Esportes - Paraíba: Domingo, 01 de março de 2020 / D1
Ex-bailarina supera limites por sonho olímpico no caratê
Brenda Padilha buscará na França classificação para Tóquio
Na arquibancada, olhos tensos, que mal piscavam. Um ginásio em completa tensão. No tatame, olhos encharcados de suor e lágrimas, em um misto de emoção e dores que vinham desde o dia anterior, agravadas pelos 14 combates que Bárbara Rodrigues e Brenda Padilha tiveram que travar para chegar até ali. Na luta que definiria a ganhadora do pré-olímpico nacional de caratê na categoria acima de 61 quilos, em São Paulo, cada atleta encarava sua própria batalha de resistência.
Bárbara, por exemplo, havia trincado a costela. E Brenda não estava melhor. “Na final da seletiva para a seleção sênior, acabei chutando o cotovelo da atleta. Meu tornozelo inchou, comecei a sentir dores muito fortes no [platô] tibial [parte da tíbia que, junto com a a fíbula, forma a estrutura óssea da perna]. Tive que fazer uma bandagem para conseguir lutar e precisei ficar toda hora aquecendo, mesmo se a luta estivesse parada, para não sentir dor nos confrontos”, lembra a carateca. “Estávamos no limite. Fomos ao extremo. Quem quisesse mais naquele momento, levava”, resume.
Se é assim, Brenda quis “um pouco” mais. A vitória a credenciou para a disputa, entre 8 e 10 de maio, do Torneio de Paris. A competição funciona como pré-olímpico mundial do caratê e classifica os três melhores de cada categoria para a estreia olímpica da modalidade, em Tóquio. De onde tirar forças em meio ao desgaste e à dificuldade para ficar de pé, para estar mais perto do sonho? Segundo Brenda, a força veio daqueles que a acompanhavam da arquibancada: os companheiros de equipe do Serviço Social da Indústria (Sesi), de Cubatão, em São Paulo.
“Quando sentia dor e levantava, sempre olhava para eles. Para o sensei [expressão japonesa de respeito a um professor ou mestre], para meus amigos. Eu sabia que não estava lutando só por mim, mas por todos que estavam lá. Eles treinam todos os dias comigo e se dedicam, vêm treinar até em dias que não estão no calendário para me ajudar”, destaca.
O sensei é Ney Farias, técnico de Brenda, que, na Olimpíada de Sydney, na Austrália, em 2000, foi preparador físico de Carmem Carolina, única representante brasileira do taekwondo. É difícil a jovem falar do treinador sem ficar com a voz embargada. “Ele me passa muita confiança. Acredito muito no trabalho. Evoluí muito, não só como atleta, mas como pessoa. Ele me prepara para a vida. E não tem jeito, sempre me emociono”, diz a atleta, rindo.
O carinho do professor é recíproco. “Não existe maior gratificação do que quando se consegue projetar uma pessoa como atleta desse nível, que inspira os outros. Temos aumentado o número de crianças no programa de base, e muitas vêm inspiradas nela. A Brenda esteve aqui [no Sesi] entre 2013 e 2014, com o sensei Carlos Magno, um irmão que o caratê me deu. Eu voltei em 2017 para fazer o projeto olímpico do Sesi. E ela retornou no meio de 2018. Tem sido maravilhoso assistir à transformação que ela tem promovido nos atletas.”
Do collant ao quimono
Brenda fica ruborizada, feliz, ao saber que crianças querem levar o caratê a sério, ao vê-la treinar e competir. Com Brenda, também foi assim. Para entender, é preciso voltar 12 anos no tempo, quando a jovem começou a se envolver com o esporte em um projeto social de São Vicente, sua cidade natal, no litoral paulista – ainda que, inicialmente, longe do tatame.
“Eu fiz quatro anos de balé”, revela. “Um dia, assistindo uma aula de caratê, meu pai – que gostava de luta – falou: ‘vamos testar, ver se você gosta’. Na primeira aula, achei estranho, mas, por ter feito balé, eu tinha facilidade para chutar, decorar sequências. E fui começando a gostar. Chega uma hora em que você vê os outros atletas e percebe que quer competir. O tempo passou e não parei mais”, lembra.
A bailarina Brenda “aposentou-se” aos 12 anos. Hoje, aos 20, a carateca Brenda acumula participações em torneios nacionais e internacionais desde a base. Em 2017, ficou em sétimo no Mundial Sub-21, na Espanha – a atleta da casa que a venceu nas quartas de final conquistou a medalha de bronze. “Às vezes, você perde por um deslize, como foi no caso, mas competições assim são importantes para quem está na base porque a gente vê que tem como chegar lá”, diz a atleta, atual campeã brasileira sênior e sub-21.
Os resultados e a evolução deram confiança a Brenda e a seu técnico no caminho rumo à primeira disputa olímpica do caratê. O sonho de estar nos Jogos não é recente. Vem antes mesmo de a modalidade ser confirmada no programa de Tóquio. Até por isso, dedicar o auge da adolescência ao esporte não foi sacrifício. “Quando a gente faz o que ama, não há dificuldade. Coloquei [a Olimpíada] como objetivo e fui fazendo naturalmente. O melhor momento do meu dia é no tatame”, afirma.
“Escala” em Paris
O caratê olímpico terá tanto disputas no kata (apresentação de movimentos que simulem o combate) como no kumite (que é a luta propriamente dita). Mas, ao contrário de outros eventos da modalidade, em que o kumite tem 10 categorias, sendo cinco por gênero, o torneio em Tóquio terá só seis pesos: três no masculino (até 67 quilos, até 75 quilos e acima de 75 quilos) e três no feminino (até 55 quilos, até 61 quilos e acima de 61 quilos).
Brenda, normalmente, compete entre as lutadoras acima de 68 quilos. Como no Japão a classe mais pesada é para atletas acima de 61 quilos, ela teve que adaptar o treinamento para encarar rivais mais leves. “São meninas geralmente mais rápidas que as da minha categoria, então tenho trabalhado velocidade e resistência para aguentar o ritmo do combate. Tenho que entrar [atacar] na velocidade delas, ou ainda mais rápido.”
De acordo com o técnico Ney Farias, a ideia é que Brenda tenha um período de treinos e dispute alguma competição neste mês na Europa para que, em abril, possam ser ajustados os detalhes visando ao Torneio de Paris, em maio. “O planejamento está sendo bem cuidadoso. Em Tóquio, só estarão 10 por categoria. Em Paris, serão bem mais atletas buscando vagas, então pode ser [um campeonato] muito mais difícil que o do Japão. O que ela passou no pré-olímpico no Brasil, em quantidade de combates, é a mesma coisa que ela terá que passar na França, só que em nível internacional.”
A participação da carateca na competição da capital francesa só não está 100% assegurada porque depende que nenhuma outra brasileira esteja entre as 30 do mundo até o fechamento do ranking mundial de abril. Isabela Rodrigues, atleta do país mais bem colocada na categoria acima de 61 quilos, está atualmente na 78ª posição.
Futuro pós-Tóquio
Brenda terá completado só 21 anos na ocasião dos Jogos de Tóquio. A juventude a coloca no circuito para mais participações olímpicas.
Porém, o comitê organizador da próxima edição (que será justamente em Paris, em 2024) não incluiu a modalidade entre as adicionais, mantendo escalada, surfe e skate – que também estrearão na capital japonesa – e incluindo o breakdance. A decisão definitiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre os esportes que estarão na França só deve ser anunciada no fim deste ano.
C2
Corrida do Bem será lançada na próxima terça-feira
Ex-bailarina supera limites por sonho olímpico no caratê
Brenda Padilha buscará na França classificação para Tóquio
Na arquibancada, olhos tensos, que mal piscavam. Um ginásio em completa tensão. No tatame, olhos encharcados de suor e lágrimas, em um misto de emoção e dores que vinham desde o dia anterior, agravadas pelos 14 combates que Bárbara Rodrigues e Brenda Padilha tiveram que travar para chegar até ali. Na luta que definiria a ganhadora do pré-olímpico nacional de caratê na categoria acima de 61 quilos, em São Paulo, cada atleta encarava sua própria batalha de resistência.
Bárbara, por exemplo, havia trincado a costela. E Brenda não estava melhor. “Na final da seletiva para a seleção sênior, acabei chutando o cotovelo da atleta. Meu tornozelo inchou, comecei a sentir dores muito fortes no [platô] tibial [parte da tíbia que, junto com a a fíbula, forma a estrutura óssea da perna]. Tive que fazer uma bandagem para conseguir lutar e precisei ficar toda hora aquecendo, mesmo se a luta estivesse parada, para não sentir dor nos confrontos”, lembra a carateca. “Estávamos no limite. Fomos ao extremo. Quem quisesse mais naquele momento, levava”, resume.
Se é assim, Brenda quis “um pouco” mais. A vitória a credenciou para a disputa, entre 8 e 10 de maio, do Torneio de Paris. A competição funciona como pré-olímpico mundial do caratê e classifica os três melhores de cada categoria para a estreia olímpica da modalidade, em Tóquio. De onde tirar forças em meio ao desgaste e à dificuldade para ficar de pé, para estar mais perto do sonho? Segundo Brenda, a força veio daqueles que a acompanhavam da arquibancada: os companheiros de equipe do Serviço Social da Indústria (Sesi), de Cubatão, em São Paulo.
“Quando sentia dor e levantava, sempre olhava para eles. Para o sensei [expressão japonesa de respeito a um professor ou mestre], para meus amigos. Eu sabia que não estava lutando só por mim, mas por todos que estavam lá. Eles treinam todos os dias comigo e se dedicam, vêm treinar até em dias que não estão no calendário para me ajudar”, destaca.
O sensei é Ney Farias, técnico de Brenda, que, na Olimpíada de Sydney, na Austrália, em 2000, foi preparador físico de Carmem Carolina, única representante brasileira do taekwondo. É difícil a jovem falar do treinador sem ficar com a voz embargada. “Ele me passa muita confiança. Acredito muito no trabalho. Evoluí muito, não só como atleta, mas como pessoa. Ele me prepara para a vida. E não tem jeito, sempre me emociono”, diz a atleta, rindo.
O carinho do professor é recíproco. “Não existe maior gratificação do que quando se consegue projetar uma pessoa como atleta desse nível, que inspira os outros. Temos aumentado o número de crianças no programa de base, e muitas vêm inspiradas nela. A Brenda esteve aqui [no Sesi] entre 2013 e 2014, com o sensei Carlos Magno, um irmão que o caratê me deu. Eu voltei em 2017 para fazer o projeto olímpico do Sesi. E ela retornou no meio de 2018. Tem sido maravilhoso assistir à transformação que ela tem promovido nos atletas.”
Do collant ao quimono
Brenda fica ruborizada, feliz, ao saber que crianças querem levar o caratê a sério, ao vê-la treinar e competir. Com Brenda, também foi assim. Para entender, é preciso voltar 12 anos no tempo, quando a jovem começou a se envolver com o esporte em um projeto social de São Vicente, sua cidade natal, no litoral paulista – ainda que, inicialmente, longe do tatame.
“Eu fiz quatro anos de balé”, revela. “Um dia, assistindo uma aula de caratê, meu pai – que gostava de luta – falou: ‘vamos testar, ver se você gosta’. Na primeira aula, achei estranho, mas, por ter feito balé, eu tinha facilidade para chutar, decorar sequências. E fui começando a gostar. Chega uma hora em que você vê os outros atletas e percebe que quer competir. O tempo passou e não parei mais”, lembra.
A bailarina Brenda “aposentou-se” aos 12 anos. Hoje, aos 20, a carateca Brenda acumula participações em torneios nacionais e internacionais desde a base. Em 2017, ficou em sétimo no Mundial Sub-21, na Espanha – a atleta da casa que a venceu nas quartas de final conquistou a medalha de bronze. “Às vezes, você perde por um deslize, como foi no caso, mas competições assim são importantes para quem está na base porque a gente vê que tem como chegar lá”, diz a atleta, atual campeã brasileira sênior e sub-21.
Os resultados e a evolução deram confiança a Brenda e a seu técnico no caminho rumo à primeira disputa olímpica do caratê. O sonho de estar nos Jogos não é recente. Vem antes mesmo de a modalidade ser confirmada no programa de Tóquio. Até por isso, dedicar o auge da adolescência ao esporte não foi sacrifício. “Quando a gente faz o que ama, não há dificuldade. Coloquei [a Olimpíada] como objetivo e fui fazendo naturalmente. O melhor momento do meu dia é no tatame”, afirma.
“Escala” em Paris
O caratê olímpico terá tanto disputas no kata (apresentação de movimentos que simulem o combate) como no kumite (que é a luta propriamente dita). Mas, ao contrário de outros eventos da modalidade, em que o kumite tem 10 categorias, sendo cinco por gênero, o torneio em Tóquio terá só seis pesos: três no masculino (até 67 quilos, até 75 quilos e acima de 75 quilos) e três no feminino (até 55 quilos, até 61 quilos e acima de 61 quilos).
Brenda, normalmente, compete entre as lutadoras acima de 68 quilos. Como no Japão a classe mais pesada é para atletas acima de 61 quilos, ela teve que adaptar o treinamento para encarar rivais mais leves. “São meninas geralmente mais rápidas que as da minha categoria, então tenho trabalhado velocidade e resistência para aguentar o ritmo do combate. Tenho que entrar [atacar] na velocidade delas, ou ainda mais rápido.”
De acordo com o técnico Ney Farias, a ideia é que Brenda tenha um período de treinos e dispute alguma competição neste mês na Europa para que, em abril, possam ser ajustados os detalhes visando ao Torneio de Paris, em maio. “O planejamento está sendo bem cuidadoso. Em Tóquio, só estarão 10 por categoria. Em Paris, serão bem mais atletas buscando vagas, então pode ser [um campeonato] muito mais difícil que o do Japão. O que ela passou no pré-olímpico no Brasil, em quantidade de combates, é a mesma coisa que ela terá que passar na França, só que em nível internacional.”
A participação da carateca na competição da capital francesa só não está 100% assegurada porque depende que nenhuma outra brasileira esteja entre as 30 do mundo até o fechamento do ranking mundial de abril. Isabela Rodrigues, atleta do país mais bem colocada na categoria acima de 61 quilos, está atualmente na 78ª posição.
Futuro pós-Tóquio
Brenda terá completado só 21 anos na ocasião dos Jogos de Tóquio. A juventude a coloca no circuito para mais participações olímpicas.
Porém, o comitê organizador da próxima edição (que será justamente em Paris, em 2024) não incluiu a modalidade entre as adicionais, mantendo escalada, surfe e skate – que também estrearão na capital japonesa – e incluindo o breakdance. A decisão definitiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre os esportes que estarão na França só deve ser anunciada no fim deste ano.
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Corrida do Bem será lançada na próxima terça-feira
O Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) realiza na próxima terça-feira (3), a partir das 9h, um café da manhã para imprensa e patrocinadores de lançamento da 4ª edição da Corrida do Bem, que acontecerá em Campina Grande no dia 9 de maio. Na ação também serão divulgadas as atrações musicais que se apresentarão durante a corrida.
A 4ª edição da corrida em Campina destinará recursos para a unidade hospitalar filantrópica que cuida de pacientes com câncer e terá três percursos: 3 km, 5 km e 10 km com largada na Avenida Brasília. A prova contará com as categorias masculina, feminina e paralímpica e as inscrições custam R$ 60. A atividade é coordenada e idealizada pelo ex-deputado estadual e autor do Estatuto da Pessoa com Câncer, Bruno Cunha Lima.
O evento visa, além de arrecadar recursos para o hospital, aumentar a conscientização da população paraibana a respeito do câncer. Incentivando a prevenção da doença, estimulando hábitos saudáveis e reforçando a necessidade do diagnóstico precoce, fator primordial na busca pela cura.
A Fundação Assistencial da Paraíba é uma entidade filantrópica, fundada em março de 1965, na cidade de Campina Grande. O atendimento foi ampliado em 1999, com o atendimento a um paciente acometido de câncer com a inauguração do “Centro de Cancerologia Dr. Ulisses Pinto”.
C3
Quatro jogos do Paraibano acontecem neste domingo
No primeiro domingo de março (1°) acontecem quatro jogos do Campeonato Paraibano válidos pela sexta rodada. Se enfrentam São Paulo Crystal e Botafogo-PB, em João Pessoa, o Sousa recebe a Perilima, em Patos acontece o confronto Nacional de Patos e Atlético-PB e em Campina Grande, Sport-PB e Campinense jogam no Amigão. CSP e Treze completam a sexta rodada na segunda-feira (2).
São Paulo Crystal x Botafogo-PB
O tricolor de Cruz do Espírito Santo recebe o Belo pela sexta rodada do campeonato estadual. Em tese, o jogo seria no Estádio Carneirão, mas a partida será realizada às 16h no Estádio Almeidão, em João Pessoa, por conta do estádio do time mandante não ter capacidade suficiente para comportar o jogo.
Dentro do campo, as equipes estão em momentos distintos. O SP Crystal está na lanterna do grupo B, com quatro pontos conquistados, enquanto o Botafogo-PB é o segundo colocado do grupo A, com 10 pontos, mas ainda com um jogo a menos. Na última rodada, o tricolor venceu o Sport-PB por 1 a 0 e o Alvinegro da Estrela Vermelha amargou o empate em 1 a 1 contra o CSP, com muitas reclamações da torcida.
No confronto entre as equipes no primeiro turno, vitória do Belo por 2 a 0, com os gols do Botafogo-PB marcados por Cássio Gabriel e Luís Gustavo. O SP Crystal espera sair do jogo somando pontos para se afastar da zona de rebaixamento.
Sousa x Perilima
O Estádio Marizão recebe o confronto entre Sousa e Perilima às 17h. Inicialmente, o primeiro jogo entre as equipes seria em Sousa, mas por conta do estado do gramado as equipes entraram em consenso e o mando foi revertido. Com isso, o primeiro confronto entre as equipes aconteceu no Amigão, em Campina Grande, com vitória da Perilima por 2 a 1, com os gols da Águia de Campina marcados por Lucas Bahía e Ígor Ruan, e Rodrigo Poty descontou para o Dinossauro.
Na tabela de classificação, a Perilima é a quarta colocada do grupo A com sete pontos e o Sousa é o segundo colocado do grupo B, com seis pontos. No histórico do confronto, a Perilima nunca perdeu para o Sousa. Em três jogos disputados, uma vitória da Perilima e dois empates. Será que o Sousa quebra o tabu e vence a Perilima pela primeira vez?
Nacional de Patos x Atlético-PB
Em Patos, a equipe do Nacional recebe o Atlético-PB às 17h. O Nacional empatou na última rodada com a Perilima e o Atlético-PB segue líder do grupo A e invicto no Paraibano. O Naça precisa da vitória para entrar na zona de classificação para a próxima fase. No confronto do primeiro turno, vitória do Atlético-PB por 2 a 0, com gols marcados por Wesley e Éder Paulista para o Trovão Azul. O resultado foi amargo para o Nacional, que além da derrota, perdeu o até então técnico Rafael Soriano.
Além do confronto em si, o Nacional tem um tabu em jogo. Não vence o Atlético-PB desde março de 2018, quando conseguiu sua última vitória contra o time de Cajazeiras por 1 a 0. De lá para cá, quatro jogos disputados e quatro vitórias do Atlético-PB.
Sport-PB x Campinense
No Amigão, o Sport-PB recebe o Campinense às 16h. O time de Lagoa Seca precisa pontuar pois segue na lanterna do grupo A da competição com três pontos conquistados e numa situação delicada. Já o Campinense, mesmo líder do grupo B com sete pontos, conta com pressão e desconfiança da torcida no seu elenco e precisa mostrar trabalho. No primeiro turno, vitória da Raposa por 3 a 1. A Raposa marcou com Rafael Ibiapino, Matheus Camargo e Zé Paulo, e o Sport-PB descontou com Rogério Xodó.
Segunda-feira
A sexta rodada do Campeonato Paraibano será encerrada na segunda-feira (2), com o confronto entre CSP e Treze, no Almeidão, às 20h15.
C4
Thiaguinho fica próximo de semifinal da Challenge Cup de vôlei
Levantador do Rennes é um dos destaques da equipe francesa
O Rennes, time no qual o levantador paraibano Thiaguinho atua, deu um passo importante, na última quarta-feira (26) para assegurar uma inédita vaga nas semifinais da Challenge Cup masculina de vôlei. A equipe, que conta ainda com os brasileiros Aracaju e Rafael Araújo, venceu o também francês Montpellier, por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/19 e 25/22, em seu ginásio.
Na próxima quarta-feira, dia 4, as duas equipes voltarão a se enfrentar. Dessa vez, a partida de volta será na casa do adversário, e o Rennes precisará vencer apenas um para avançar na competição.
“Foi uma vitória muito importante. Temos uma expectativa grande em relação a Challenge Cup e essa primeira vitória em busca da vaga nas semifinais nos deixa muito felizes e motivados. Entramos com vontade e foco grandes para esse jogo. Bloqueamos muito bem e isso fez a diferença”, analisou Thiaguinho, que ocupa o segundo lugar entre os melhores levantadores da fase principal da Challenge Cup, com 58,11% de eficiência. Perde apenas para Sbertoli, do Power Milano, da Itália, que tem 68,18% de aproveitamento.
No campeonato francês, Thiaguinho segue na liderança entre os levantadores, com 50,12% de eficiência. Além disso, está mais uma vez no “Time dos Sonhos” após a última rodada. “Estou focado em terminar bem essa temporada. Espero que eu esteja deixando uma boa imagem aqui no campeonato francês. Até agora estamos fazendo uma baita temporada e espero fechar com um título, em maio”, afirmou.
No Brasil, na última temporada, Thiaguinho foi o levantador titular da equipe do Sesc RJ. Diante da notícia sobre o término do time após a Superliga 2020, ele comentou. “Fico muito triste com essa notícia. Na verdade estou triste com o momento que a Superliga está passando. Em pleno ano olímpico, ver notícias como a do Sesc, é muito grave para o nosso esporte”.
C5
Times brasileiros têm pior início internacional na Copa Sul-Americana
Queda do Fortaleza foi a quarta de clubes ainda na primeira fase
O Fortaleza foi o quarto time brasileiro a se despedir ainda na primeira fase da Copa Sul-Americana deste ano. O tricolor cearense venceu o Independiente por 2 a 1 na Arena Castelão, mas o gol fora de casa marcado pelos argentinos na quinta-feira (27) fez a diferença, já que os rivais estavam empatados no agregado dos jogos de ida e volta.
A equipe nordestina faz companhia a Goiás, Atlético-MG e Fluminense, que também já foram eliminados – só Vasco e Bahia continuam na competição. É a primeira vez que tantos representantes do país deixam o torneio continental tão cedo no confronto com clubes do exterior.
Até 2017, as equipes brasileiras jogavam entre si nas fases iniciais da Sul-Americana e só enfrentavam rivais de fora a partir das oitavas de final. Em cinco edições (2006, 2009, 2011, 2013 e 2014), o país teve três times eliminados logo no primeiro embate internacional. No ano passado – já com os clubes do Brasil pegando os do exterior desde as fases iniciais – foram três representantes a se despedirem precocemente (Bahia, Santos e Chapecoense).
A equipe comandada por Rogério Ceni esteve próxima de impedir a inédita quarta eliminação brasileira na primeira fase internacional. Empurrado por mais de 52 mil torcedores, o Fortaleza dominou o Independiente – que é o maior campeão da Libertadores, com sete títulos – e abriu 2 a 0, com Juninho (de pênalti) e Marlon. Aos 47 minutos do segundo tempo, Bustos frustrou a torcida na Arena Castelão para classificar o “Rey de Copas” para a próxima fase.
Em outros dois confrontos de quinta-feira (27) pela Sul-Americana, os uruguaios do Plaza Colonia superaram o Zamora, da Venezuela, por 3 a 0 e se classificaram (3 a 1 no agregado).
Quem também segue no torneio é o Audax Italiano. Após a derrota por 2 a 0 fora de casa, os chilenos fizeram 3 a 0 no Cusco, do Peru, e avançaram para a segunda fase, com 3 a 2 na soma dos resultados.
C6
Lohan surge como principal artilheiro do Botafogo-PB
Lohan conquistou a camisa nove ainda na pré-temporada, quando foi escolhido como a melhor opção por Evaristo Piza
Com quatro gols anotados, Lohan tem feito a festa da torcida do Botafogo e é o artilheiro do time na temporada. Autor dos dois gols contra o Ceará, que garantiram a liderança isolada da equipe paraibana na Copa do Nordeste, o centroavante é um tipo raro de jogador. Figura tradicional, o atacante de área marcou uma geração inteira do futebol brasileiro. Numa época em que vestir a camisa nove de um time era exclusiva ao centroavante com altura, jogador sinônimo de gol nas partidas. E se quase não se vê mais esse tipo de jogador em campo, Lohan tem se revelado uma exceção.
Aos 24 anos, Lohan chegou ao Botafogo em setembro do ano passado como um dos reforços para a atual temporada. E em meio à rotatividade do elenco titular que Evaristo Piza tem feito diante da maratona de jogos na atual temporada (média de uma partida a cada três dias), o centroavante goleador parece ter conquistado seu lugar cativo. É o que dizem os números: das 11 partidas disputadas pelo Belo, ele foi escalado em nove delas, entre jogos do Campeonato Paraibano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil.
Lohan conquistou a camisa nove ainda na pré-temporada, quando foi escolhido como a melhor opção por Evaristo Piza. O treinador chegou a fazer mistério sobre a função, mas foi convencido pela atuação do atleta, que marcou seis gols marcados na fase de amistosos. O centroavante saiu na frente de Mário Sérgio, Maicon Aquino, Kelvin e Pimentinha, também cotados para assumir a posição. O jogador foi o destaque da goleada de 15×0 contra o Serrano. Na ocasião, acertou a rede quatro vezes.
Quando ainda não tinha certeza se vestiria a camisa nove alvinegra, Lohan já demonstrava tranqüilidade.
Desempenho reduz problemas
O desempenho de Lohan tem sido vital para uma equipe pressionada pela obrigação de vencer e que passa por uma fase complicada no setor de ataque. De acordo com o Departamento Médico do clube, Kelvin deverá ficar afastado por, pelo menos, um mês e Pimentinha está em recuperação após ser diagnosticado com uma fadiga muscular. E em meio às baixas, o camisa nove tem mostrado eficiência no momento em que a equipe mais precisa. “Brigador, não desistindo em nenhum momento do lance. Acreditando, incomodando, brigando com os zagueiros. Não é simples ele sozinho ali na disputa com Luiz Otávio e Charles, e ele conseguiu combater, atacar e nos ajudar coletivamente”, comentou Evaristo Piza logo após o resultado diante do Ceará e que colocou o Botafogo no topo do Grupo A pela Copa do Nordeste.
Com 53 gols anotados ao longo da sua trajetória, Lohan teve passagens pelo futebol carioca e potiguar. Ele já defendeu as cores do Macaé, Resende, Friburguese e ABC de Natal.
C7
Clubes estão sob suspeita de uso de jogadores irregulares
Nos próximos dias, o pessoal do TJDF-PB terá muito trabalho para apurar denúncias
Quatro dos dez clubes que estão disputando o Campeonato Paraibano da Primeira Divisão de 2020 podem ter utilizado jogadores irregulares, conforme denúncias feitas junto ao Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba. O rosário de clubes denunciados tem o Sousa no topo. Seguido pelo CSP, Atlético de Cajazeiras e mais recentemente, o Campinense.
Competição acirrada na briga por classificação, principalmente, no Grupo A, o Campeonato Paraibano parece tomar outra conotação na luta por vagas na próxima fase. Nos próximos dias, o pessoal do TJDF-PB terá muito trabalho para apurar este lençol de denúncias, que aponta uma série de jogadores punidos no ano passado e que deixaram de cumprir as penalidades impostas pela Justiça desportiva.
O primeiro caso a chegar no TJDF-PB foi a denúncia feita pelo Nacional de Patos contra o Sousa, apontando que Jó Boy teria atuado de maneira irregular com a camisa do dinossauro. O atacante, expulso na última rodada do Campeonato Paraibano da Segunda Divisão, no ano passado, deveria ter cumprido suspensão na atual temporada.
Não demorou muito e uma nova denúncia foi feita pelo São Paulo-PB que acusa o CSP de ter utilizado Negueba, nas disputas da competição oficial, irregularmente. A nota de infração explica que o meia foi expulso durante uma partida pela Queimadense, pela Segunda Divisão também em 2019. O jogador foi julgado pelo TJDF-PB e mesmo assim, não cumpriu a pena.
O terceiro clube a fazer parte da lista de denunciados é o Atlético de Cajazeiras. Segundo o Sport Lagoa Seca, a equipe teria utilizado Egon, que não estaria em condição de atuar em jogos oficiais do Campeonato Paraibano. O zagueiro, segundo a denúncia, foi punido pelo TJDF-PB devido a uma expulsão, na última partida do Atlético contra o Campinense, em 2019.
O Campinense completa a relação, por supostamente ter incorrido no mesmo erro de Sousa, CSP e Atlético de Cajazeiras. O time rubro-negro ganhou o status de denunciado porque teria utilizado nas duas primeiras partidas do Campeonato Paraibano 2020, o goleiro Pantera na condição de reserva, contra Sport Lagoa Seca e Perilima. Segundo as denúncias recebidas, o arqueiro foi expulso na partida entre Serrano e Perilima no certame estadual do ano passado e punido com três jogos pelo TJDF-PB.
Defesas
Mesmo sem ter sido citado oficialmente sobre essa possível irregularidade, a diretoria do Campinense afirmou que já tomou conhecido do fato e promete se pronunciar “em momento oportuno”, segundo a assessoria do clube.
*Texto de Franco Ferreira, do Jornal CORREIO
C8
Morre Valdir Espinosa, treinador campeão mundial com Grêmio
Técnico tinha 72 anos e morreu nesta quinta-feira no Rio de Janeiro em virtude de complicações após cirurgia no abdômen
Valdir Espinosa morreu na manhã desta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações pós-operatórias no abdômen. Atualmente, ele ocupava o cargo de gerente de futebol do Botafogo.
Espinosa nasceu em Porto Alegre e tinha 72 anos. No último dia 17, passou por um procedimento cirúrgico no intestino. Chegou a sair do hospital, mas no dia 20 precisou ser internado novamente, passou por nova operação e não resistiu.
O ex-jogador e treinador teve o auge da carreira na década de 80, quando comandou o Grêmio na conquista da Libertadores da América e do Mundial Interclubes, em 1983. Ele foi o responsável pele contratação de Renato Gaúcho, um dos maiores ídolos do Tricolor.
Espinosa também era ídolo dos botafoguenses. Em 1989, foi treinador que acabou com uma fila de títulos de 21 anos ao conquistar o Campeonato Carioca.
No Rio de Janeiro teve passagem nos quatro grandes clubes da cidade. Em São Paulo, comandou Corinthians, Palmeiras e Portuguesa. Teve passagem marcante no Cerro Porteño, do Paraguai. Lá foi campeão nacional em 1987 e 1992. Comandou o Al-Hilal, na Arábia Saudita, o Tokyo Verdi, no Japão e o Las Vegas City, nos Estados Unidos.
Como jogador, era lateral-direito e criado na base do Grêmio. Começou como profissional em 1968 e foi campeão gaúcho. Mas a carreira foi nos gramados não foi longa, durou aproximadamente dez anos. Teve passagens no Grêmio, CSA, Esportivo e Vitória.
O Grêmio divulgou uma nota de pesar com a perda. Confira a íntegra:
“O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense informa, com imenso pesar, o falecimento de Valdir Espinosa, um dos maiores técnicos de sua história. Sob o comando de Espinosa o Grêmio abriu as portas do continente e do mundo ao Rio Grande do Sul, conquistando a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes em 1983.
Valdir Espinosa retornou ao Grêmio em 2016, como Coordenador Técnico e participou da conquista do pentacampeonato da Copa do Brasil. Atualmente exercia o cargo de Gerente Técnico do Botafogo.
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense se solidariza com toda a família Espinosa, amigos e torcida nesse momento de dor.”
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