LITURGIA DA PALAVRA
Algumas comunidades, nas missas solenes (principalmente nos domingos de setembro ou quando se pretende destacar a Palavra de Deus), costumam fazer a entrada da Bíblia. Sentada, a assembléia se prepara a escutar. Os cristãos – como o povo de Deus do Antigo Testamento – são o povo da escuta: “Escuta, Israel... teu Deus vai falar”. Está posta a primeira mesa, a Mesa da Palavra.
É interessante notar, a Igreja introduziu uma espécie de moldura para cada uma das leituras antes da sua proclamação. Para as leituras do AT: leitura do livro, sequência do livro e início do livro. Para as leituras do NT: Irmãos, Caríssimos, Naquele tempo e Naqueles dias entre outras; e uma aclamação ao final: Palavra do Senhor e Graças a Deus.
PRIMEIRA LEITURA
Toda a assembleia sentada.
Nos domingos, festas e solenidades, a primeira leitura é quase sempre tomada do Antigo Testamento (exceção, por exemplo, nos domingos do Tempo Pascal, no qual é retirada dos Atos dos Apóstolos). A leitura do Antigo Testamento foi escolhida em função do Evangelho, formando quase sempre um par em torno de um tema (sobretudo no Tempo Comum). Nos dias da semana, no espaço de dois anos - divididos em par e impar – lêem-se as passagens mais significativas de toda a Bíblia – exceto os Evangelhos. Neste caso, raramente a leitura e o Evangelho tem tema comum. As leitura(s) termina(m) com “Palavra do Senhor”. A assembléia responde “Graças a Deus”. Sempre começam com: 'Caríssimos' e 'Naqueles dias'. Nunca deve ser substituída pela vida de um santo.
SALMO RESPONSORIAL (RESPOSTA)
Idem.
O Salmo (às vezes outro hino da Bíblia) é a resposta orante da assembléia. Deus fala, a comunidade responde com um salmo, que deveria ser sempre cantado, pelo menos o refrão, apesar de haver a possibilidade de recitá-lo. A numeração do salmo provavelmente não coincide com a da Bíblia que você usa, porque a Liturgia ainda usa a numeração latina. Note, aprecie e reze a sintonia entre a leitura e o salmo. Nunca se deve substituí-lo por um canto de meditação.
SEGUNDA LEITURA
Idem.
Nos Domingos e solenidades há a segunda leitura, sempre tomada do Novo Testamento, geralmente são cartas de São Paulo, cartas apostólicas ou cartas do Apocalipse, no Tempo Pascal. No Tempo Comum, é a leitura contínua das passagens mais significativas das cartas do Novo Testamento, sem necessariamente combinar com a primeira leitura e o Evangelho. No projeto inicial, a segunda leitura pretende iluminar a prática pastoral das comunidades. Sempre começam com 'Irmãos'.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Toda a assembleia em pé.
De pé, a assembléia acolhe a Palavra por excelência, o próprio Jesus que nos fala. Mediante o canto, manifestamos a alegria de tê-lo entre nós, falando conosco. O canto é alegre e vibrante: Aleluia! (Exceto na Quaresma, no qual é substituído por um versículo proposto no Lecionário). E a estrofe é sempre tirada da própria Bíblia. Nas missas solenes, há uma procissão com o livro dos Evangelhos e incenso.
EVANGELHO
Idem.
Quem preside (um concelebrante ou Diácono) proclama o Evangelho do dia. Às vezes é cantado, para sublinhar o caráter de festa. Quando se usa incenso, antes de ser proclamado, incensa-se o Evangelho. Nos domingos do Tempo Comum, de modo geral, lemos um Evangelho de cada ano. Mateus (Ano A), Marcos (Ano B) e Lucas (Ano C). O Evangelho de João entra um pouco por tudo. Nos dias da semana, no intervalo de um ano, lemos praticamente todos os Evangelhos. A proclamação do Evangelho é o ponto alto da Liturgia da Palavra. Marcamos com uma cruz (persignação) a testa (mente), a boca (palavras) e o peito (sentimentos), para expressar o desejo de que a Palavra nos guie em tudo o que pensamos, dizemos e fazemos. A proclamação termina sempre com “Palavra da Salvação”. A assembléia responde “Gloria a vós, Senhor”. Terminada a proclamação, o Evangelho é reverenciado com o beijo de quem o proclamou. Sempre começa com 'Naquele tempo'. Nunca pode ser omitido ou substituído por outro texto, inclusive bíblico.
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