Olá, concurseiros! Tudo bem? Espero que sim!
Hoje vamos estudar, dentro do tópico da Regência Verbal, dois verbos constantemente trazidos em questões de concurso que, a partir de agora, vocês com certeza irão acertar! Vamos lá?
Assistir:
O verbo assistir é muito empregado na linguagem cotidiana, mas, algumas vezes, erramos a sua regência ao escrever. Isso acontece porque ele pode assumir sentidos diferentes em cada oração, dependendo do contexto, e essa variação de sentido influencia diretamente a regência e o uso das preposições, vamos ver?
1) Assistir com sentido de ver, observar ou presenciar é transitivo indireto: a preposição “a” deve ser empregada, vejamos:
Exemplos: Maricota assistiu ao filme.
Florentino assistiu ao show.
Todos assistiram às reuniões. -> OBS: “a” preposição + “a” artigo = crase
Mesmo com a preposição a, esse verbo não admite a forma pronominal átona lhe, devendo-se usar a forma tônica a ele(s), a ela(s) como complemento, pois o objeto indireto não é pessoa ou ser personificado, mas sim coisa:
Assisti ao jogo. = Assisti a ele.
Assisti ao programa. = Assisti a ele.
Assisti ao espetáculo. = Assisti a ele.
Assisti ao documentário. = Assisti a ele.
Assisti à novela. = Assisti a ela.
Assisti à série. = Assisti a ela.
Assisti à sessão. = Assisti a ela.
Percebem que na linguagem falada raramente usamos a preposição? Assim, devemos ter atenção ao estudar este verbo para não errarmos na hora da prova!
2) Assistir com sentido de ajudar, socorrer, amparar, auxiliar ou prestar assistência é transitivo direto: não deve ser empregada nenhuma preposição, vejamos:
Exemplos: O enfermeiro assistiu o paciente com rapidez. (socorreu, ajudou)
A professora assistiu a aluna com paciência. (prestou assistência, ajudou) -> OBS: o "a" que antecede "aluna" é artigo definido.
Segundo Cegalla, Sacconi, Claudio Cezar Henriques e José Carlos de Azeredo, admite-se a preposição a com sentido de vigiar, monitorar, observar, estar sob observação: O médico assistiu ao doente. (ênfase, realce)
3) Assistir com sentido de morar ou residir é intransitivo: deve ser empregada a preposição “em”, iniciando adjunto adverbial de lugar, muito usado em textos literários, religiosos, jurídicos e científicos, vejamos:
Exemplo: Eu assisto em João Pessoa. (Eu resido em João Pessoa)
Segundo Celso Pedro Luft, nessa acepção é transitivo indireto e o que segue é objeto indireto.
Segundo Bechara, é transitivo direto seguido de objeto direto preposicionado.
4) Assistir com sentido de pertencer, caber direito ou razão é transitivo indireto: a preposição “a” deve ser empregada, vejamos:
Exemplo: Assiste aos trabalhadores o direito ao descanso semanal remunerado.
Admite a forma oblíqua lhe: É um direito que lhes assiste.
Implicar:
O verbo implicar também varia de regência de acordo com o sentido empregado, vamos ver?
1) Implicar com sentido de acarretar, ocasionar, produzir como consequência, fazer supor, dar a entender, pressupor é transitivo direto: não deve ser empregada nenhuma preposição, vejamos:
Exemplos: Dedicação implica sucesso. (acarreta)
O comportamento dele implicava grande comprometimento. (fazia supor, dava a entender)
Atenção! É comum vermos as orações acima escritas da seguinte maneira:
“Medicina implica em sacrifício” ERRADO!
“Recessão implica em desemprego” ERRADO!
Isso ocorre por influência de quatro verbos de significação semelhante, mas de regência indireta (resultar em, redundar em, reverter em, importar em)
Dirigir sem carteira resulta/redunda/reverte/importa em multa. - Correto
O cliente se implicou em tráfico de influência. - Correto
Há erro gramatical nas orações acima, pois, como explicamos, o verbo “implicar” com sentido de acarretar ou dar a entender é transitivo direto, logo não devemos fazer uso de preposição.
2) Implicar com sentido de ter implicância, nutrir ou demonstrar antipatia é transitivo indireto: exige a preposição “com”, vejamos:
Exemplo: João implicava com a irmã todos os dias. (tinha implicância)
A vida implica com quem não se esforça. (tem antipatia, tem implicância)
3) Implicar com sentido de comprometer, envolver, enredar (em complicação ou embaraço) é transitivo direto e indireto: a preposição “em” deve ser empregada para completar o objeto indireto do verbo, vejamos:
Exemplo: Estão implicando o prefeito (objeto direto, sem preposição) da cidade em atos de improbidade administrativa (objeto indireto, preposição “em”).
Entenderam, direitinho? No próximo encontro abordaremos outro tema importante para nosso estudo. O esforço, com certeza, será recompensado com a aprovação!
Abraço e fiquem com Deus!
Hoje vamos estudar, dentro do tópico da Regência Verbal, dois verbos constantemente trazidos em questões de concurso que, a partir de agora, vocês com certeza irão acertar! Vamos lá?
Assistir:
O verbo assistir é muito empregado na linguagem cotidiana, mas, algumas vezes, erramos a sua regência ao escrever. Isso acontece porque ele pode assumir sentidos diferentes em cada oração, dependendo do contexto, e essa variação de sentido influencia diretamente a regência e o uso das preposições, vamos ver?
1) Assistir com sentido de ver, observar ou presenciar é transitivo indireto: a preposição “a” deve ser empregada, vejamos:
Exemplos: Maricota assistiu ao filme.
Florentino assistiu ao show.
Todos assistiram às reuniões. -> OBS: “a” preposição + “a” artigo = crase
Mesmo com a preposição a, esse verbo não admite a forma pronominal átona lhe, devendo-se usar a forma tônica a ele(s), a ela(s) como complemento, pois o objeto indireto não é pessoa ou ser personificado, mas sim coisa:
Assisti ao jogo. = Assisti a ele.
Assisti ao programa. = Assisti a ele.
Assisti ao espetáculo. = Assisti a ele.
Assisti ao documentário. = Assisti a ele.
Assisti à novela. = Assisti a ela.
Assisti à série. = Assisti a ela.
Assisti à sessão. = Assisti a ela.
Percebem que na linguagem falada raramente usamos a preposição? Assim, devemos ter atenção ao estudar este verbo para não errarmos na hora da prova!
2) Assistir com sentido de ajudar, socorrer, amparar, auxiliar ou prestar assistência é transitivo direto: não deve ser empregada nenhuma preposição, vejamos:
Exemplos: O enfermeiro assistiu o paciente com rapidez. (socorreu, ajudou)
A professora assistiu a aluna com paciência. (prestou assistência, ajudou) -> OBS: o "a" que antecede "aluna" é artigo definido.
Segundo Cegalla, Sacconi, Claudio Cezar Henriques e José Carlos de Azeredo, admite-se a preposição a com sentido de vigiar, monitorar, observar, estar sob observação: O médico assistiu ao doente. (ênfase, realce)
3) Assistir com sentido de morar ou residir é intransitivo: deve ser empregada a preposição “em”, iniciando adjunto adverbial de lugar, muito usado em textos literários, religiosos, jurídicos e científicos, vejamos:
Exemplo: Eu assisto em João Pessoa. (Eu resido em João Pessoa)
Segundo Celso Pedro Luft, nessa acepção é transitivo indireto e o que segue é objeto indireto.
Segundo Bechara, é transitivo direto seguido de objeto direto preposicionado.
4) Assistir com sentido de pertencer, caber direito ou razão é transitivo indireto: a preposição “a” deve ser empregada, vejamos:
Exemplo: Assiste aos trabalhadores o direito ao descanso semanal remunerado.
Admite a forma oblíqua lhe: É um direito que lhes assiste.
Implicar:
O verbo implicar também varia de regência de acordo com o sentido empregado, vamos ver?
1) Implicar com sentido de acarretar, ocasionar, produzir como consequência, fazer supor, dar a entender, pressupor é transitivo direto: não deve ser empregada nenhuma preposição, vejamos:
Exemplos: Dedicação implica sucesso. (acarreta)
O comportamento dele implicava grande comprometimento. (fazia supor, dava a entender)
Atenção! É comum vermos as orações acima escritas da seguinte maneira:
“Medicina implica em sacrifício” ERRADO!
“Recessão implica em desemprego” ERRADO!
Isso ocorre por influência de quatro verbos de significação semelhante, mas de regência indireta (resultar em, redundar em, reverter em, importar em)
Dirigir sem carteira resulta/redunda/reverte/importa em multa. - Correto
O cliente se implicou em tráfico de influência. - Correto
Há erro gramatical nas orações acima, pois, como explicamos, o verbo “implicar” com sentido de acarretar ou dar a entender é transitivo direto, logo não devemos fazer uso de preposição.
2) Implicar com sentido de ter implicância, nutrir ou demonstrar antipatia é transitivo indireto: exige a preposição “com”, vejamos:
Exemplo: João implicava com a irmã todos os dias. (tinha implicância)
A vida implica com quem não se esforça. (tem antipatia, tem implicância)
3) Implicar com sentido de comprometer, envolver, enredar (em complicação ou embaraço) é transitivo direto e indireto: a preposição “em” deve ser empregada para completar o objeto indireto do verbo, vejamos:
Exemplo: Estão implicando o prefeito (objeto direto, sem preposição) da cidade em atos de improbidade administrativa (objeto indireto, preposição “em”).
Entenderam, direitinho? No próximo encontro abordaremos outro tema importante para nosso estudo. O esforço, com certeza, será recompensado com a aprovação!
Abraço e fiquem com Deus!
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