sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Geografia - Geomorfologia (2)

Rochas

Rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. São classificadas de acordo com sua origem.

Rochas magmáticas ou ígneas

São rochas antigas (primárias), formadas pelo resfriamento do magma (material existente no interior do globo terrestre) ao deslocarem-se em direção à superfície. As rochas magmáticas, conforme o local em que seu resfriamento ocorreu, podem ser classificadas em dois grupos:

a) Rochas plutônicas ou intrusivas: quando a consolidação do magma ocorre no interior da Terra.

Diorito é um tipo de rocha plutônica ou intrusiva
b) Rochas efusivas ou extrusivas: quando a consolidação do magma ocorre na parte externa da Terra. Também são chamadas de vulcânicas. Exemplo: basalto.

Basalto é um tipo de rocha efusiva ou extrusiva

Rochas sedimentares

São formadas tanto por fragmentos de outras rochas acumuladas em vários pontos da crosta, como por processos químicos e orgânicos. Exemplos: argila, areia, cascalho, sal-gema, carvão mineral.

O Sal-gema é um exemplo de rochas sedimentares

Rochas metamórficas

São formadas a partir das modificações sofridas pelas rochas magmáticas e sedimentares. Essas mudanças acontecem quando as rochas são submetidas ao calor e a pressão do interior da Terra. A rocha transformada adquire novas características e tem a sua composição alterada. Neste processo, os sedimentos se acumulam e se consolidam em camadas ou estratos.

Para entender melhor sobre as rochas:

Classificação
Divisão
Exemplos




Magmáticas


Intrusiva ou plutônica



Extrusiva ou vulcânica
Granito

Basalto

Sedimentar

Dendrítica



Origem química



Origem orgânica
Areia

Estalactite

Calcário

Metamórfica

Mármore
A seguir, estudaremos um pouco mais as rochas ígneas ou magmáticas.

Rochas ígneas ou magmáticas

As rochas ígneas ou magmáticas são geradas no interior da Terra, no manto ou crosta terrestre. De maneira geral, podem ser classificadas sob dois critérios: texturais e mineralógicos.
Através de sua textura pode-se determinar as condições geológicas em que estas rochas se formaram. Ao saber a textura, consegue-se determinar o tamanho e a disposição dos minerais que compõem a rocha.
Quando a estabilização do magma ocorre dentro da crosta terrestre, de modo que o resfriamento seja vagaroso dando condições para que os cristais se desenvolvam consecutivamente, as rochas originadas deste processo são nomeadas rochas plutônicas.
A textura deste tipo de rocha é comumente equigranular fanerítica, significando que os minerais que a compõem, possuem uma boa formação e um tamanho considerável.
Quando ocorre o extravasamento do magma na superfície, transposto do estado líquido para o gasoso num pequeno intervalo de tempo, as rochas originadas serão denominadas rochas vulcânicas ou extrusivas, cuja textura será vítrea, como consequência do pequeno espaço de tempo que impossibilita a cristalização dos minerais.
Caso o início da cristalização ocorra dentro das câmaras magmáticas, os cristais serão conduzidos pelo magma até a superfície, e com a alta variação de temperatura existente entre as câmaras e a superfície, a lava se solidificará muito rapidamente e formará um tipo textura denominado de textura porfirítica. Pode ainda ocorrer um tipo de textura designado vesicular.
A textura vesicular surge quando da lava são liberados gases na forma de bolhas, que depois ficam retidas pela solidificação da própria lava.
Pegmatitos são as rochas que foram geradas a partir de um magma que tem uma grande quantidade de gases e elementos voláteis. O magma nestas condições se apresenta numa forma bastante fluída e possibilitará a formação de cristais cujo tamanho chega a ser bastante elevado.
As rochas podem ser consideradas ácidas, básicas ou neutras. Isto está diretamente relacionado com o teor de silício que a rocha apresenta em sua composição. Denominamos de rochas ácidas quando os teores de silício forem superiores a 65%, existindo o desenvolvimento de silicatos e de cristais de quartzo.
As rochas neutras são aquelas cujo teor de silício vai de 52 a 65%. E por fim temos as rochas básicas onde o teor de silício vai de 45 a 52%, não havendo a formação de quartzo.

Características das rochas magmáticas

Granito

É uma rocha plutônica de ocorrência bastante comum, surge no Brasil na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira. Suas cores podem variar de cinza-clara a cinza-escura, vermelha e rósea.

Diabásio

É uma rocha magmática hipabissal, isto é, constituída em condições geológicas superficiais. É formada principalmente pelo piroxênio e plagioclásio cálcico, sua cor é preta. É uma das rochas melanocráticas bastante comum no Brasil.

Basalto

É uma rocha efusiva, sua cor é preta ou cinza escura, pode ter vesículas, que quando preenchidas constituem as amígdalas, cuja composição pode apresentar minerais como o quartzo, que vem sendo explorado no Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.
Veja também:

O magnetismo terrestre

A Terra é cortada por diversas linhas magnéticas, como um gigantesco imã.
Estas linhas possuem características que possibilitaram a construção do primeiro grande recurso de navegação, que em virtude da sua simplicidade, logo se universalizou: a bússola magnética.
Essas linhas magnéticas não se transpõem nem se interrompem, o que nos dá cobertura em praticamente qualquer lugar do planeta.
O magnetismo terrestre em qualquer lugar é medido pela determinação da direção e intensidade do campo magnético. Os dois valores variam com o tempo e o local onde é observado. Entretanto, a variação que nos interessa é apenas a de direção.
A superfície terrestre tem um campo magnético que pode ser dividido em dois elementos: o vertical e o horizontal, sendo que uma agulha magnética é atraída tanto para os polos magnéticos da terra como para o interior do globo. A força de atração é idêntica à distância que o local se localiza do polo. Quanto mais próximo o local estiver do polo, maior será à força de atração.
A força de atração exercida pelos polos sul e norte no equador magnético são iguais, entretanto, apresentam sentidos antagônicos. Neste caso, as forças se anulam, existindo somente o componente horizontal e como resultado teremos a agulha da bússola em posição horizontal. Já nos polos, a agulha permanecerá na posição vertical.
O ângulo constituído pela agulha com o plano horizontal nas regiões intermediárias recebe o nome de inclinação magnética. A inclinação magnética será tanto maior quanto se aproximar dos polos. Dá-se o nome de declinação magnética ao desvio apresentado pela agulha magnética em relação à linha norte-sul geográfica.
Até hoje não se pode afirmar com certeza as causas e a fonte de magnetismo terrestre. No entanto, é sugerido por algumas teorias que existe um campo elétrico formado pela discrepância entre a parte interna líquida e o manto inferior sólido. Esta discrepância é ocasionada pelo movimento de rotação da Terra, sendo que as correntes elétricas geradas deste processo definiriam os campos magnéticos terrestres.
A variação do magnetismo está diretamente ligada à crosta terrestre, sendo que os minerais que constituem essa crosta possuem alta quantidade de ferro bivalentes e terão um maior poder magnético.
Para fins geológicos, o estudo do magnetismo armazenado nas rochas recebe o nome de Paleomagnetismo. Ele está relacionado com a composição que alguns minerais assumem, durante a sedimentação de detritos de silicatos, de minerais que contenham ferro bivalentes ou durante a cristalização de uma rocha magmática, uma iso-orientação segundo a linha norte-sul da época em que a rocha se formou.
Com a mudança da posição do campo magnético terrestre, é possível reconhecer o magnetismo fossilizado na rocha antiga.

Gêiseres

Gêiseres são fontes que lançam jatos de água quente e vapor a intervalos regulares.
São considerados como atividades finais de vulcanismo e resultam do aquecimento da água do subsolo que está em contato com a lava, ou muito próxima dela.
Na parte inferior da coluna da água, a temperatura pode ultrapassar 100 graus centígrados. O vapor, formado pela evaporação do líquido, só consegue subir quando a pressão que exerce para cima é maior que o peso da massa de água. O jato de água lançado pode ter a duração de segundos, ou até de semanas.
O montículo formado ao redor de cada gêiser recebe o nome de geiserita. Esses montículos são geralmente formados por sílica. Como curiosidade, precisamos destacar que a quantidade de energia calorífica necessária ao funcionamento de um gêiser, em Yellowstone, nos Estados Unidos, é capaz de fundir uma tonelada (1 ton) de gelo em um segundo.
O funcionamento de um gêiser esta sujeito a quantidade de água e da temperatura da rocha. A água vai sendo aquecida até alcançar um ponto crítico, onde se verifica uma efervescência rápida e explosiva, cuja expansão faz com que esta água adquira um sentido vertical existindo a formação de um jato.
Quando à água se eleva, as cavidades são novamente preenchidas e esta água se infiltra lateralmente. Ao se infiltrar ela é outra vez aquecida, formando o que chamamos de fenômeno cíclico.
Em Yellowstone foram realizados estudos fundamentados no comportamento térmico de vários gêiseres, que evidenciaram que há uma certa contribuição da água juvenil, cuja quantidade pode variar de 6 a 13%, oriunda do magma que deve estar nas proximidades.
A utilização da energia geotérmica é empregada em várias regiões, sendo que no Japão, Itália e Nova Zelândia as usinas conseguem produzir até 20 mil KW.

Acidentes geográficos

Acidentes geográficos são modificações no relevo terrestre e podem ser classificados em duas categorias: acidentes geográficos naturais, como lagos, rios, montanhas, vales, serras, etc; e acidentes geográficos artificiais, como casas, cidades, pontes, etc.
Os acidentes geográficos na maioria das vezes são utilizados como ponto de referência para demarcar fronteiras, como os Montes Urais, acidente geográfico que delimita a fronteira entre a Ásia e a Europa; ou o obelisco em Foz do Iguaçu, um acidente geográfico artificial que determina  a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Vista dos montes Urais
Os oceanos *
Área (km2)
Profundidade máx. (m)
Pacífico
179,7 milhões
11.524
Atlântico
106,1 milhões
  9.220
Indico
74,9 milhões
  9.000
Os três mares mais extensos
Área (km2)
Profundidade máx. (m)
Mar da Arábia 
3,68 milhões
5.800
Mar da China Meridional
3,45 milhões
5.560
Mar do Caribe
2,75 milhões
7.680
Os três maiores rios
Localização **
Extensão (km)
Amazonas
Brasil
6.868
Nilo
Egito
6.671
Xi-Jiang
China
5.800
Os três maiores desertos 
Localização
Extensão em km2
Saara
Norte da África
8,6 milhões
Gobi
Mongólia e noroeste da China
1,3 milhão
Kalahari
Sudoeste da África
930 mil
As maiores altitudes
Localização
Altura (m)
Everest
Nepal/China
8.848
K-2
Paquistão/China
8.611
Kanchenjunga
Nepal/índia
8.598
As três maiores quedas d’água
Localização
Altura(m)
Salto Angel
Venezuela
979
Tugela   
África do Sul
914
Utigard  
Noruega
800
Os três lagos mais extensos
Localização
Área (Km2) – Profundidade máx. (m)
Mar Cáspio
Oeste da Ásia
371 mil  – 1.025
Superior
EUA/Canadá
   84 mil  –  406
Victoria
Uganda/Tanzânia/Quênia
   68 mil  –  73
As três maiores ilhas
Área (km2)
Groenlândia
2,18 milhões
Nova Guiné
  785 mil
Bornéu
  736 mil
* Alguns geógrafos consideram o oceano Glacial Ártico (com 14,09 milhões de km) não como um oceano, mas como um mar formado pelo oceano Atlântico. A área do Atlântico mencionada nesta tabela inclui o Ártico.
** Principal país que o rio atravessa.


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