta. Além de 2.500 espécies de árvores (um terço da madeira tropical do mundo), a Amazônia também abriga muita água.
O Rio Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando no mar, a cada segundo, cerca de 175 milhões de litros de água. Esse número corresponde a 20% da vazão conjunta de todos os rios da terra. Nessas águas encontra-se o maior peixe de água doce do mundo: o pirarucu, que atinge até 2,5 metros.
Todos os números que envolvem indicadores desse bioma são enormes. Uma boa ideia da exuberância da floresta está na fauna local. Das 100 mil espécies de plantas que ocorrem em toda a América Latina, 30 mil estão na Amazônia. A diversidade em espécies vegetais se repete na fauna da região.
Os insetos, por exemplo, estão presentes em todos os estratos da floresta. Os animais rastejadores, os anfíbios e aqueles com capacidade para subir em locais íngremes, como o esquilo, exploram os níveis baixos e médios.
Os locais mais altos são explorados por beija-flores, araras, papagaios e periquitos à procura de frutas, brotos e castanhas. Os tucanos, voadores de curta distância, exploram as árvores altas. O nível intermediário é habitado por jacus, gaviões, corujas e centenas de pequenas aves. No extrato terrestre estão os jabutis, cutias, pacas, antas etc.
Os mamíferos aproveitam a produtividade sazonal dos alimentos, como os frutos caídos das árvores. Esses animais, por sua vez, servem de alimentos para grandes felinos e cobras de grande porte.
Um dos principais problemas enfrentados pela floresta amazônica é o desmatamento ilegal e predatório. Madereiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo. Estes problemas causam grandes preocupações nos ambientalistas, pois em pouco tempo podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando a floresta em risco.
Mais de 12% da área original da Floresta Amazônica já foram destruídos devido a políticas governamentais inadequadas, modelos inapropriados de ocupação do solo e à pressão econômica, que levou à ocupação desorganizada e ao uso não-sustentável dos recursos naturais. Muitos imigrantes foram estimulados a se instalar na região, levando com eles métodos agrícolas impróprios para a Amazônia.

Mata Atlântica

Presente em grande parte da região litorânea brasileira, a Mata Atlântica é uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade.
Infelizmente, encontra-se em processo de extinção, principalmente em função do corte ilegal de árvores, da poluição ambiental e da especulação imobiliária.
Para se ter uma ideia da situação de risco em que a Mata se encontra, basta saber que na época do descobrimento do Brasil ela tinha uma área equivalente a um terço da Amazônia, estendendo-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Hoje, está reduzida a apenas 7% de sua área original. Apesar da devastação sofrida, a riqueza das espécies animais e vegetais que ainda se abrigam na Mata Atlântica é espantosa.
Em alguns trechos remanescentes de floresta, os níveis de biodiversidade são considerados os maiores do planeta.
Em contraste com essa exuberância, as estatísticas indicam que mais de 70% da população brasileira vivem na região da Mata Atlântica. Além de abrigar a maioria das cidades e regiões metropolitanas do país, a área original da floresta sedia também os grandes pólos industriais, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por nada menos de 80% do PIB nacional.
A Mata Atlântica abrange as bacias dos rios Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco.
Espécies imponentes de árvores são encontradas na região, como o jequitibá-rosa, de 40 metros de altura e 4 metros de diâmetro. Também destacam-se nesse cenário várias outras espécies: o pinheiro-do-paraná, o cedro, as filgueiras, os ipês, a braúna e o pau-brasil, entre muitas outras. Na diversidade da Mata Atlântica são encontradas matas de altitude, como a Serra do Mar (1.100 metros) e Itatiaia (1.600 metros) onde a neblina é constante.
Paralelamente à riqueza vegetal, a fauna é o que mais impressiona na região. A maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção são originários da Mata Atlântica, como os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pequena. Também vivem na região os gambás, tamanduás, preguiças, antas, veados, cotias, quatis, entre outros.
Alguns povos indígenas ainda habitam a região da Mata Atlântica. Entre eles, podemos destacar: Pataxó, Kaiagang, Potiguara, Kadiweu, Krenak, Guarani, Kaiowa e Tupiniquim.

Cerrado

Originalmente, um quarto do território brasileiro era ocupado pelo cerrado. Porém, na década de 1990, 47 milhões de hectares já haviam sido substituídos por pastagens plantadas ou culturas de grãos.
Formação vegetal característica do Centro-Oeste brasileiro, o cerrado é constituído de árvores relativamente baixas e tortuosas, disseminadas em meio a arbustos, subarbustos e gramíneas.
A estrutura do cerrado compreende basicamente dois estratos: o superior, formado pelas árvores e arbustos; e o inferior, composto por um tapete de gramíneas.
As árvores típicas do cerrado atingem em média dez metros de altura, apresentam casca grossa, protegida às vezes por uma camada de cortiça, troncos, galhos e copas irregulares; algumas possuem folhas coriáceas, em certos casos tão duras que chegam a chocalhar com o vento; em outras, as folhas atingem dimensões enormes e caem ao fim da estação seca.
O cerrado predomina nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, além do Distrito Federal e parte dos territórios do Paraná, do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Tocantins e de São Paulo. As mais extensas áreas desse tipo de vegetação aparecem em locais de clima quente e úmido, com chuvas de verão e estação seca bem marcadas. Ocorrem subtipos de vegetação, como o cerradão, o cerradinho e os campos sujos. Entre as árvores características dos cerrados destacam-se:
  • Lixeira (Curatella americana)
  • Pau-terra de folhas grandes ou miúdas (Qualea grandiflora e Qualea parviflora)
  • Pequi (Caryocar brasiliensis)
  • Pau-santo (Kielmeyera coriacea)
  • Ipê (Tabebuia caraiba)
  • Peroba-do-campo (Aspidosperma tomentosum).
Entre as gramíneas, as mais comuns, temos o capim-flecha (Tristachya chrysotryx), o barba-de-bode (Aristida pallens) e diversas espécies do gênero Androgopon. O solo típico do planalto central, onde se encontra a maior parte do cerrado, é constituído de areias e argilas, soltas ou consolidadas em arenitos e filitos, e de calcários e pedregulhos, resultantes do levantamento dos sedimentos do oceano primitivo.
Os elementos que formam o estrato superior são providos de raízes profundas, que lhes permite atingir o lençol freático, situado de 15 a 20 m de profundidade. Essa circunstância lhes confere melhores condições de sobrevivência ao longo do período de estiagem. As gramíneas do estrato inferior, devido a suas raízes curtas, ressentem-se mais da estiagem, quando entram em estado de latência, ou morte aparente.
O tapete rasteiro apresenta então aspecto de palha seca, que favorece a propagação de incêndios, desencadeados pelas queimadas. Mas logo após as primeiras chuvas tudo reverdece e viceja. Quando devidamente preparado, o solo do cerrado é fértil, como comprovam as grandes plantações de soja, milho, sorgo e outras culturas.
No entanto, no Centro-Oeste, imensas áreas foram submetidas a queimadas, para a formação de pastagens, o que provocou o empobrecimento do solo, pela queima de materiais orgânicos, e colocou em risco de extinção certas espécies vegetais e animais, como o tamanduá-bandeira e o lobo guará. Outra ameaça à riqueza desse ecossistema é o plantio indiscriminado de florestas homogêneas de pinheiros e eucaliptos.

Mata dos Cocais

Situa-se entre a Amazônia e a caatinga, nos estados do Maranhão, Piauí e norte do Tocantins. As vegetações típicas da Mata dos Cocais são babaçu (em maior quantidade), carnaúba, oiticica e buriti.
O babaçu, que domina o ambiente, está sendo destruído em ritmo intenso pelas pastagens, mas pode sobreviver pela velocidade com que se reproduz e pelos produtos que são extraídos dele (cera, óleo, fibras etc), que são de alto valor para a sobrevivência da população local.
O extrativismo é a principal atividade econômica na Mata dos Cocais. Milhares de pessoas vivem do extrativismo do coco de babaçu. A semente deste coco é utilizada como matéria-prima pelas indústrias de cosméticos, medicamentos e alimentos.
No lado leste da Mata, mais seco, predomina a carnaúba, que pode atingir até 20m de altura, cujas folhas retira-se a cera empregada como lubrificante na indústria eletrônica, de perfumaria, e na fabricação de plásticos e adesivos.
Embora aproveitada de maneira ordenada por várias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal, a Mata de Cocais também é seriamente ameaçada pela ampliação das áreas de pasto para a pecuária, principalmente no Maranhão e no norte do Tocantins. Essa área ocupa menos de 3% da área total do Brasil.

Caatinga

É uma formação vegetal que pode ser encontrada na região do semiárido nordestino. Está presente também nas regiões extremo norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí. Ocupa quase todos os estados de Alagoas, da Bahia, da Paraíba, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Ceará e de Sergipe.
Logo, é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco). Na língua dos primeiros habitantes do Brasil, "caatinga" quer dizer "mata branca", devido às amplas regiões de mata rala. Porém, por trás da aridez da área, esconde-se um território com enorme biodiversidade.
A caatinga é coberta por solos relativamente férteis. Embora não tenha potencial madeireiro, exceto pela extração secular de lenha, a região é rica em recursos genéticos, dada a sua alta biodiversidade. Por outro lado, o aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 e 800 mm anualmente.
A caatinga apresenta três estratos:
  • arbóreo (8 a 12 metros)
  • arbustivo (2 a 5 metros)
  • herbáceo (abaixo de 2 metros)
Contraditoriamente, a flora dos sertões, constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à secura, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na caatinga.
No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo.
Como exemplos de vegetação da caatinga, podemos citar os arbustos (aroeira, angico e juazeiro), as bromélias (caroá) e os cactos (mandacaru e xique-xique do sertão). Algumas espécies de bromélias são aproveitadas para a fabricação de bolsas, cintos, cordas e redes, pois são ricas em fibras vegetais.

Mata das Araucárias

Também conhecida como Mata dos Pinhais, é uma floresta subtropical encontrada na região Sul do Brasil (estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). É uma formação florestal típica de uma região de clima subtropical.
Araucária é uma árvore freqüente na paisagem do Brasil, caracterizando-se por ser alta, imponente e de formato peculiar. Antigamente, antes que a lavoura de café e cereais cobrisse as terras paranaenses, sua presença era tão comum que os índios chamaram de curitiba toda uma extensa região. Essa palavra, que significa imensidão de pinheiros, conservou-se até hoje, denominando a capital do Estado do Paraná.
Conhecida como "pinheiro-do-paraná", a araucária angustifolia pertence a uma família pequena, nativa somente do hemisfério sul, que abrange apenas dois gêneros: o Aghatis, natural da Austrália e a Araucária, que aparece no Chile, Argentina e sul do Brasil.
O pinheiro-do-paraná é uma árvore útil, pois tudo nela é aproveitável, desde a amêndoa, no interior dos pinhões, até a resina, que destilada fornece alcatrão, óleos diversos, terebintina e breu, para variadas aplicações industriais.As sementes são ricas em amido, proteínas e gorduras, constituindo assim em alimento bastante nutritivo.
Assim como outras formações florestais do Brasil, a Mata dos Pinhais encontra-se em processo de degradação. Sua extensão diminuiu bastante nas últimas décadas, principalmente devido ao corte ilegal de árvores, que são destinadas a produção de madeira (fabricação de móveis, papel e outros objetos) e resinas (fabricação de óleos, tintas, sabão etc).
O cultivo dos pinheirais para fins industriais é uma das características da economia do sul do Brasil. A árvore demora cerca de 16 anos para produzir boa madeira. É um curto período de crescimento, principalmente se for comparado ao dos pinheiros europeus, que levam cerca de 50 anos para atingirem esse desenvolvimento.

Pantanal

Considerado pela ONU Patrimônio Natural da Humanidade, o Pantanal é um dos principais ecossistemas do Brasil, além de ser a maior área alagada do planeta.
Estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste).
As chuvas fortes são comuns no Pantanal, que recebe uma grande influência do Rio Paraguai e seus afluentes que alagam a região, formando extensas áreas alagadiças (pântanos) e favorecendo a existência de uma rica biodiversidade. Assim, o Pantanal destaca-se pela riqueza de sua fauna, apresentando em torno de 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis.
Podemos encontrar, principalmente, as seguintes espécies: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado, curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco-prego, veado-campeiro, lobo-guará, cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, lagartos, cágados, jabutis, cobras (jiboia e sucuri) e pássaros (tucanos, jaburus, garças, papagaios, araras, emas, gaviões).
Os terrenos, quase sempre planos, são alagados periodicamente por inúmeros córregos e vazantes entremeados de lagoas e leques aluviais. Contudo, assim como nos demais ecossistemas brasileiros onde a ocupação predatória vem provocando destruição, a interferência no Pantanal também é sentida. Embora boa parte da região continue inexplorada, muitas ameaças surgem em decorrência do interesse econômico que existe sobre essa área. A situação começou a se agravar nos últimos 20 anos, sobretudo pela introdução de pastagens artificiais e a exploração das áreas de mata.
Entre as atividades econômicas do Pantanal, destacam-se a pecuária e o turismo. Nas regiões de planícies, cobertas por formação vegetal de gramíneas (alimentação para o gado), estão estabelecidas diversas fazendas de gado. Há também a atividade da pesca, devido a grande a quantidade de rios e peixes na região.
A beleza do Pantanal também atrai muitos turistas brasileiros, gerando renda e empregos na região, que é bem servida de hotéis, pousadas e serviços turísticos.







Fotos enviadas pelo usuário Paulo Fanaia

Campos

Caracterizam-se pela presença de uma vegetação rasteira (gramíneas) e pequenos arbustos, distantes uns dos outros.
Esse tipo de vegetação é encontrada em dois lugares distintos. Os campos de terra firme (savanas de gramíneas baixas) são característicos do norte da Amazônia, Roraima, Pará e ilhas do Bananal e de Marajó, enquanto os campos limpos (estepes úmidas) são típicos da região sul, dando origem aos famosos "Pampas Gaúchos".
O campo limpo é destituído de árvores, bastante uniforme e com arbustos espalhados e dispersos. Já nos campos de terra firme as árvores, baixas e espaçadas, se integram totalmente à paisagem. Em ambos os casos o solo é revestido de gramíneas, subarbustos e ervas.
Entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os campos formados por gramíneas e leguminosas nativas se estendem como um tapete verde por mais de 200.000 km², tornando-se mais densas e ricas nas encostas. Nessa região, com muita mata entremeada, as chuvas distribuem-se regularmente pelo ano todo e as baixas temperaturas reduzem os níveis de evaporação. Tais condições climáticas acabam favorecendo ao crescimento de árvores. Isso não ocorre nos campos das áreas do Norte do país.
Devido à riqueza do solo, as áreas cultivadas do Sul se expandiram rapidamente sem um sistema adequado de preparo, resultando em erosão e outros problemas que se agravam progressivamente. Os campos são amplamente utilizados para a produção de arroz, milho, trigo e soja, às vezes em associação com a criação de gado. A desatenção com o solo, entretanto, leva à desertificação, registrada em diferentes áreas do Rio Grande do Sul.
A criação de gado e ovelhas também faz parte da cultura local. Porém, repetindo o mesmo erro dos agricultores, o pastoreiro está provocando a degradação do solo. Na época de estiagem, quando as pastagens secam, o mesmo número de animais continua a disputar áreas menores. Com o pasto quase desnudo, cresce a pressão sobre o solo que se abre em veios.
Quando as chuvas recomeçam, as águas correm por essas depressões dando início ao processo de erosão. O fogo utilizado para eliminar restos de pastagem secas, torna o solo ainda mais frágil.

Vegetação litorânea

O Brasil possui uma linha contínua de costa Atlântica de 8.000 km de extensão, uma das maiores do mundo. Ao longo dessa faixa litorânea é possível identificar uma grande diversidade de paisagens, como dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías, estuários, brejos e falésias.
Até mesmo os ecossistemas que se repetem ao longo do litoral (praias, restingas, lagunas e manguezais) apresentam diferentes espécies animais e vegetais. Isso ocorre devido às diferenças climáticas e geológicas. Entretanto, grande parte da zona costeira está ameaçada pela superpopulação (concentra mais da metade da população do país) e por atividades agrícolas e industriais.
O litoral amazônico, que vai da foz do Rio Oiapoque ao Rio Parnaíba, é lamacento e tem, em alguns trechos, mais de 100 km de largura. Apresenta grande extensão de manguezais, assim como matas de várzeas de marés. Jacarés, guarás e muitas espécies de aves e crustáceos são alguns dos animais que vivem nesse trecho da costa.
O litoral nordestino começa na foz do Rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcáreos e arenitos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixa, movem-se com a ação do vento. Há também restingas e matas nessa área manguezais. Nas águas do litoral nordestino vivem o peixe-boi marinho e tartarugas (ambos ameaçados de extinção).
A poluição de rios e mares, juntamente com a especulação imobiliária nas regiões litorâneas, tem afetado significativamente esse tipo de vegetação, causando uma redução de tamanho e afetando o ecossistema dessa região. Trabalhadores locais, principalmente os que vivem da caça e comércio de caranguejos, tem sofrido com a diminuição destes animais nos manguezais.

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