domingo, 28 de fevereiro de 2021

Professor Leo - dicas de português (7)

 Dicas de período composto:

Orações coordenadas - ambas as orações são independentes

Orações subordinadas - uma oração depende da outra

Orações adverbiais - apresenta conjunção adverbial

Orações adjetivas - apresenta pronome relativo (que, o qual, quem, onde, cujo, quanto, como, quando)

Orações substantivas - apresenta conjunção integrante (que, se), pronome interrogativo (quem, qual, quanto) ou advérbio interrogativo (quando, como, onde, por que)

Orações reduzidas - apresentam verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio; não possuem conjunção ou pronome relativo - podem ser ligadas por preposição

Conjunções integrantes que e se - podem ser substituídas por isso ou esse

Diferença entre subordinada adverbial causal e coordenada explicativa:

Causal - indica a causa de um fato, pode ser colocada no início do período, introduzida pela conjunção como, apresenta verbo no indicativo, liga-se diretamente à oração principal

Explicativa - explica uma sugestão, ordem ou suposição, tem posição fixa, aparece depois de orações imperativas e optativas e de deduções, é separada por vírgula

Oração subordinada adverbial consecutiva - apresenta a conjunção que e um termo intensivo iniciado pela letra T: tão, tal, tanto ou tamanho.

Diferença entre adversativa e concessiva:

Adversativa - a ideia que prevalece é a da oração introduzida pela conjunção, é coordenada, tem posição fixa

Concessiva - a ideia que prevalece é a da oração principal, é subordinada adverbial, pode ser invertida ou intercalada

Principais conjunções das orações subordinadas adverbiais:

Causal - porque

Consecutiva - tão/tal/tanto/tamanho... que

Condicional - se

Concessiva - embora

Comparativa - como

Conformativa - conforme

Final - para que

Proporcional - à medida que

Temporal - quando

Principais conjunções das orações coordenadas sindéticas:

Aditiva - e, nem

Adversativa - mas, porém

Alternativa - ou, ora

Conclusiva - logo, portanto

Explicativa - pois, porque

Esquema das orações subordinadas substantivas:

Subjetiva - sujeito: verbo de ligação + adjetivo + que, verbo + se + que, verbo + particípio + que e verbo unipessoal + que

Objetiva direta - objeto direto: VTD + que/se

Objetiva indireta - objeto indireto: VTI + preposição + que

Completiva nominal - complemento nominal: substantivo, adjetivo ou advérbio + preposição + que

Predicativa - predicativo: verbo de ligação + que

Apositiva - aposto: dois-pontos, vírgula ou travessão + que

Esquema das orações subordinadas adjetivas:

Explicativas - apresentam vírgula, travessão ou parênteses antes do pronome relativo

Restritivas - não apresentam pontuação antes do pronome relativo

Oração principal - pode colocar ponto final

Oração subordinada - não pode colocar ponto final

A conjunção e, normalmente aditiva, pode apresentar valor adversativo

A conjunção mas é adversativa, enquanto 'mas também' é aditiva

Dica para as orações coordenadas explicativas - ordem, suposição ou sugestão + que, porque, pois ou porquanto

Dicas de funções sintáticas dos pronomes relativos:

Que - sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo, agente da passiva, adjunto adverbial

Quem - objeto direto preposicionado, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial

Onde - adjunto adverbial de lugar

Como - adjunto adverbial de modo

Quando - adjunto adverbial de tempo

Quanto - sujeito, objeto direto

Cujo - adjunto adnominal, complemento nominal


Toda vogal idêntica se separa

O tritongo ocorre quando as três vogais ficam juntas e são pronunciadas

O ditongo pode ser representado pelas consoantes L com som de U, funcionando como semivogal, e pela consoante M com som de U ou I

O hiato ocorre - com vogais idênticas, quando o U e o I forem acentuados e precedidos de vogal

Os ditongos vocálicos são representados por am, em, im, om, um, an, en, in, on e un com som nasal

Há três tipos de encontro consonantal:

perfeito - junto

imperfeito - separado

misto - junto e separado

Qu, gu, sc e xc são dígrafos quando o U, o C e o X não forem pronunciados.

Quando o U é pronunciado, QU e GU são ditongos.

Quando o X e o S são pronunciados, SC e XC são encontros consonantais.

Os ditongos decrescentes terminam em som de U ou I, o restante será ditongo crescente.

O ditongo pode ser: nasal - M ou N / oral - resto

As palavras paroxítonas terminadas em ditongo também podem ser proparoxítonas

Não se separa sílaba confiando apenas no som, toda sílaba deve ter vogal

Des, dis, trans, bis, hiper, inter, super e sub

Depois do prefixo vem consoante - fica inteiro na sílaba anterior

Depois do prefixo vem vogal - a última letra pula para a próxima sílaba

RR, SS, SC, SÇ e XC se separam, LH, CH, NH, QU e GU não se separam

Quando a vogal I estiver entre duas vogais, sendo que a última vogal deve ser A ou O, estas ficam sozinhas

No plural dos verbos crer, dar, ler e ver, acrescenta-se o M e retira o acento

Os ditongos éi, ói e éu são acentuados apenas nas oxítonas e nos monossílabos, não nas paroxítonas

ter e vir - sem acento no singular e circunflexo no plural / derivados - acento agudo no singular e circunflexo no plural

oxítona / terminada em / acento

A, E, O, EM, ENS / tem

paroxítona / terminada em / acento

A, E, O, EM, ENS / não tem

o resto / tem

Palavras 'maldosas'

ruim, cateter, ureter, nobel, mister, recém, refém - oxítonas

austero, aziago, filantropo, rubrica, ibero, pudico, recorde, epifania - paroxítonas

ínterim, ímprobo, bávaro, crisântemo, aerólito, aríete, monólito, trânsfuga, arquétipo - proparoxítonas

Interim (oxítona) é como os mineiros pronunciam inteirinho

Oxítonas terminadas em I e U só levam acento se houver hiato

Diminutivos terminados em zinho / zinha e advérbios terminados em mente não levam acento

Usa-se SS: CED > CESS, GRED > GRESS, PRIM > PRESS, TIR > SSÃO, MET > MISS ou MESS

Verbos terminados em: UAR - a terceira pessoa termina em E / UIR - a terceira pessoa termina em I

onde - parado / aonde - movimento

por que - pergunta / relativo: pelo qual

porque - resposta / explicação

por quê - fim de frase

porque - motivo / razão

mal - bem / logo que / doença

mau - bom

Usa-se S: em adjetivos terminados em oso, osa, após ditongo, nos verbos pôr, querer e usar, nos sufixos esa, isa, ês e ense, em derivadas de primitivas com S, nos sufixos ASE, ESE, ISE e OSE, exceto deslize, gaze, treze e fezes

Usa-se: NS nas palavras derivadas de vocábulos com ND, RT nas derivadas de vocábulos com RS, PULS nas derivadas de vocábulos com PEL e CURS nas derivadas de vocábulos com CORRER

Cuidado com: catequese - catequizar / síntese - sintetizar / hipnose - hipnotizar / batismo - batizar / ênfase - enfatizar

Usa-se G: nas terminações ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO e ÚGIO, nos substantivos terminados em GEM, exceto pajem, lajem e lambujem, nas derivadas de primitivas com G

Usa-se J: nos verbos terminados em JAR, nas derivadas de primitivas com J e nas palavras de origem tupi, árabe ou africana

Usa-se X: após ditongo - exceto recauchutar e guache, após EN - exceto encher, encharcar, enchumaçar e derivados e ME - exceto mecha, nas palavras indígenas e africanas e nas palavras inglesas aportuguesadas

Usa-se Ç: em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO, TOR e TIVO, nos substantivos derivados de verbos de ação terminados em AR, nos derivados de verbos que perderam o R, nos substantivos derivados de verbos terminados em TER, TORCER e UZIR

homônimo - mesmo som, mas escrita e sentidos diferentes, mesma escrita, mas som e sentidos diferentes, mesmo som e escrita e sentidos diferentes

força - substantivo / força - verbo

são - verbo ser / são - forma reduzida de santo

senso - juízo / censo - recenseamento

parônimo - sentidos diferentes, som e escrita parecidas

docente - professor / discente - aluno

discriminar - diferenciar, especificar / descriminar - inocentar, descriminalizar

a fim - finalidade, vontade ou interesse / afim - semelhante, parente por afinidade ou função matemática

Com XC - exceção, excepcional, exceder, excelente, excêntrico, exceto, excesso

tampouco - nem / tão pouco - muito pouco

senão - 'caso contrário', 'a não ser', 'mas sim' ou defeito / se não - caso não

ao invés de - ao contrário de / em vez de - em lugar de

a princípio - no começo, inicialmente / em princípio - em tese, teoricamente / por princípio - por convicção

ao encontro de - a favor de, na direção de / de encontro a - contra, em sentido contrário

todo - qualquer / todo o - inteiro

conflito - confusão / confronto - enfrentamento

Figuras de linguagem

metáfora - sentido figurado

Se houver conectivo, não ocorre metáfora, e sim comparação

metonímia - troca

perífrase - apelido

catacrese - nomeia objetos / ações

sinestesia - sentidos humanos

antítese - antônimo

paradoxo - ilógico

eufemismo - suavização

ironia - contrário

hipérbole - exagero

gradação - sequência

prosopopeia - humanizar seres

apóstrofe - chamar

elipse - omissão

zeugma - omissão de verbo

polissíndeto - várias conjunções

assíndeto - sem conjunção

hipérbato - inversão

anáfora - repetição

silepse - concordância diferente

pleonasmo - redundância

aliteração - trava-línguas

assonância - rima vocálica

paronomásia - trocadilho

onomatopeia - sons

Elementos da comunicação:

emissor - produz a mensagem

receptor - recebe a mensagem

mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor

canal - meio pelo qual circula a mensagem

referente - assunto ou situação a que a mensagem se refere

código - instrumentos usados na transmissão da mensagem

Intenções na comunicação:

emocionar / convencer alguém / informar algo / explicar uma palavra ou texto / iniciar ou finalizar uma conversa / enfeitar a linguagem

Funções da linguagem:

emotiva ou expressiva - expressa o estado de espírito do emissor, usa 1ª pessoa, interjeições, reticências, ponto de exclamação e adjetivos: poema, letra de música, cordel, novela, carta pessoal, biografia, memória, depoimento, entrevista

conativa, apelativa ou imperativa - busca convencer o interlocutor, usa 2ª pessoa, vocativo e imperativo: propaganda, discurso político, sermão religioso, livro de horóscopo e autoajuda, oração, prece

referencial, denotativa ou informativa - busca informar, linguagem objetiva, 3ª pessoa e ordem direta, textos claros e informativos, faz referência a acontecimentos, pessoas, conta a realidade dos fatos: revista, jornal, telejornal, livro didático, documento oficial, artigo científico, redação, correspondência comercial

metalinguística - a linguagem explica ela mesma: dicionário, gramática, programa de TV que fala sobre televisão

fática - busca a interação entre falantes, abertura, manutenção e encerramento do canal: cumprimento, saudação, despedida, vinheta, conversa telefônica

poética ou estética - usa recursos criativos da língua, figuras de linguagem e linguagem conotativa: texto literário, publicitário e letra de música, piada, trocadilho, história em quadrinhos

Vícios de linguagem:

solecismo - erro de sintaxe (concordância, regência ou colocação pronominal)

barbarismo - erro de grafia, pronúncia, acentuação ou flexão, e emprego inadequado de homônimos ou parônimos

pleonasmo vicioso ou tautologia - redundância desnecessária, não intencional e sem valor estilístico 

ambiguidade - dupla interpretação

cacofonia ou cacófato - união de duas ou mais palavras, formando uma terceira de sentido desagradável e inconveniente

eco - repetição de palavras com a mesma terminação

arcaísmo - palavra ou expressão já ultrapassada

estrangeirismo - uso excessivo e desnecessário de palavras estrangeiras

colisão - repetição de consoantes em sequência

hiato - repetição de vogais em sequência

plebeísmo - uso de gírias e palavras / expressões informais

gerundismo - uso excessivo e desnecessário do gerúndio

preciosismo - linguagem extremamente rebuscada

parequema - sílaba final e inicial iguais em palavras seguidas

queísmo - uso excessivo e desnecessário do pronome que

Professor Leo - dicas de português (6)

 Dicas de pontuação:

Vírgula antes da conjunção e - informação intercalada, sujeitos diferentes, conjunção com valor adversativo, equivalente a mas ou conectivo repetido enfaticamente

A conjunção e pode ser substituída pela vírgula, mas altera o sentido

Vírgula antes de que (pronome relativo) altera o sentido

Oração adjetiva explicativa - generaliza, universaliza

Oração adjetiva restritiva - restringe, delimita, particulariza

Em orações subordinadas adverbiais, quando após a oração principal, a vírgula é facultativa. Quando antes da oração principal ou intercaladas, a vírgula é obrigatória.

Nos adjuntos adverbiais extensos no início ou no meio da oração, a vírgula é obrigatória. Com adjuntos adverbiais curtos, a vírgula é facultativa, mas, se o adjunto adverbial for apenas um advérbio, a vírgula é desnecessária, embora não seja errada.

A vírgula é facultativa com as conjunções adversativas (exceto mas) e conclusivas, quando iniciam frase.

Dois-pontos - citação, enumeração, explicação e esclarecimento, aposto ou oração apositiva, exemplo, nota e observação, vocativo de ofícios e cartas comerciais

Usa-se vírgula com palavras e expressões explicativas, retificadoras, continuativas, conclusivas ou enfáticas

Usa-se o ponto e vírgula quando a conjunção adversativa ou conclusiva estiver deslocada, em frases em que se omite o verbo da segunda, para separar orações coordenadas que já tenham vírgula em seu interior ou cuja conjunção está implícita, pensamentos independentes e pensamentos opostos

Quando o termo for explicativo, pode-se usar vírgula, travessão ou parênteses.

Nunca se separa por vírgula - sujeito e verbo, verbo e objeto direto ou indireto, verbo de ligação e predicativo, nome e complemento nominal, aposto especificativo e adjunto adnominal, locução verbal de voz passiva e agente da passiva, oração adjetiva restritiva e oração principal, oração adverbial consecutiva, oração principal e oração subordinada substantiva (exceto a apositiva)

Aspas - citação, expressão popular, gíria, estrangeirismo, neologismo, arcaísmo, ironia, ênfase, realce, livro, obra de arte, filme, música, jornal, revista, erro gramatical

Reticências - suspensão ou interrupção do pensamento, continuidade de ação ou fato, hesitação e dúvida, realce de uma palavra ou expressão

Parênteses - explicações, considerações, reflexões e comentários acessórios, ano de nascimento e morte de uma pessoa, possibilidades alternativas de leitura, rubricas em uma peça de teatro, nome do autor, nome da obra e ano de publicação, significado de siglas

Travessão - troca de interlocutor nos diálogos e destaque de uma palavra ou expressão no interior da frase

Ponto de interrogação - frases interrogativas diretas

Ponto de exclamação - interjeições, frases exclamativas e optativas, frases imperativas e vocativos / apóstrofes

Ponto final - frases declarativas e imperativas, casas decimais e abreviaturas - neste caso se chama ponto abreviativo

Professor Leo - dicas de português (5)

 Dicas de concordância nominal:

Invariáveis - em anexo, menos, alerta, pseudo, a olhos vistos, salvo, tirante, exceto, mediante, não obstante, de forma que, de modo que, de sorte que, de maneira que

Alerta - só tem plural quando é substantivo

Variáveis - mesmo, próprio, anexo, incluso, obrigado, quite, leso

Bastante - pronome indefinido: substitui por 'muito' e acompanha substantivo

Bastante - adjetivo: substitui por 'suficiente' e acompanha substantivo

Bastante - advérbio de intensidade: substitui por 'muito' ou 'suficientemente' e acompanha verbo, adjetivo ou advérbio

Só - adjetivo: substitui por 'sozinho'

Só - advérbio: substitui por 'apenas' ou 'somente'

A sós - é locução adverbial: invariável

Caro / barato / alto / baixo / longe / muito / pouco - advérbios: invariáveis / adjetivos: variáveis

É vedado / é necessário / é bom / é proibido / é permitido: sem artigo ou pronome, ficam invariáveis. Com artigo ou pronome, variam em gênero e número.

Com os verbos chamar, considerar, achar, julgar, eleger e nomear, o adjetivo fica no masculino plural ou concorda com o termo mais próximo.

Nas orações reduzidas e na voz passiva, o particípio concorda com o substantivo. Nos tempos compostos, o particípio é invariável.

Meio - numeral fracionário (metade): variável

Meio - advérbio de intensidade (mais ou menos): invariável

Meio - substantivo (modo, maneira, veículos, procedimentos, métodos, esfera social): variável

Um adjetivo para dois substantivos - concorda com o mais próximo ou vai para o masculino plural

Tal qual / tais quais - com verbos de ligação, 'tal' concorda com o antecedente e 'qual' concorda com o consequente. Com os demais verbos, 'tal qual' é invariável.

Dois adjetivos para um substantivo - sem repetição do artigo: substantivo no plural / com repetição do artigo: substantivo no singular

Dicas de concordância verbal:

Verbo no plural ou no singular - um e outro, nem um nem outro, um dos que, expressão partitiva ou coletivo com especificador no plural, nome próprio no plural, sujeito composto com núcleos sinônimos ou núcleos dispostos em gradação / enumeração, pronome apassivador se, pronome interrogativo ou indefinido plural, seguido de nós ou vós, sujeito ligado por ou com ideia de adição, retificação ou equivalência, expressões numéricas aproximativas: cerca de e perto de, expressões indicativas de fração ou porcentagem, pessoas gramaticais diferentes, conjunções correlativas, verbos dar, bater e soar

Verbo no singular - verbos impessoais, um ou outro, cada, nenhum de, índice de indeterminação do sujeito se, pronome de tratamento, aposto resumidor, sujeito ligado por ou com ideia de exclusão, pronome interrogativo ou indefinido singular, sujeito oracional (oração subordinada substantiva subjetiva)

Mais de um - verbo no singular

Havendo reciprocidade ou repetição - verbo no plural

Pronome relativo que - concorda com o antecedente

Pronome relativo quem - verbo na 3ª pessoa do singular ou concorda com o antecedente (concordância enfática)

Verbo parecer + infinitivo - varia o verbo parecer e não varia o infinitivo ou não varia o verbo parecer e varia o infinitivo, fica no singular com oração desenvolvida

Professor Leo - dicas de português (4)

 Regência com pronomes relativos - destaque o verbo ou nome após o pronome e questione-o para identificar o complemento. Em locuções verbais, retire o verbo auxiliar e considere apenas o verbo principal.

assistir: ver - VTI (a); ajudar - VTD ou VTI (a); pertencer - VTI (a); morar - VI (em)

aspirar: respirar  - VTD; almejar - VTI (a)

visar: mirar - VTD; dar visto - VTD; ter em vista - VTI (a)

chamar: convocar - VTD; invocar - VTI (por); apelidar - VTD ou VTI (a) - predicativo do objeto com ou sem a preposição de

proceder: ter fundamento - VI; agir - VI; originar-se - VI (de); realizar - VTI (a)

esquecer / lembrar: não pronominais - VTD; pronominais - VTI (de)

agradar: acariciar - VTD; satisfazer - VTI (a)

informar / avisar / prevenir / advertir / notificar / certificar / cientificar / aconselhar / impedir / incumbir / encarregar / proibir: VTDI - informar algo a alguém ou informar alguém de (ou sobre) algo

pagar / agradecer / perdoar: pessoa ou instituição - VTI (a); coisa - VTD; dois objetos - VTDI (a)

querer: desejar - VTD; ter afeto - VTI (a)

implicar: acarretar - VTD; ter implicância - VTI (com); envolver-se - VTDI (em). O uso da preposição em no sentido de acarretar é influência do sinônimo resultar.

custar: ter valor - VI; ser custoso - VTI (a)

preferir: VTDI (a) - não aceita do que, mais, mil vezes, muito mais. Esse uso se explica por associação com o verbo gostar usado em comparações

responder: VTD (para dar o conteúdo da resposta diretamente); VTI (a - quando se refere a quem ou ao que produziu a pergunta); VTDI (quando se fornecem duas respostas)

precisar: marcar com precisão - VTD; necessitar - VTI (de); ser necessitado - VI

reparar: consertar - VTD; indenizar - VTD; observar - VTI (em)

obedecer / desobedecer: VTI (a). O uso desses verbos como VTD é influência dos sinônimos respeitar e desrespeitar

namorar: VTD. O uso da preposição com é influência dos verbos casar e noivar

Um só complemento para dois ou mais verbos:

verbos de mesma regência - podem ter o mesmo complemento

verbos de regências diferentes - devem ter um complemento para cada verbo

informar - não se usa dois objetos diretos ou dois objetos indiretos, o verbo não pode ser VTDD ou VTII, só se você inventar novas regras para a gramática

ir e chegar - sempre com preposição a, nunca em

ir a - ida passageira / ir para - ida definitiva

Professor Leo - dicas de português (3)

 Dicas de crase:

1 - substitua o pronome demonstrativo aquele, aquela e aquilo por 'a esse', 'a essa' ou 'a isso'.

2 - substitua a palavra feminina por uma masculina. Se ocorrer a contração 'ao', haverá crase.

3 - em nomes de lugares, use o seguinte macete:

vou à e volto da - crase há

vou a e volto de - crase para quê

se estiver especificado - crase vai ter

4 - com as palavras distância, casa e terra, só se usa crase se estas estiverem devidamente especificadas ou se Terra tiver o sentido de planeta

5 - não se usa crase antes de palavras masculinas, antes de verbos no infinitivo, antes de pronomes pessoais e de tratamento (exceto senhora, senhorita, dona e madame), antes de pronomes demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos (exceto mesma, própria e outra), antes de sujeito e objeto direto, antes da expressão Nossa Senhora e de nomes de santas (com exceção de Virgem Maria), quando um A, no singular, estiver diante de uma palavra no plural em sentido genérico (em sentido específico, passa a ser precedida do artigo as e admite a crase), depois de preposições (exceto até) e entre palavras repetidas

6 - usa-se crase quando o a estiver antes do pronome relativo que e da preposição de

7 - entre períodos: da - crase há; de - crase pra quê?

8 - com pronomes possessivos femininos adjetivos no singular, a crase é facultativa; se esses pronomes vierem no plural, a crase é obrigatória ou proibida. Com pronomes possessivos femininos substantivos no singular, a crase é de rigor.

9 - usa-se crase em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas. Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, só se usa crase em caso de ambiguidade.

10 - usa-se crase na locução prepositiva 'à moda de', mesmo com o termo 'moda de' subentendido.

11 - usa-se crase na indicação de horas exatas e numerais ordinais femininos, não se usa na indicação de datas e horas indeterminadas, ou, na indicação de horas, quando há preposições (exceto até)

12 - diante do pronome relativo qual, substitua a palavra feminina por uma masculina. Se ocorrer a contração 'ao', a crase ocorrerá.

13 - com nomes próprios femininos, a crase é facultativa; se esse nome próprio vier qualificado, a crase é obrigatória; com pessoas célebres, a crase é proibida, a menos que esse nome venha qualificado

14 - depois da preposição até, a crase é facultativa, a menos que o até funcione como palavra denotativa de inclusão, neste caso, a crase ou existe ou não existe

Professor Leo - dicas de português (2)

 Tipos de sujeito:

Simples - um núcleo

Composto - mais de um núcleo

Oculto - não está expresso, mas se deduz do contexto

Indeterminado - não se pode ou não se quer identificar

Verbo na 3ª pessoa do plural sem referência, verbo na 3ª pessoa do singular + pronome se e verbo no infinitivo impessoal

Inexistente - oração construída apenas de predicado, com verbo impessoal

Verbo que indica fenômeno da natureza, verbo haver = existir, acontecer, realizar-se, verbos fazer, estar e ser = tempo decorrido, temperatura, hora, data e distância, verbos passar, bastar e chegar, seguidos da preposição de

Verbos ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, andar, virar, tornar-se:

São verbos de ligação se - indicarem estado e apresentarem predicativo do sujeito

São verbos intransitivos se - indicarem ação e apresentarem adjunto adverbial

Via de regra, os verbos chegar, morrer, nascer, sair, ir, descer, subir, voltar, comparecer, morar, existir, acontecer, faltar e bastar são intransitivos. O que parece ser objeto direto, indireto ou direto preposicionado, na verdade é sujeito ou adjunto adverbial.

Adjunto adnominal - PLANA: pronome, locução adjetiva, adjetivo, numeral, artigo

Para identificar a função sintática do pronome oblíquo, substitua-o pela palavra 'menino'.

Adjunto adnominal - pode ou não ter preposição, pode indicar posse, liga-se a substantivos concretos e abstratos, tem valor ativo (pratica a ação), é acessório (dispensável)

Complemento nominal - tem preposição (obrigatória), nunca indica posse, refere-se a substantivos (abstratos), adjetivos e advérbios, tem valor passivo (sofre a ação), é integrante (indispensável)

Objeto indireto - complementa verbo transitivo indireto

Complemento nominal - complementa substantivo, adjetivo e advérbio

Adjunto adnominal - adjetivo acompanha substantivo, tem posição fixa, não apresenta vírgula

Predicativo - adjetivo acompanha verbo, pode mudar de posição, pode apresentar vírgula

Aposto - explica, enumera, especifica, resume, distribui ou compara

Vocativo - chama, invoca, interpela

Aposto especificativo - determina o nome da pessoa ou do lugar

Adjunto adnominal - não determina o nome da pessoa ou do lugar

Objeto direto e indireto pleonástico - repetição enfática pelo uso dos pronomes oblíquos átonos

Predicado verbal - verbo de ação (transitivo ou intransitivo)

Predicado nominal - verbo de ligação e predicativo do sujeito

Predicado verbo-nominal - verbo de ação e predicativo (do sujeito ou do objeto). Na fusão dos dois predicados, o verbo de ligação fica subentendido.

Predicativo do sujeito - qualifica o sujeito

Predicativo do objeto - qualifica o objeto direto (ou indireto, no caso do verbo chamar)

O, a, os, as - sempre objeto direto

Lhe, lhes - sempre objeto indireto

Me, te, se, nos, vos - podem ser objeto direto ou objeto indireto

Objeto direto preposicionado - completa verbo transitivo direto e a preposição é facultativa

Objeto indireto - completa verbo transitivo indireto e a preposição é obrigatória

Agente da passiva - próprio da voz passiva analítica, é sempre quem pratica a ação, sempre ligado a verbo no particípio, sempre preposicionado (por ou de)

Classe gramatical e função sintática:

Substantivo - núcleo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do objeto, adjunto adverbial, adjunto adnominal, aposto e vocativo

Artigo - adjunto adnominal

Adjetivo - adjunto adnominal, predicativo do sujeito e predicativo do objeto

Numeral - adjunto adnominal (quando numeral adjetivo) e funções próprias do substantivo (quando numeral substantivo)

Pronome - adjunto adnominal (quando pronome adjetivo) e funções próprias do substantivo (quando pronome substantivo)

Verbo - núcleo do predicado verbal ou verbo-nominal (verbo de ação)

Advérbio - adjunto adverbial

Preposição - não exerce função sintática, trata-se de um conectivo

Conjunção - não exerce função sintática, trata-se de um conectivo

Interjeição - não exerce função sintática, trata-se de uma palavra-frase, para expressar sentimentos e estados de espírito

Palavra denotativa - não exerce função sintática, trata-se de uma estrutura à parte no discurso

Adjuntos adverbiais - lugar, tempo, modo, intensidade, afirmação, negação, dúvida, causa, meio, instrumento, companhia, finalidade, assunto, matéria, preço, oposição, concessão, condição, argumento

Professor Leo - dicas de português (1)

 Pronomes e colocação pronominal:

O, a, os, as - sempre objeto direto, não podem substituir objeto indireto

Lhe, lhes - sempre objeto indireto, não podem substituir objeto direto, só acompanham VTDs para indicar posse

Verbos terminados em vogal ou ditongo oral - o, a, os, as

Verbos terminados em R, Z ou S - lo, la, los, las

Verbos terminados em som nasal - no, na, nos, nas

Verbos causativos e sensitivos (deixar, mandar, fazer, ver, ouvir e sentir) - usam-se os pronomes oblíquos, e não os retos

Pronomes relativos:

que - substitui pessoa, coisa ou lugar

quem - substitui pessoa ou coisa personificada

onde - substitui lugar

cujo - substitui coisa ou pessoa com relação de posse

quanto - substitui os pronomes indefinidos tudo, tanto e todos

como - substitui tempo

quando - substitui as palavras modo, maneira, forma e jeito

Quando aparecer 'o que', o será o pronome demonstrativo e que será o pronome relativo.

Curiosidades sobre o pronome relativo cujo - não aceita crase, pode haver preposição antes dele, se um verbo ou nome a exigir, não possui substituto, não aceita artigo, depois, concorda com o consequente, exige sempre um substantivo após ele

Funções do se:

Pronome reflexivo - substitui por 'a si mesmo', corresponde ao pronome oblíquo átono na voz reflexiva, indica reflexividade

Pronome recíproco - substitui por 'uns aos outros', corresponde ao pronome oblíquo átono na voz recíproca, indica reciprocidade

Conjunção subordinativa integrante - substitui por 'isso', inicia oração subordinada substantiva

Conjunção subordinativa condicional - substitui por 'caso', inicia oração subordinada adverbial condicional

Conjunção subordinativa causal - substitui por 'já que', inicia oração subordinada adverbial causal

Parte integrante do verbo - liga-se a verbos essencialmente pronominais, que expressam sentimento ou mudança de estado

Partícula expletiva - une-se a verbos intransitivos, para realçar a ação expressa pelo sujeito, pode ser retirada da frase sem nenhum prejuízo ao sentido, pois não desempenha função sintática, seu uso é apenas estilístico - ênfase, expressividade, mas não constitui erro.

Índice de indeterminação do sujeito - vem ligado a verbo transitivo indireto, intransitivo ou de ligação, na 3ª pessoa do singular, tornando o sujeito indeterminado. Pode-se ligar a verbo transitivo direto, desde que o objeto venha preposicionado. É impossível a conversão para a voz passiva analítica.

Pronome apassivador - vem ligado a verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, tornando a oração passiva. É possível a conversão para a voz passiva analítica.

Os pronomes oblíquos tônicos mim, ti e si vem sempre após preposição, exceto a preposição com, que forma 'comigo', 'contigo' e 'consigo'.

Embora os pronomes de tratamento se refiram à 2ª pessoa, a concordância é feita com a 3ª pessoa.

Vossa - fala diretamente com a pessoa

Sua - fala a respeito da pessoa

Pronomes demonstrativos:

No espaço - este: próximo do emissor / esse: próximo do receptor / aquele: distante de ambos

No tempo - este: presente / esse: passado próximo ou futuro / aquele: passado muito distante

No discurso:

Quando se redige um texto - este: informação posterior / esse: informação anterior

Em um período ou parágrafo - este: último elemento citado / aquele: último elemento citado

Se houver três ou mais referentes, usam-se numerais: o primeiro, o segundo, o terceiro etc.

Conosco - usa-se de forma indeterminada

Com nós - usa-se com determinantes: mesmos, próprios, todos, outros, ambos ou algum numeral, aposto explicativo ou oração subordinada adjetiva

Eu - entre preposição e verbo no infinitivo, função de sujeito ou predicativo do sujeito

Mim - idem, há adjetivo antes do verbo, a frase pode ser invertida, final de frase, antes de pontuação, função de objeto indireto, objeto direto preposicionado, complemento nominal, adjunto adverbial e agente da passiva

Com a preposição entre, usam-se os pronomes oblíquos, e não retos

Não se iniciam frases com os pronomes oblíquos, exceto sob licença poética ou quando se pretende reproduzir a fala coloquial. Pronomes retos e as conjunções - coordenativas e subordinativas - podem começar frases.

Próclise ou ênclise/mesóclise facultativa - pronome pessoal, possessivo e de tratamento, substantivo ou numeral, conjunção coordenativa, verbo no infinitivo e conjunção coordenativa

Próclise - palavras ou expressões negativas, advérbios ou locuções adverbiais, pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos, conjunções subordinativas integrantes ou adverbiais, preposição em seguida de gerúndio, frases interrogativas, exclamativas e optativas, infinitivo pessoal precedido de preposição, numeral ambos, orações sindéticas aditivas e alternativas e formas verbais proparoxítonas

Ênclise - verbo no início da frase, verbo no imperativo afirmativo, verbo no gerúndio e verbo no infinitivo impessoal

Mesóclise - verbo no futuro do presente ou futuro do pretérito do indicativo

Locuções verbais e tempos compostos:

Verbo principal no infinitivo ou gerúndio - o pronome pode ser colocado antes, no meio ou depois da locução verbal. Com fator de próclise, o pronome só não pode ficar no meio da locução verbal.

Verbo principal no particípio - o pronome só pode ser colocado antes ou no meio da locução verbal. Com fator de próclise, o pronome não pode ficar no meio da locução verbal.

Professor Leo - dicas de português

 Formação de palavras:

Derivação prefixal e sufixal - apresenta prefixo e sufixo. Retirando-se um dos dois, a palavra não perde o sentido

Derivação parassintética - apresenta prefixo e sufixo. Retirando-se um dos dois, a palavra perde o sentido.

Se o substantivo for abstrato e indicar ação, a palavra é derivada e tem-se derivação regressiva.

Se o substantivo for concreto e indicar objeto ou substância, a palavra é primitiva e tem-se derivação sufixal.

Composição por justaposição - sem perda de unidade fonética

Composição por aglutinação - com perda de unidade fonética

Hibridismo - com elementos de línguas diferentes

Abreviação - reduz a palavra sem perder o sentido

Abreviatura - reduz a palavra às suas letras ou sílabas

Sigla - reduz a palavra às suas letras iniciais

Símbolo - representação de unidade de medida ou elemento químico

Plural dos substantivos compostos:

Variam - substantivo, adjetivo, numeral e pronome

Não variam - verbo, advérbio, preposição, prefixo e interjeição

Se o substantivo apresentar preposição, somente o primeiro varia

Plural dos diminutivos em zinho ou zito:

1 - colocar o substantivo primitivo no plural

2 - retirar o S do substantivo

3 - adicionar o sufixo e a desinência S

Plural dos substantivos terminados em ÃO:

1, 2 ou 3 formas

Plurais que merecem atenção:

hífen - hifens ou hífenes

gol - gols, gois ou goles

réptil ou reptil - répteis ou reptis

espécimen - espécimens ou especímenes

líquen - liquens ou líquenes

mel - méis ou meles

projétil ou projetil - projéteis ou projetis

Locução adjetiva - apresenta preposição + substantivo ou preposição + advérbio e equivale a um adjetivo

Adjetivo - relaciona-se ao substantivo ou pronome; apresenta-se variável, portanto, sujeito a flexões (gênero, número e grau)

Advérbio - relaciona-se ao verbo, adjetivo, advérbio ou oração; apresenta-se invariável, portanto, não sujeito a flexão, alguns apresentam variação de grau

Substantivo abstrato - sentimento, ação, estado, qualidade

Substantivo concreto - seres reais ou imaginários

Substantivo comum de dois - aceita ambos os determinantes (artigo, numeral, pronome, adjetivo ou locução adjetiva)

Substantivo sobrecomum - aceita apenas um determinante

Substantivação - transformação de uma classe gramatical em substantivo

Substantivo simples - um radical

Substantivo composto - mais de um radical, com ou sem hífen, justaposição, aglutinação ou hibridismo

A - pronome pessoal oblíquo (ela): substitui um substantivo

A - pronome demonstrativo (aquela): antes do pronome relativo que e da preposição de

A - preposição: liga dois termos

A - artigo definido: antecede um substantivo, concordando com ele e determinando-o

Mesmo - pronome demonstrativo (próprio) ou adjetivo (idêntico): ao lado de um substantivo ou pronome

Mesmo - advérbio de afirmação (realmente): após o verbo

Mesmo - conjunção concessiva (embora): em orações subordinadas reduzidas ou desenvolvidas, quando forma a locução conjuntiva 'mesmo que'

Certo - pronome indefinido: antes do substantivo

Certo - adjetivo: após o substantivo

Certo - advérbio ou adjetivo: após o verbo

Verbos 'quarteto fantástico':

Ter - manter, conter, deter, reter, entreter, obter, abster-se, ater-se, suster

Pôr - propor, compor, repor, expor, impor, supor, depor, decompor, antepor, opor, justapor, pressupor, pospor

Ver - prever, antever, rever, entrever, telever (mas não precaver, que não deriva dele, nem prover)

Vir - intervir, provir, convir, advir, sobrevir, desavir-se

Infinitivo - usa-se antes de uma preposição

Futuro do subjuntivo - usa-se antes de uma conjunção subordinativa ou do pronome quem

Verbo regular - flexiona-se de acordo com o modelo de conjugação, conserva o radical e a desinência em todas as formas

Verbo irregular - em algum tempo ou pessoa, sofre alterações no radical, na desinência ou em ambos, afastando-se do modelo de conjugação

Verbo anômalo - sofre profundas alterações no radical

Verbo defectivo - apresenta conjugação incompleta

Verbo abundante - possui duas ou mais formas de idêntico valor

Conversão da voz ativa para a voz passiva analítica:

O objeto direto se transforma em sujeito

O sujeito se transforma em agente da passiva

O verbo transitivo se transforma em uma locução verbal

Conversão da voz ativa para a voz passiva sintética:

O objeto direto se transforma em sujeito

O sujeito se transforma no pronome apassivador se

O verbo transitivo se mantém

Não há agente da passiva

Verbos transitivos indiretos não admitem a transformação, porque seu complemento é preposicionado. Excetuam-se os verbos obedecer e desobedecer, que antigamente eram transitivos diretos. 

Verbos intransitivos não admitem a transformação, porque não possuem complemento.

Verbos de ligação não admitem a transformação, porque são verbos de estado, não de ação.

Locução verbal - qualquer verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio

Tempo composto - ter ou haver + particípio

Formação do presente do subjuntivo:

1ª conjugação - substitui-se o A por E (exceção: verbo estar - esteja)

2ª conjugação - substitui-se o E e o I por A

Verbos ter e haver - particípio regular

Verbos ser, estar e ficar - particípio irregular

Formação do imperativo:

Imperativo afirmativo - as duas segundas pessoas (singular e plural), são formadas a partir do presente do indicativo, sem a letra s. Excetua-se o verbo ser, que faz: sê tu e sede vós. As demais pessoas são retiradas do presente do subjuntivo.

Imperativo negativo - é formado diretamente do presente do subjuntivo, sem alterações.

Verbos terminados em EAR - são irregulares, formam o ditongo EI nas formas rizotônicas

Verbos terminados em IAR - são regulares, exceto os verbos MARIO (mediar, ansiar, remediar, intermediar, incendiar e odiar)

Tipos de verbos defectivos:

sem eu no presente do indicativo e sem todo o presente do subjuntivo, pretérito e futuro regulares - abolir, colorir, demolir, extorquir

sem eu, tu, ele e eles no presente do indicativo e sem o presente do subjuntivo, pretérito e futuro regulares - adequar, falir, precaver, ressarcir

computar - sem eu, tu e ele no presente do indicativo e sem todo o presente do subjuntivo, pretérito e futuro regulares

reaver = haver, somente nas formas em que apresenta a letra V

A forma verbal reveja existe, mas é do verbo rever.

A forma verbal reaja existe, mas é do verbo reagir.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Critérios para escolha dos cantos litúrgicos

 Equipe de Liturgia - Paróquia Divino Espírito Santo – Jatiúca – Maceió/AL



INTRODUÇÃO:  NOÇÕES GERAIS.


 


Os cantos litúrgicos da missa devem respeitar cada uma das 5 partes: ritos iniciais, liturgia da Palavra, liturgia eucarística, rito da comunhão e ritos finais.


 Devem ser cantos originais, jamais plágios (Ctrl + C e Ctrl + V), paródias, cantos populares, músicas de peças teatrais, filmes, novelas ou cópias de cantos não católicos, estes devem ser cantados em shows e não na Missa. De preferência, eles devem ter aprovação da igreja. Por exemplo, um erro grave ainda muito cometido em algumas paróquias é o seguinte canto do Pai Nosso: “Ó Pai Nosso, Tu que estás nos que amam a verdade, faz o reino que é teu Senhor...”. Este canto é uma paródia da música tema do filme “A primeira noite de um homem”. Outra paródia pode ser constatada no canto: “É santo, cheio de glória, ó hosana nas alturas. Bendito, aquele que vem entre nós trazendo a mensagem...”. Este canto é uma paródia da música “Hey Jude”, dos Beathles.


Na liturgia, classificamos os cantos em dois grandes grupos: os que ACOMPANHAM O RITO e os cantos que são o PRÓPRIO RITO. Os que acompanham o desenrolar de um rito são, por exemplo, a procissão de entrada, comunhão, ofertório.. Já os que são os próprios ritos são, por exemplo, o ato penitencial, santo, glória... Os cantos que acompanham um rito devem obrigatoriamente se encerrar ao término do rito (por exemplo, na comunhão, quando a última pessoa terminar de comungar, o canto deve ser finalizado e no ofertório, quando o altar já estiver preparado, o canto deve ser finalizado). Já os cantos que são propriamente os ritos devem ser cantados por inteiro.


 


 


 


PROCISSÃO DE ENTRADA:


 


Significado Litúrgico - Deus caminha ao nosso encontro: esse é o sentido da procissão de entrada. Em passagens bíblicas diversas vemos o povo de Deus caminhar, seja em busca da terra prometida, seja em busca da libertação, seja a caminho de Jerusalém, seja ao encontro de Jesus. É por isso que, de pé, aclamamos a Cristo, na presença do sacerdote, que vem ao nosso encontro, com toda sua majestade, seu poder e sua autoridade, para celebrarmos juntos os mistérios do sacrifício da missa.


Quem preside o ato litúrgico é o próprio Cristo, que se une a nós e se oferece a si mesmo e ao Pai em nosso favor.


O sacerdote, após vestir-se para celebrar a missa, já não é mais ele mesmo que está ali, mas o próprio Cristo! Independente dos méritos do sacerdote, apesar de seus pecados: é o próprio Cristo quem celebra a missa! Cristo faz do padre um instrumento a seu serviço, pois isto independe da nossa condição de pecadores, independe de nossas limitações, independe de nosso estado físico, mental, espiritual: é o poder de Deus que vem até nós e nos faz conduzir ao Pai. E o que o padre consagrar é verdadeiramente o Corpo de Cristo, mesmo que os fieis não tenham fé, mesmo que o padre não tenha fé, mesmo que todos duvidem, pois a realização desse milagre não está condicionada à nossa fé, à nossa natureza humana: vem de Deus, é sacramento ordenado por Cristo: “Fazei isto em memória de mim...” Jesus cumpre suas promessas sem estar condicionada à fé do homem.


 


Este canto acompanha o rito da procissão de entrada e, por isso, deve ser encerrado ao término desta procissão.


Para que um canto seja corretamente considerado canto de entrada, este deve expressar a alegria de estarmos reunidos para celebrar os mistérios de nossa salvação. Deve trazer os temas do tempo do ano litúrgico em que estiver a igreja, por exemplo: no Tempo Pascal deve falar sobre a ressurreição; no tempo do Natal deve falar sobre a encarnação e o nascimento de Cristo; no tempo do Advento deve falar sobre a expectativa da espera da vinda do Salvador; no tempo da Quaresma deve falar sobre penitência, conversão e mudança de vida ou sobre a campanha da fraternidade; no Tempo Comum pode falar de vários temas.


 


 


 


ATO PENITENCIAL ou Kyrie:


 


Significado Litúrgico - O ato penitencial, também conhecido como Kyrie Eleison, pode ser comparado a um capacho posto à entrada de um recinto. Assim como limpamos a sujeira da sola do calçado, semelhantemente, no ato penitencial, recebemos o perdão de todos os pecados veniais: a impureza adquirida no dia-a-dia, que nos torna indignos de participar do banquete da eucaristia. Os pecados mortais exigem o sacramento da confissão.


Este canto é o próprio rito de ato penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo obrigatoriamente conter as frases: MISERICÓRDIA, CONFESSO A DEUS, SENHOR PIEDADE (ou Kyrie Eleison) e CRISTO PIEDADE  (ou Christe Eleison). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado.

Qualquer outro canto de perdão ou canto de arrependimento, por mais belo que seja, não cabe no ato penitencial.


 


 


HINO DE LOUVOR:


 


Significado Litúrgico - O hino de louvor, ou glória, expressa o louvor de toda a criatura ao Criador, do homem remido ao Salvador e do homem imperfeito ao Consolador, relembrando os pontos principais de todo o mistério de nossa salvação em Jesus Cristo. Este canto deve fazer o verdadeiro louvor, assim como disse São Paulo, o louvor que glorifica Deus pelo que ELE É e não pelo que Ele faz.


 


Este canto é o próprio rito de hino de louvor e deve ser cantado integralmente.


Por isso, para este canto ser considerado corretamente como hino de louvor, este deve obrigatoriamente conter toda a oração do hino de louvor, com a letra do Missal ou da CNBB. Caso contrário, estará liturgicamente errado.

Qualquer outro canto de glória ou canto de louvor, por mais belo que seja, não cabe no hino de louvor.


 


É falsa, portanto, a ideia de que apenas basta ter as invocações de “Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito Santo”, para que um canto seja verdadeiro hino de louvor. Com isso, podemos constatar que é um ERRO LITÚRGICO bastante comum em inúmeras paróquias e em inúmeros grupos de canto, a substituição da recitação do hino de louvor por cantos que não o contenham integralmente.


 


Obs: Durante o tempo da Quaresma e do Advento não se canta o hino de louvor, pois são tempos litúrgicos de reflexão, não de festa. Também não se canta nos dias de semana, porque este cabe ao dia por excelência do encontro com os cristãos - o domingo.


 


 


 


 


PROCISSÃO DA BÍBLIA:


 


Significado Litúrgico - Na missa celebramos a Palavra e a Eucaristia. A Palavra é a Bíblia: revelação do amor de Deus, fonte de salvação, o Verbo de Deus que, na liturgia eucarística, tornar-se-á carne que habitará entre nós (ler o capítulo 1º e 6º do evangelho de João). Portanto, a Palavra é o próprio Deus que se revela ao homem, e é por isso que a aclamamos de todo coração e de toda alma.


 


Podemos dizer que este canto não faz parte “oficialmente” da liturgia, sendo portanto facultativo, não devendo ser regra constante, apenas em ocasiões excepcionais. Geralmente é usado em missas solenes, ficando a critério do grupo de liturgia e do pároco. Normalmente é cantado nos domingos de setembro ou quando se pretende destacar a Palavra de Deus.


Deve aclamar a chegada da palavra de Deus, a qual deve ser trazida em procissão, devendo ser usada a própria Bíblia, ou o Lecionário ou o Evangeliário.


Este canto acompanha o rito da procissão da Bíblia e, por isso, deve ser encerrado ao término desta procissão.


 


 


 


 


SALMOS DE RESPOSTAS (ou responsoriais):


 


Significado Litúrgico - Os salmos, em número de 150, são partes integrantes da liturgia da Palavra. Sempre estão em concordância com a primeira leitura, sendo uma resposta aos apelos desta, ou seja, o salmo é responsorial porque o povo, após ouvir a palavra de Deus na 1ª leitura, responde em concordância com o que acabou de ouvir.


A palavra salmo significa oração cantada e acompanhada de instrumentos musicais, originária das poesias colhidas da fé do povo israelita. É por isso que todo salmo deve ser cantado e toda a assembléia deve responder cantando com um refrão.


 


O salmo de resposta é parte integrante e insubstituível da liturgia da palavra, aliás tem estreitas ligações teológicas com a 1ª leitura e existe, o salmo, como exclusiva resposta a ela, como já foi exposto acima. É por isso que nenhum grupo de canto tem a autoridade de modificar o salmo do dia.


O salmo de resposta deve ser SEMPRE cantado, pois o mesmo é um canto originário do povo israelita. Quando o coro não souber a melodia do salmo, o grupo deve adaptar a letra a outra melodia já conhecida.


Como o nome também sugere, o salmo deve ter uma resposta do povo, onde o refrão deve ser cantado pelo povo.


 


 


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO:


 


Significado Litúrgico - O Evangelho é o próprio Cristo que nos vem falar a boa notícia. É por isso que, de pé, na posição de quem ouve o recado para ir logo anunciá-lo, todos nós aclamamos a Cristo que vem anunciar suas palavras de salvação, cheios de imensa ALEGRIA.


 


Este canto é o próprio rito de aclamação ao evangelho e deve ser cantado integralmente.


Para que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao Evangelho, este deve obrigatoriamente conter a palavra ALELUIA, que significa alegria, exceto no tempo da Quaresma onde este aleluia é vetado, em virtude do forte tempo de reflexão.

Qualquer outro canto que fale da palavra de Deus não cabe na aclamação ao Evangelho, por mais belo que seja.


 


 


 


PROFISSÃO DE FÉ (ou credo, ou creio):


 


Significado Litúrgico - A oração do Credo expressa os principais dogmas (princípios de fé) da igreja Católica Apostólica Romana. Nele está contida toda a essência de nossa fé.


Existem basicamente 2 modelos: o mais comum e curto, recitado na maioria dos domingos, chama-se Símbolo dos Apóstolos; o mais completo e longo, reservado para ocasiões especiais, principalmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus, chama-se de Símbolo Niceno-Constantinopolitano, por causa dos concílios ecumênicos de Nicéia-Constantinopla, que explicita mais detalhadamente os princípios da fé católica.


A partir do século II, a fé católica foi posta à prova através de heresias sobre a Santíssima Trindade. Essas controvérsias foram totalmente esclarecidas pelos concílios de Nicéia I (325 d.C.) e Constantinopla I (381 d.C.), cujas conclusões foram as seguintes:


- Igualdade de natureza do Filho com o Pai. 


- Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera (hemisfério norte).


- Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.


- A confissão da divindade do Espírito Santo, e a condenação do Macedonismo de Macedônio, patriarca de Constantinopla.


 - Condenação de quaisquer heresia trinitária.


- A sede de Constantinopla ou Bizâncio ("segunda Roma"), recebeu uma preeminência sobre as sedes de Jerusalém, Alexandria e Antioquia.


 


A Profissão de Fé pode ser cantada, geralmente em missas solenes, mas toda a assembléia deve conhecer bem o canto, para que ninguém fique sem cantá-lo por falta de conhecimento da melodia ou letra.


 


Este canto é o próprio rito da profissão de fé e deve ser cantado integralmente, sendo que a letra do canto deve obrigatoriamente possuir todo o conteúdo da oração recitada.


 


Símbolo dos Apóstolos

Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo; na santa Igreja católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.


 


Símbolo Niceno-Constantinopolitano


Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.


 


É falsa, portanto, a ideia de que apenas basta ter as invocações de “Creio no Pai, Creio no Filho e Creio no Espírito Santo”, para que um canto seja verdadeira Profissão de fé. Com isso, podemos constatar que é um ERRO LITÚRGICO bastante comum em inúmeras paróquias e em inúmeros grupos de canto, a substituição da recitação da Profissão de fé por cantos que não a contenham integralmente.


 


 


ORAÇÃO DOS FIÉIS (ou oração universal):


 


Significado Litúrgico - “Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta...” (Mt 7,7-9).


Na oração universal, como o próprio nome já sugere, rezamos por 5 principais intenções de toda a igreja universal (o nome católico significa universal): (1) pelas necessidades da igreja; (2) pelos poderes públicos; (3) pela salvação do mundo inteiro; (4) pelos que sofrem qualquer dificuldade; (5) pela comunidade local e pelas intenções particulares. Uma forma alternativa pode ser a ladainha ou cantar a resposta das preces.


 Neste oração, o povo, exercendo sua função sacerdotal, suplica a Deus em nome de  todos os homens.


 


 



PREPARAÇÃO DAS OFERTAS:


 


Significado Litúrgico - No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo: o pão e o vinho!


Assim como o 1º sacerdote do antigo testamento, Melquisedec, ofereceu ao Senhor o pão e o vinho (Gn 14,18); assim também como Cristo, na última ceia, ofereceu, ao Pai, o pão e vinho e os transformou em Corpo e Sangue seus; assim também nós oferecemos ao Senhor em sacrifício o pão e o vinho para a glória do nome do Senhor e para o nosso bem. Esse pão e esse vinho também para nós tornar-se-á Corpo e Sangue de Cristo, via de salvação, dons de vida eterna.


Devemos ter o cuidado para não confundir esse rito com as ofertas materiais: dinheiro, objetos, alimentos, os quais podem ser apresentados ou recolhidos, mas não podem tirar o brilho da apresentação do pão e do vinho que serão consagrados em corpo e sangue de Jesus Cristo.


 


Este canto acompanha o rito da preparação das ofertas e, por isso, deve ser encerrado quando sacerdote termina de oferecer os dons a Deus e lava as mãos. Nas missas solenes, quando há o uso de incenso, este canto deve se estender até o momento após a incensação da assembléia, corpo místico de Cristo. Ele se estende durante a procissão, preparação do altar e apresentação das oferendas, enquanto o sacerdote realiza a ação ritual em silêncio.


Para ser considerado um canto de preparação das ofertas, deve falar de pão e vinho, do tema da liturgia ou do oferecimento da própria vida a Cristo.


O termo 'ofertório' é inadequado, pois a grande oferta se realiza na Oração Eucarística, após a consagração.


 


ACLAMAÇÃO AO SANTO:


 


Significado Litúrgico - É a aclamação pela qual toda a assembléia, unindo-se aos espíritos celestes, louvam a Deus trindade, 3 vezes santo, pois Deus é o Santo dos santos. A repetição significa o máximo de santidade, Deus é santíssimo.


 


Este canto é o próprio rito de aclamação do Santo e deve ser cantado integralmente.


Por isso, para que um canto seja considerado canto de santo, ele deve obrigatoriamente conter todas as palavras da oração recitada, ou seja: SANTO, SANTO, SANTO (ou seja 3 vezes santo) + DEUS DO UNIVERSO + O CÉU E A TERRA PROCLAMAM A VOSSA GLÓRIA + BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR + HOSANA NAS ALTURAS (Hosana significa mil vezes santo). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado. Qualquer outro canto de Santo, por mais belo que seja, não cabe.


 


 


 


PÓS-CONSAGRAÇÃO:


 


Significado Litúrgico - Deve ser a própria aclamação ou adaptação dela. Quem define se esta aclamação é ou não cantada é o próprio sacerdote, o qual  iniciará  cantando e o povo responde também cantando. Quando o sacerdote cantar“eis o mistério da fé”, o povo deverá responder cantando de acordo com as aclamações nº 1 ou nº 2; caso o sacerdote inicie cantando “tudo isto é mistério da fé” o povo deverá responder cantando com a aclamação nº 3.


 


Eis o mistério da fé:


Aclamação Nº 1 é Anunciamos, ó Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.


Aclamação Nº 2 é Salvador do mundo, salvai-nos. Vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição.


 


Tudo isto é mistério da fé:


Aclamação Nº 3 é Toda vez que se come deste pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta.


 


Obs: Na Oração Eucarística existe um momento chamado de Epiclese, que é o instante onde o sacerdote implora a descida do Espírito Santo para consagrar o pão e o vinho, geralmente com a frase: 'Santificai, pois, estas oferendas' ou 'Mandai vosso Espírito Santo'. Este é o instante em que todos se ajoelham em sinal de adoração.


Quando o sacerdote recita ou canta “eis o mistério da fé” ou “tudo isto é mistério da fé”, todos, antes ajoelhados desde a Epiclese, agora imediatamente devem ficar de pé.


 


 


DOXOLOGIA FINAL (ou grande Amém):


 


Significado Litúrgico - É o amém mais importante da missa, pois finaliza com a confirmação de que “ assim seja” toda a glorificação do mistério salvífico, onde tudo foi feito por Cristo, em Cristo e para Cristo, para glorificação do Pai no Espírito Santo e para o bem de toda a igreja. É o próprio Cristo que oferece e é oferecido.


 


Por isso, este canto deve conter, no mínimo, três vezes a palavra Amém, preferencialmente cantado. Quem decide se a doxologia final será ou não cantada é o próprio sacerdote que iniciará cantando: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo a vós Deus Pai, todo-poderoso toda honra e toda glória agora e para sempre”, e o povo deverá responder também cantando: “Amém, amém, amém.”


 


 


PAI-NOSSO:


 


Significado Litúrgico - Deve ser reservado às missas solenes, pois nem todas as pessoas, muitas vezes, conhecem o canto escolhido para o pai-nosso, fato contrário quando este é recitado, onde todos o rezam. Para se evitar isso, esse canto deve ser exaustivamente ensaiado antes da missa com o povo.


 


É um canto que é o próprio rito, devendo ser cantado integralmente. Para que um canto seja considerado corretamente como canto de pai-nosso, ele deve obrigatoriamente conter toda a oração do pai-nosso. Caso contrário, estará liturgicamente errado. 


Devemos abolir radicalmente o canto de músicas parodiadas, como por exemplo: “Ó pai-nosso, tu que estais nos que amam a verdade..” que é a mesma melodia da música tema do filme ‘A primeira noite de um homem”.


 


SAUDAÇÃO DA PAZ:


 


Significado Litúrgico - Os fiéis imploram a paz e a unidade para a igreja e toda a família humana e exprimem mutuamente a caridade, antes de participar do mesmo pão, através de saudação com: “A paz de Cristo!”.


 


É considerado por alguns como inapropriado para antes da comunhão, pois dispersa o povo e desvia o clima de oração para o rito seguinte, sendo por eles colocados em outros momentos na liturgia da missa (após a bênção final, ou após o ato penitencial, ou após a preparação das ofertas...). Mas a saudação da paz após a oração do pai-nosso está liturgicamente prescrita e fica a critério de cada costume local, como também de cada rito católico aprovado pela Sé Romana (melquita, maronita...).


Não há regra específica para este canto, apenas que ele fale na paz de Deus que se deseja ao outro.


 


 


FRAÇÃO DO PÃO ou ACLAMAÇÃO AO CORDEIRO DE DEUS ou Agnus Dei (em latim):


 


Significado Litúrgico - Após a saudação da paz, o sacerdote fraciona o pão (corpo) e o mistura-o no sangue. Neste instante ocorre a união do Corpo ao Sangue de Cristo, e todos participarão integralmente da comunhão deste corpo e deste sangue, mesmo recebendo apenas uma das espécies. Com esse gesto relembramos Cristo, na Ceia derradeira, bem como as celebrações das primeiras comunidades cristãs, que reunidas partiam o pão entre si, celebrando os mistérios da salvação. É importante ainda lembrarmos da passagem em Emaús, onde os discípulos reconheceram o Cristo ressuscitado somente no momento da fração do pão.


Esse momento também é conhecido como a aclamação ao Cordeiro de Deus ou ao Agnus Dei, segundo a liturgia antiga.


Após o ato da fração do pão, todo o povo repete as invocação de João Batista, que mostrou ao mundo o Cordeiro de Deus, aquele que superara todos os sacrifícios, aquele que fora imolado, remindo toda a humanidade consigo: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira todo o pecado do mundo!” (Jo 1,29-36).


 


O termo “cordeiro de Deus” faz alusão ao antigo ritual dos judeus que matavam, em sacrifício de louvor a Deus e em reparação de seus pecados, um cordeiro primogênito (o primeiro da cria) para a expiação dos pecados. Isso era feito periodicamente em comemoração à páscoa (passagem) dos judeus libertos da escravidão do Egito. Este rito judeu era a imolação do cordeiro, onde este era morto, seu sangue aspergido e sua carne comida.


 


Veja toda a descrição deste sacrifício no livro do Êxodo, capítulo 12, versículo de 1 a 14.:


 


“Javé disse a Moisés e Aarão na terra do Egito: "Este mês será para vocês o principal, o primeiro mês do ano.  Falem assim a toda a assembléia de Israel: No dia dez deste mês, cada família tome um animal, um animal para cada casa. Se a família for pequena para um animal, então ela se juntará com o vizinho mais próximo de sua casa. O animal será escolhido conforme o número de pessoas e conforme cada uma puder comer. O animal deve ser macho, sem defeito, e de um ano. Vocês o escolherão entre os cordeiros ou entre os cabritos, e o guardarão até o dia catorze deste mês, quando toda a assembléia de Israel o imolará ao entardecer. Pegarão o sangue e o passarão sobre os dois batentes e sobre a travessa da porta, nas casas onde comerem o animal. Nessa noite, comerão a carne assada no fogo e acompanhada de pão sem fermento com ervas amargas. Vocês não comerão a carne crua nem cozida na água, mas assada no fogo: inteiro, com cabeça, pernas e vísceras. Não deixarão restos para o dia seguinte; se sobrar alguma coisa, devem queimá-la no fogo. Vocês devem comê-lo assim: com cintos na cintura, sandálias nos pés e cajado na mão; vocês o comerão às pressas, porque é a páscoa de Javé. Nessa noite, eu passarei pela terra do Egito, matarei todos os primogênitos egípcios, desde os homens até os animais. E farei justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou Javé. O sangue nas casas será um sinal de que vocês estão dentro delas: ao ver o sangue, eu passarei adiante. E o flagelo destruidor não atingirá vocês, quando eu ferir o Egito. Esse dia será para vocês um memorial, pois nele celebrarão uma festa de Javé. Vocês o celebrarão como um rito permanente, de geração em geração.”


Com Cristo, este sacrifício assumiu um significado novo: Cristo, o primogênito de Deus, veio morrer em sacrifício para pagar, de uma vez por todas, o nosso pecado e nos deu sua carne e seu sangue como verdadeira comida e verdadeira bebida. Era deste cordeiro que João, o Batista, se referia: o Cordeiro de Deus!


 


Este canto é o próprio rito de aclamação à Fração do Pão e deve ser cantado integralmente, devendo ser iniciado justamente no instante em que o sacerdote toma nas mãos o corpo de Cristo, fraciona-o e põe um fragmento dentro do cálice. É pois importante que o grupo de canto esteja atento a este momento.


Por isso, para que um canto seja considerado canto de Cordeiro de Deus, ele deve obrigatoriamente conter as palavras: CORDEIRO DE DEUS QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO, TENDE PIEDADE DE NÓS ... DAI-NOS A PAZ. Caso contrário, estará liturgicamente errado.

Qualquer outro canto, por mais belo que seja, não cabe no Cordeiro de Deus.


 


 


COMUNHÃO:


 


Significado Litúrgico - Enquanto o sacerdote e os fiéis recebem o Corpo de Cristo, entoa-se o canto de comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e torna mais fraternal a procissão dos que vão receber o Corpo de Cristo. Lembremos das palavras do próprio Cristo: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida.... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele” (Jo 6,51-58).


Este canto acompanha o rito da comunhão. Portanto, quando a última pessoa terminar de comungar, este canto deve ser encerrado.


Não necessariamente precisa falar sobre a comunhão, ou sobre o corpo e sangue de Cristo, ou sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outra palavra que faça referência ao mistério da eucaristia.


 


 


REFLEXÃO:


 


Significado Litúrgico - Após o comunhão, deve-se adotar o silêncio sagrado, onde todos meditam, louvam e rezam a Deus no íntimo do seu coração.


Esse momento é dedicado exclusivamente a Deus, onde a criatura adora ao Criador, o remido louva o Salvador, o imperfeito adora o Amor em perfeição.


A assembléia pode cantar um hino que una todas as preces de louvor e adoração num só propósito.


 


É considerado por alguns padres como inapropriado, mas está prescrito no missal romano. Portanto, pode ser cantado e é facultativo.


Deve ser obrigatoriamente um canto onde o destinatário é o próprio Deus, ou seja, deve ser um canto que ajude no diálogo com Deus, Cristo Eucaristia. Jamais deve ser cantado, neste momento, um canto a Nossa Senhora, ao Espírito Santo, à família ou cantos de apresentações teatrais, homenagens, nem um canto de adoração para que não se confunda com uma adoração ao Santíssimo Sacramento.


 


 


BÊNÇÃO FINAL:


 


Significado Litúrgico - A bênção final não é o fim, mas início da grande missão do cristão: ir anunciar o boa nova a toda gente. A despedida da assembléia ocorre a fim de que todos voltem às suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras.


Portanto, é um momento de alegria, onde desde já se fica na ânsia de voltar à casa do Senhor para a “pausa restauradora” , que é o sacrifício dominical da santa missa.


 


Deve levar a assembleia a evangelizar: termina a missa, começa a missão.


É um canto que acompanha o rito da saída do sacerdote do presbitério. Geralmente, no canto final, podemos cantar um canto de Nossa Senhora, um canto que fale sobre a família, um canto do Espírito Santo, um canto do padroeiro(a), o hino da Campanha da Fraternidade, dos meses temáticos e dos anos temáticos, quando for em tempo oportuno e em festas próprias.


 

100 erros de português comuns em concursos, vestibulares, provas e Enem

 1 - Custas só se usa na linguagem jurídica para designar despesas feitas no processo. Portanto, devemos dizer: "O filho vive à custa do pai". No singular.



2 - Não existe a expressão à medida em que. Ou se usa à medida que correspondente a à proporção que, ou se usa na medida em que equivalente a tendo em vista que.



3 - Apesar de ser facultativo o uso do artigo antes de pronomes possessivos, o certo é a meu ver e não ao meu ver.



4 - A princípio significa no começo, inicialmente: Ex: A princípio, gostaria de dizer que estou bem. Em princípio quer dizer em tese, teoricamente. Ex: Em princípio, todos concordaram com minha sugestão.



5 - À-toa, com hífen, é um adjetivo e significa "inútil", "desprezível". Ex: Esse rapaz é um sujeito à-toa. À toa, sem hífen, é uma locução adverbial e quer dizer "a esmo", "inutilmente". Ex: Andava à toa na vida.


6 - Com a conjunção se, deve-se utilizar acaso, e nunca caso. O certo: "Se acaso vir meu amigo por aí, diga-lhe..." Mas podemos dizer: "Caso o veja por aí...". Se caso é pleonasmo, pois é o mesmo que dizer 'se se'. Quando usamos se, o verbo fica no futuro do subjuntivo (vier). Quando usamos caso, o verbo fica no presente do subjuntivo (venha). O imperfeito do subjuntivo pode ser usado tanto com uma quanto com outra.


7 - Acerca de quer dizer a respeito de. Veja: Falei com ele acerca de um problema matemático. Mas há cerca de é uma expressão em que o verbo haver indica tempo transcorrido, equivalente a faz. Veja: Há cerca de um mês que não a vejo.


8 - Não esqueça: alface é substantivo feminino. A alface está bem verdinha.


9 - Além pede sempre o hífen, com exceção de Alentejo: além-mar, além-fronteiras, etc.


10 - Algures é um advérbio de lugar e quer dizer "em algum lugar". Já alhures significa "em outro lugar".


11 - Mantenha o timbre fechado do o no plural dessas palavras: almoços, bolsos, estojos, esposos, sogros, polvos, etc


12 - O certo é alto-falante, e não auto-falante.


13 - O certo é alugam-se casas, e não aluga-se casas. Mas devemos dizer precisa-se de operários, confia-se em histórias absurdas, acredita-se em coisas estranhas, aspira-se a vitórias. Observe a presença da preposição (de, em, a) após o verbo. É a dica pra não errar. O mesmo vale se houver um advérbio, locução adverbial ou adjetivo após o verbo: vive-se com conforto, trabalha-se durante o dia, está-se satisfeito com os resultados, é-se feliz nesta casa.


14 - Depois de ditongo, geralmente se emprega x. Veja: afrouxar, encaixe, feixe, baixa, faixa, frouxo, rouxinol, trouxa, peixe, etc. Só há duas exceções: guache e recauchutar.


15 - Ancião tem três plurais: anciãos, anciães, anciões.


16 - Só use ao invés de para significar ao contrário de, ou seja, com ideia de oposição. Veja: Ela gosta de usar preto ao invés de branco. Ao invés de chorar, ela sorriu. Em vez de quer dizer em lugar de. Não tem necessariamente a ideia de oposição. Veja: Em vez de trabalhar, ela foi brincar com as colegas. (Trabalhar não é antônimo de brincar).


17 - Ainda se vê e se ouve muito aterrizar em lugar de aterrissar, com dois esses. Escreva sempre com o esse dobrado.


18 - Não existe preço barato ou preço caro. Só existe preço alto ou baixo (e sinônimos). O produto e o serviço, sim, é que pode ser caro ou barato. Veja: Esse televisor é muito caro. O preço desse televisor é alto.


19 - Ainda se vê muito, principalmente na entrada das cidades, a expressão bem vindo (sem hífen) e até benvindo. As duas estão erradas. Deve-se escrever bem-vindo, sempre com hífen. Benvindo é nome próprio.


20 - Atenção: nunca empregue hífen depois de bi, tri, tetra, penta, hexa, hepta, etc. O nome fica sempre coladinho. O Sport se tornou tetracampeão no ano 2000. O Náutico foi hexacampeão em 1968. O Brasil foi bicampeão em 1962.


21 - Veja bem: uma revista bimensal é publicada duas vezes ao mês, ou seja, de 15 em 15 dias. É sinônimo de quinzenal. A revista bimestral só sai nas bancas de dois em dois meses. Percebeu a diferença?


22 - Hoje, tanto se diz boêmia como boemia. Nelson Gonçalves consagrou a segunda, com a tonacidade no mia.


23 - Cuidado: Eu caibo dentro daquela caixa. A primeira pessoa do presente do indicativo assim se escreve porque o verbo é irregular.


24 - Preste atenção: o senador Luiz Caixote foi cassado. Mas o leão foi caçado e nunca foi achado. Portanto, cassar (com ss) quer dizer tornar nulo, sem efeito e caçar (com ç) quer dizer capturar. Dica: caçar - caça / cassar - cassação


25 - Existem palavras que só devem ser empregadas no plural. Veja: os óculos, as núpcias, as olheiras, os parabéns, os pêsames, as primícias, os víveres, os afazeres, os anais, os arredores, os escombros, as fezes, as hemorroidas, as reticências, as finanças, as trevas.


26 - Pouca gente tem coragem de usar, mas o plural de caráter é caracteres. Então, Carlos pode ser um bom-caráter, mas os dois irmãos dele são dois maus-caracteres.


27 - Cartão de crédito e cartão de visita não pedem hífen. Já cartão-postal exige o tracinho.


28 - Catequese se escreve com s, mas catequizar é com z, o mesmo vale para síntese e sintetizar, hipnose e hipnotizar, batismo e batizar, ênfase e enfatizar. Esse português...


29 - O exemplo acima foge de uma regrinha que diz o seguinte: os verbos derivados de palavras primitivas grafadas com s formam-se com o acréscimo do sufixo -ar: análise-analisar, pesquisa-pesquisar, aviso-avisar, paralisia-paralisar, reprise-reprisar, improviso-improvisar, revisão-revisar, etc.


30 - Censo é de recenseamento; senso refere-se a juízo. Veja: O censo deste ano deve ser feito com senso crítico.


31 - Você não bebe a champanhe. Bebe o champanhe. É, portanto, palavra masculina.

32 - Cidadão só tem um plural: cidadãos.


33 - Cincoenta não existe. Escreva sempre cinquenta. Talvez por influência de cinco, há quem escreva assim. Já catorze admite dupla grafia: catorze e quatorze.


34 - Ainda tem gente que erra quando vai falar gratuito e dá tonicidade ao i, como de fosse gratuíto. O certo é gratuito, da mesma forma que pronunciamos intuito, circuito, fortuito, etc.


35 - E ainda tem gente que teima em dizer rúbrica, em vez de rubrica, com a sílaba bri mais forte que as outras. Escreva e diga sempre rubrica.


36 - Ninguém diz eu coloro esse desenho, só se você inventar novas regras para a gramática. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo abolir. Ninguém é doido de dizer eu abulo nem abolo. Pra dar um jeitinho, diga: Eu pinto esse desenho. Eu elimino esse preconceito.


37 - Outro verbo danado é computar. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas: eu computo, tu computas, ele computa. A gente vai entender outra coisa, não é mesmo? Então, para evitar esses palavrões pela sonoridade erótica, decidiu-se pela proibição da conjugação nessas pessoas. Mas se conjugam as outras três do plural: computamos, computais, computam. Não se conjuga no presente do subjuntivo e no imperativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente a segunda pessoa do plural. Nos pretéritos e futuros, comporta-se como um verbo regular, como cantar. Verbos semelhantes a ele, como disputar, imputar e reputar, têm conjugação completa.


38 - Outra vez atenção: os verbos terminados em -uar fazem a segunda e a terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a terceira pessoa do imperativo afirmativo em -e e não em -i. Observe: Eu quero que ele continue assim. Efetue essas contas, por favor. Menino, continue onde estava.


39 - A propósito do item anterior, devemos lembrar que os verbos terminados em -uir devem ser escritos naqueles tempos com -i, e não -e. Veja: Ele possui muitos bens. Ela me inclui entre seus amigos de confiança. Isso influi bastante nas minhas decisões. Aquilo não contribui em nada com o progresso.


40 - Coser significa costurar. Cozer significa cozinhar.


41 - O correto é dizer deputado por São Paulo, senador por Pernambuco, e não deputado de São Paulo e senador de Pernambuco.


42 - Descriminar é inocentar, descriminalizar. Discriminar é diferenciar, separar, especificar. Então dizemos: Alguns políticos querem descriminar o aborto. Não devemos discriminar os pobres.


43 - Dia a dia (sem hífen) é uma expressão adverbial que quer dizer todos os dias, dia após dia. Por exemplo: Dia a dia minha saudade vai crescendo. Enquanto que dia-a-dia é um substantivo que significa cotidiano e admite o artigo: O dia-a-dia dessa gente rica deve ser um tédio.


44 - A pronúncia certa é disenteria, e não desinteria, desenteria ou disinteria. O prefixo é dis, como em disjuntor, e não des, como em desonesto.


45 - A palavra dó (pena) é masculina. Portanto, "Sentimos muito dó daquela moça".


46 - Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota peso, medida, preço, tempo ou valor. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas é suficiente. Um é pouco, dois é bom, três é demais.


47 - Há duas formas de dizer: é proibido entrada, e é proibida a (esta) entrada. Observe a presença do artigo ou do pronome na segunda locução. É correto dizer 'entrada proibida', quando não há o verbo ser.


48 - Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: televisão em cores, e não a cores.


49 - Cuidado: emergir é vir à tona, vir à superfície. Por exemplo: O monstro emergiu do lago. Mas imergir é o contrário: é mergulhar, afundar. Veja o exemplo: O navio imergiu em alto-mar.


50 - A confusão é grande, mas se admitem as quatro grafias: enfarte, enfarto, infarto e infarte.


51 - Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em lugar de estada. Portanto, a minha estada em São Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em Santos só demorou um dia. Portanto, estada para permanência de pessoas, e estadia para navios ou veículos.


52 - E não esqueça: exceção é com ç, mas excesso é com dois esses. Excesso é muito, exceção é raridade.


53 - Lembra-se dos verbos defectivos? Lá vai mais um: falir. No presente do indicativo só apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo assim: eu falo, tu fales, ele fale, eles falem. Horrível, né? Não apresenta o presente do subjuntivo nem o imperativo negativo, e, no imperativo afirmativo, há somente a segunda pessoa do plural. Nos pretéritos e futuros, é conjugado normalmente, como partir. Eu falo só se for do verbo falar.


54 - Todas as expressões adverbiais formadas por palavras repetidas dispensam a crase: frente a frente, cara a cara, gota a gota, passo a passo, dia a dia, lado a lado, etc. Em 'é preciso dar mais vida à vida', a crase ocorre, pois se trata de um objeto direto seguido de um objeto indireto.


55 - Outra vez tome cuidado. Quando for ao supermercado, peça duzentos ou trezentos gramas de presunto, e não duzentas ou trezentas. Quando significa unidade de massa, grama é substantivo masculino. Se for a relva, aí sim, é feminino: não pise na grama; a grama está bem crescida.


56 - É frequente se ouvir no rádio ou na TV os entrevistados dizerem: Há muitos anos atrás... Talvez nem saibam que estão construindo uma frase redundante. Afinal, há já dá ideia de passado. Ou se diz simplesmente Há muito anos... ou Muitos anos atrás. Escolha. Mas não junte o há com atrás.


57 - Cuidado nessa arapuca do português: as palavras paroxítonas terminadas em -n recebem acento gráfico, mas as terminadas em -ns não recebem: hífen, hifens; pólen, polens.


58 - Atenção: Ele interveio na discórdia, e não interviu. Afinal, o verbo é intervir, derivado de vir, não  de ver, como rever, prever e antever.


59 - Item não leva acento. Nem seu plural itens.


60 - O certo é a libido, feminino. Devo dizer: Minha libido hoje não está legal.


61 - Todo mundo gosta de dizer magérrima, magríssima, mas o superlativo de magro é macérrimo.


62 - Antes de particípios não devemos usar melhor nem pior. Portanto, devemos dizer: os alunos mais bem preparados são os do 2o grau. E nunca: os alunos melhor preparados...


63 - Essa história de mal com l, e mau com u, até já cansou: É só decorar: Mal é antônimo de bem, e mau é antônomo de bom. É só substituir uma por outra nas frases para tirar a dúvida.


64 - Pronuncie máximo, como se houvesse dois esses no lugar do x. (mássimo)


65 - Toda vez que disser "É meio-dia e meio" você estará errando. O certo é: meio-dia e meia. Ou seja, meio-dia e meia hora.


66 - Não tenho nada a ver com isso, e não haver com isso. Nada a haver existe, mas significa nada a receber: Não tenho nada a haver da herança de meus avós.


67 - Nem um nem outro leva o verbo para o singular: Nem um nem outro conseguiu cumprir o que prometeu.


68 - Toda vez que usar o verbo gostar tenha cuidado com a ligação que ele tem com a preposição de. Ex: a coisa de que mais gosto é passear no parque. A pessoa de que mais gosto é minha mãe.


69 - Lembre-se: para, tinha acento, é do verbo parar, e para, sem acento, é a preposição. Portanto: Ele não para de repetir para o amigo que tem um carro novo.


70 - E tem mais: pelo, sem acento, é preposição (contração da preposição por com o artigo a) e pelo, tinha acento, é o cabelo.


71 - E quer mais? Pera, a fruta, tinha acento, só para diferenciar de uma antiga preposição também chamada pera. Já o plural dispensa o acento: peras. Dá pra entender? O jeito é decorar.


72 - Ainda tem mais uma palavra com acento diferencial: pôde, terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo poder, continua com o acento. É para diferenciar de pode, a forma do presente. Então dizemos: Ele até que pôde fazer tudo aquilo, mas hoje não pode mais. Percebeu a diferença?


73 - Pôr só leva acento quando é verbo, continua com acento: "Quero pôr tudo no seu devido lugar". Mas se for preposição, não leva acento: Por qualquer coisa, ele se contenta. Os derivados de pôr não são acentuados: depor, expor, impor, repor, propor, supor, antepor, compor, decompor, opor, transpor, interpor.


74 - Fique atento: nunca diga nem escreva 1 de abril na hora de pregar uma mentira ou 1 de maio na hora de comemorar o Dia do Trabalhador. Mas sempre: primeiro de abril, primeiro de maio. Prevalece o ordinal.


75 - É chato, pedante ou parece ser errado dizer "quando eu vir Maria, darei o recado a ela". Mas esse é o emprego correto do verbo ver no futuro do subjuntivo. Se eu vir, quando eu vir. Mas quando é o verbo vir que está na jogada, a coisa muda: quando eu vier, se eu vier.


76 - Só use quantia para somas em dinheiro. Para o resto, pode usar quantidade. Veja: Recebi a quantia de 20 mil reais. Era grande a quantidade de animais no meio da pista.


77 - O prefixo recém sempre se separa por hífen da palavra seguinte e deve ser pronunciado como oxítona: recém-chegado de Londres.


78 - Não esqueça: retificar é corrigir, e ratificar é confirmar, reafirmar, autenticar, validar: "Eu ratifico o que disse e retifico meus erros.


79 - Quando disser ruim, diga como se a sílaba mais forte fosse -im. Não tem cabimento outra pronúncia.


80 - Fique atento: só empregamos São antes de nomes que começam por consoante: São Pedro, São José, São João, São Paulo, etc. Se o nome começa por vogal ou h, empregamos Santo: Santo Antônio, Santo Agostinho, Santo Henrique, etc.


81 - E lembre-se: Seção, com ç, quer dizer parte de um todo, departamento: a seção eleitoral, a seção de esportes. Já sessão, com dois s, significa intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembléia, um acontecimento qualquer: A sessão do cinema demorou muito tempo. A sessão espírita terminou. Vamos assistir à Sessão da Tarde. Está na hora da sessão de fotos.


82 - Não confunda: senão, juntinho, quer dizer "caso contrário". E se não,separado, equivale a "se por acaso não". Veja: Chegue cedo, senão eu vou embora. Se não chegar cedo, eu vou embora. Percebeu a diferença?


83 - Tire esta dúvida: quando só é adjetivo equivale a sozinho e varia em número, ou seja, pode ir para o plural. Mas só como advérbio, quer dizer somente. Aí não se mexe. Veja: Brigaram e agora vivem sós (sozinhos). Só (somente) um bom diálogo os trará de volta.


84 - É comum vermos no rádio e na TV o entrevistado dizer: "O que nos falta são subzídios". Quer dizer, fala com a pronúncia do z. Mas não é: pronuncia-se ss. Portanto, escreva subsídio e pronuncie subssídio.


85 - Taxar quer dizer "tributar", "fixar preço". Tachar é "atribuir defeito", "censurar".


86 - E nunca diga: Eu torço para o Flamengo. Quem torce de verdade, torce pelo Flamengo.



87 - Todo mundo tem dúvida, mas preste atenção: 50% dos estudantes passaram nos testes finais. Somente 1% terá condições de pagar a mensalidade. Acreditamos que 20% do eleitorado se abstenha de votar nas próximas eleições. Mais exemplos: 10% estão aptos a votar, mas 1% deles preferem fugir das urnas. Quer dizer, concorde com o mais próximo e saiba que essa regra é bastante flexível.


88 - Um dos que deixa dúvidas. Há gramáticos que aceitam o emprego do singular depois dessa expressão, quando se indica ênfase. Mas pela norma culta, devemos pluralizar: Eu sou um dos que foram admitidos. (certo para todos) Sandra é uma das que ouve rádio. (errado para alguns e certo para outros)


89 - Veado se escreve com e, e não com i, seja o animal ou o homossexual. Escrever viado está sempre errado, a menos que você queira se referir a um tecido de lã, com riscas ou veios.


90 - Esse português da gente tem cada uma: tem viagem com g e viajem com j. Tire a dúvida: viagem é o substantivo: A viagem foi boa. Viajem é o verbo: Caso vocês viajem, levem tudo.


91 - O prefixo vice sempre se separa por hífen da palavra seguinte: vice-prefeito, vice-governador, vice-reitor, vice-presidente, vice-diretor, etc.


92 - Geralmente, se usa o x depois da sílaba inicial -en: enxaguar, enxame, enxergar, enxaqueca, enxofre, enxada, enxoval, enxugar, enxergar, enxurrada, enxuto, enxerido, etc. Mas cuidado com as exceções: encher e seus derivados (enchimento, enchente, preencher, etc) e quando -en se junta a um radical iniciado por ch: encharcar (de charco), enchumaçar (de chumaço), etc.


93 - Não adianta teimar: chuchu se escreve mesmo é com ch.


94 - Ciclo vicioso não existe. O correto é círculo vicioso.


95 - E qual a diferença entre achar e encontrar? Use achar para definir aquilo que se procura, e encontrar para aquilo que, sem intenção nenhuma, se apresenta à pessoa. Veja: Achei finalmente o que procurava. Maria encontrou uma corda debaixo da cama. Jorge achou o gato dele que fugiu na semana passada.


96 - Adentro é uma palavra só: meteu-se porta adentro. A lua sumiu noite adentro.


97 - Não existe adiar para depois. Isso é redundante, porque adiar não pode ser para antes.


98 - Afim (juntinho) significa semelhante ou parente por afinidade: gostos afins, palavras afins, função afim. A fim de (separado) equivale a para e indica finalidade: Veio logo a fim de me ver bem vestido.


99 - Pode parecer meio estranho, mas pode conjugar o verbo aguar normalmente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós aguais, eles águam.


100 - Centigrama é palavra masculina: dois centigramas.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Santa Missa explicada - Ritos Finais

 RITOS FINAIS:

BENÇÃO

A benção final combina com o sinal da cruz dos Ritos Iniciais. No  inicio marcamos o corpo em o sinal da cruz e com a presença da Trindade.  Na benção final, é a própria Trindade que nos acompanha pela vida. Em ocasiões especiais há formulários próprios de benção (por exemplo, Quaresma, Advento, Natal, Páscoa, Pentecostes... festas de Maria, dos apóstolos...). Antes da benção, esse é o momento oportuno para divulgar os eventos religiosos do mês e algo de interesse à comunidade.

DESPEDIDA

O presidente da celebração (o diácono) despede a assembléia em paz. Todos voltam para casa com mais alegria e esperança. Às vezes canta-se um hino. Neste caso, não se deve sair antes de o canto terminar. O primeiro a se retirar será quem presidiu a assembléia celebrante. 

Santa Missa explicada - Liturgia Eucarística: rito da Comunhão

 PAI NOSSO

Toda a assembleia de pé.

Na Oração Eucarística pedimos que o Espírito Santo faça da assembléia que celebra um corpo único. Agora, o Pai Nosso nos ensina a sermos uma família única, com um único Pai. Jesus ensinou só esta oração, por isso é chamada “a oração do Senhor”. São 7 pedidos distribuídos em torno do “Pai Nosso” e do “Pão Nosso”. É importante começá-lo todos juntos. A oração que vem a seguir, rezada pelo presidente, é ampliação do último pedido do Pai Nosso: “mas livrai-nos do mal”. A assembléia intervém com a formula final do Pai Nosso ecumênico: “Vosso é o Reino...”.

ABRAÇO DA PAZ

Idem.

Depois de rezar “Senhor Jesus Cristo, dissestes...”, o sacerdote (o diácono) convida a comunidade a se saudar fraternamente com o abraço da paz. Partilhamos a fraternidade em paz. É um costume que nasceu entre os primeiros cristãos. São Paulo convidava os coríntios a se saudarem com o beijo santo (1 Cor 16,20). É excelente oportunidade de fazer as pazes com alguém.

FRAÇÃO DO PÃO

Idem.

Terminado o abraço da paz, o presidente da celebração parte o pão, repetindo o que Jesus fez: tomou o pão, deu graças e partiu... Os primeiros cristãos chamavam a Eucaristia de Fração do Pão (Atos dos Apóstolos 2,42). Esse gesto – de Jesus e de quem preside – nos compromete com a partilha. Partilhar o que somos e temos com quem nada possui é de certa forma um ato eucarístico. Recomenda-se que haja um só pão e ser repartido, para reforçar a idéia de unidade e de partilha. O sacerdote mistura um pedaço de pão ao vinho, para sublinhar o tema da inteireza: corpo + sangue. Enquanto isso a assembléia invoca o Senhor com as palavras do Evangelho de João: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo...”.

CONVITE À CEIA

Idem.

Após rezar algumas orações próprias, o presidente mostra à assembléia o Corpo do Senhor, fazendo o convite: “Felizes os convidados...”. A assembléia responde com as palavras do oficial romano: “Senhor, eu não sou digno...” (Lucas 7,6-7). Salientam-se duas coisas: nunca estarmos à altura do dom que nos é dado; apesar disso, confiamos na misericórdia divina. Por isso não faz sentido ouvir coisas assim: “Quem estiver preparado...”, pois acabamos de dizer que não somos dignos.

COMUNHÃO

Toda a assembleia sentada.

Jesus tomou o pão, deu graças, o partiu e o distribuiu... Somente que ama muito a Deus e se sente muito amado por Ele é que começa a compreender o sentido inesgotável da união entre Deus e as pessoas na Eucaristia. Por isso nos aproximamos da Mesa da Eucaristia alegres e cantando. Estendemos a mão esquerda para receber o Corpo do Senhor. Quem o distribui no-lo mostra e diz “o Corpo de Cristo”. Com toda a convicção respondemos “Amem”, que quer dizer: Eu creio, é verdade... Com a mão direita pegamos o pão e comungamos, voltando ao nosso lugar. Aconselha-se que a comunhão seja sob as duas espécies e que se receba a comunhão na mão, não na boca. Convenhamos, a língua não é mais pura que a mão. Participe do canto de comunhão, pois é expressão da unidade entre irmãos que se alimentam do mesmo pão. 

AÇÃO DE GRAÇAS

Idem.

Após a distribuição da Eucaristia e terminado o canto de comunhão, fazemos a ação de graças. Eucaristia significa Ação de Graças, mas este é o momento oportuno para agradecer em silencio ou com um canto. Nunca compreenderemos plenamente o que Deus fez por nós e nunca conseguiremos agradecer de modo perfeito. Neste momento, não se deixe vencer pela pressa de sair da Igreja. Agradeça do melhor modo possível.

DEPOIS DA COMUNHÃO

Toda a assembleia de pé.

O presidente, de pé, convida à oração, dizendo “Oremos”. É a terceira oração presidencial, e se dirige a Deus em forma de pedido. O que o sacerdote pede em nome da assembléia? Geralmente essa oração pede a Deus a graça de ser coerente com aquilo que celebramos. Em outras palavras, trata-se de enxertar a Eucaristia no cotidiano das pessoas, em sua caminhada para o movimento em que Deus será tudo em todos (1 Cor 15,28)


Santa Missa explicada - Liturgia Eucarística: Oração Eucarística

 ORAÇÃO EUCARÍSTICA

Começa a Oração Eucarística, centro de toda a celebração. A assembléia está de pé (e se ajoelha na consagração), participando com respeito nas aclamações da comunidade (que podem ser cantadas). No Brasil, temos 14 Orações Eucarísticas (3 delas para missas com crianças, 2 sobre reconciliação, 4 para diversas circunstancias). Algumas delas têm prefácio próprio (por exemplo a 4). Quem preside, junto com a equipe de liturgia, procure uma Oração Eucarística que sintonize com o tema do dia ou do templo litúrgico. Assim há mais unidade na celebração. Na última ceia, depois de tomar o pão, Jesus deu graças. Da mesma forma, junto com seu presidente, a assembléia rende graças mediante a Oração Eucarística. Cada Oração Eucarística tem suas características. Mas todos possuem em comum estes 9 elementos:

A – Prefácio. Toda a assembleia de pé. É a abertura da Oração Eucarística. O Prefácio é uma Ação de Graças ao Pai por Jesus Cristo, e inicia-se com um dialogo entre o presidente e a assembléia. Há muitos prefácios: para os tempos litúrgicos, solenidades, festas etc. Quando o prefácio é chamado de “próprio”, significa que forma um todo com aquilo que celebramos. No tempo comum, há prefácios à escolha.

B – Santo. Idem. O prefácio termina com um louvor cósmico a Deus. A assembléia se une a esse coral universal e canta a santidade, majestade e imanência de Deus com está doxologia: “Santo, Santo, Santo...” O Santo deveria ser sempre cantado, ainda que haja a possibilidade de recitá-lo. A repetição, 3 vezes santo, significa o máximo de santidade: Santíssimo. Pode ser adaptado, mas não deve ser substituído por outro canto com letra diferente.

C – Epiclese. Toda a assembleia ajoelhada a partir do 'Santificai, pois, estas oferendas'. É a invocação do Espírito Santo sobre as oferendas. O presidente da celebração impõe as mãos sobre o pão e o vinho, e pede que, por ação do Espírito Santo, se tornem Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. O momento é extremamente importante e faz pensar nas grandes intervenções fecundantes do Espírito (por exemplo, na Anunciação – Lucas 1,35). 

D – Narrativa da Instituição e Consagração. Idem. É o momento sublime da celebração Eucarística. Quem preside repete os gestos e palavras do Senhor na ultima ceia. O pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue do Senhor. O sacerdote mostra ao povo a hóstia e o vinho consagrados, e todos adoram em silêncio o Corpo e o Sangue de Cristo. Nas celebrações solenes costuma-se incensar o Corpo e o Sangue de Cristo. Nunca compreenderemos suficientemente o que a Trindade fez e faz em nosso favor em cada Eucaristia. É o mistério da nossa fé, ao qual o povo responde com uma das aclamações.

 E – Anamnese (ou seja memorial). Toda a assembleia de pé. O próprio Senhor Jesus ordenou: “Fazei isto em memória de mim”. E o apostolo Paulo escreveu a esse respeito: “Todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha” (1 Cor 11,26). É isso que o sacerdote proclama em nome de toda a assembléia que celebra. Você pode observar isso nas primeiras palavras após a consagração. Note também que o presidente fala na primeira pessoa do plural (nós), em nome de toda a comunidade.

F – Oblação (ou ofertório). Idem. Agora é que aparece a palavra “ofertamos”, sinal de que o verdadeiro ofertório da missa acontece aqui, e a oferta é insuperável: o próprio Cristo – seu Corpo e seu Sangue – oferecidos ao Pai, no Espírito, por nós. Mas não basta isso. Pede-se que pela força desse sacrifício, todos os cristãos se tornem um só corpo, em Cristo. Em suas cartas, o apostolo Paulo insistia que a Igreja é o Corpo de Cristo. Recebendo o Corpo de Cristo nos tornamos Corpo de Cristo, pela Ação do Espírito Santo.

G – Segunda Epiclese: Idem. Novamente o Espírito Santo é invocado, desta vez sobre a assembleia, para que ela se transforme e vá se construindo na unidade.

H – Intercessões. Idem. Ainda em nome de toda a assembléia, o presidente (outros padres nas celebrações) faz as intercessões: pela Igreja (Papa, Bispo(s), Presbíteros, Diáconos, todo o povo de Deus), pela comunidade que celebra sua fé, pelo mundo todo e pelos fieis defuntos. É o momento de recordar os mortos – aqueles que conhecemos, amamos, mas também “aqueles que morreram na vossa amizade”, ou “dos quais só vós conhecestes a fé”. Os cristãos que celebram a Eucaristía não excluem ninguém. As intercessões geralmente terminam pedindo pela própria comunidade que peregrina a caminho da vida eterna.

I – Doxologia Final. Idem. É um breve hino de louvor: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...” abraçando a Trindade. É o fecho da oração eucarística, merecendo ser cantada, sobretudo o “Amém” da assembléia. No canto esse “Amém” pode ser repetido mais vezes. Como é o próprio Cristo que oferece e é oferecido, deve ser cantado apenas pelo presidente da celebração.