ORAÇÃO EUCARÍSTICA
Começa a Oração Eucarística, centro de toda a celebração. A assembléia está de pé (e se ajoelha na consagração), participando com respeito nas aclamações da comunidade (que podem ser cantadas). No Brasil, temos 14 Orações Eucarísticas (3 delas para missas com crianças, 2 sobre reconciliação, 4 para diversas circunstancias). Algumas delas têm prefácio próprio (por exemplo a 4). Quem preside, junto com a equipe de liturgia, procure uma Oração Eucarística que sintonize com o tema do dia ou do templo litúrgico. Assim há mais unidade na celebração. Na última ceia, depois de tomar o pão, Jesus deu graças. Da mesma forma, junto com seu presidente, a assembléia rende graças mediante a Oração Eucarística. Cada Oração Eucarística tem suas características. Mas todos possuem em comum estes 9 elementos:
A – Prefácio. Toda a assembleia de pé. É a abertura da Oração Eucarística. O Prefácio é uma Ação de Graças ao Pai por Jesus Cristo, e inicia-se com um dialogo entre o presidente e a assembléia. Há muitos prefácios: para os tempos litúrgicos, solenidades, festas etc. Quando o prefácio é chamado de “próprio”, significa que forma um todo com aquilo que celebramos. No tempo comum, há prefácios à escolha.
B – Santo. Idem. O prefácio termina com um louvor cósmico a Deus. A assembléia se une a esse coral universal e canta a santidade, majestade e imanência de Deus com está doxologia: “Santo, Santo, Santo...” O Santo deveria ser sempre cantado, ainda que haja a possibilidade de recitá-lo. A repetição, 3 vezes santo, significa o máximo de santidade: Santíssimo. Pode ser adaptado, mas não deve ser substituído por outro canto com letra diferente.
C – Epiclese. Toda a assembleia ajoelhada a partir do 'Santificai, pois, estas oferendas'. É a invocação do Espírito Santo sobre as oferendas. O presidente da celebração impõe as mãos sobre o pão e o vinho, e pede que, por ação do Espírito Santo, se tornem Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. O momento é extremamente importante e faz pensar nas grandes intervenções fecundantes do Espírito (por exemplo, na Anunciação – Lucas 1,35).
D – Narrativa da Instituição e Consagração. Idem. É o momento sublime da celebração Eucarística. Quem preside repete os gestos e palavras do Senhor na ultima ceia. O pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue do Senhor. O sacerdote mostra ao povo a hóstia e o vinho consagrados, e todos adoram em silêncio o Corpo e o Sangue de Cristo. Nas celebrações solenes costuma-se incensar o Corpo e o Sangue de Cristo. Nunca compreenderemos suficientemente o que a Trindade fez e faz em nosso favor em cada Eucaristia. É o mistério da nossa fé, ao qual o povo responde com uma das aclamações.
E – Anamnese (ou seja memorial). Toda a assembleia de pé. O próprio Senhor Jesus ordenou: “Fazei isto em memória de mim”. E o apostolo Paulo escreveu a esse respeito: “Todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha” (1 Cor 11,26). É isso que o sacerdote proclama em nome de toda a assembléia que celebra. Você pode observar isso nas primeiras palavras após a consagração. Note também que o presidente fala na primeira pessoa do plural (nós), em nome de toda a comunidade.
F – Oblação (ou ofertório). Idem. Agora é que aparece a palavra “ofertamos”, sinal de que o verdadeiro ofertório da missa acontece aqui, e a oferta é insuperável: o próprio Cristo – seu Corpo e seu Sangue – oferecidos ao Pai, no Espírito, por nós. Mas não basta isso. Pede-se que pela força desse sacrifício, todos os cristãos se tornem um só corpo, em Cristo. Em suas cartas, o apostolo Paulo insistia que a Igreja é o Corpo de Cristo. Recebendo o Corpo de Cristo nos tornamos Corpo de Cristo, pela Ação do Espírito Santo.
G – Segunda Epiclese: Idem. Novamente o Espírito Santo é invocado, desta vez sobre a assembleia, para que ela se transforme e vá se construindo na unidade.
H – Intercessões. Idem. Ainda em nome de toda a assembléia, o presidente (outros padres nas celebrações) faz as intercessões: pela Igreja (Papa, Bispo(s), Presbíteros, Diáconos, todo o povo de Deus), pela comunidade que celebra sua fé, pelo mundo todo e pelos fieis defuntos. É o momento de recordar os mortos – aqueles que conhecemos, amamos, mas também “aqueles que morreram na vossa amizade”, ou “dos quais só vós conhecestes a fé”. Os cristãos que celebram a Eucaristía não excluem ninguém. As intercessões geralmente terminam pedindo pela própria comunidade que peregrina a caminho da vida eterna.
I – Doxologia Final. Idem. É um breve hino de louvor: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...” abraçando a Trindade. É o fecho da oração eucarística, merecendo ser cantada, sobretudo o “Amém” da assembléia. No canto esse “Amém” pode ser repetido mais vezes. Como é o próprio Cristo que oferece e é oferecido, deve ser cantado apenas pelo presidente da celebração.
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