Tomás Nota entrou na Imobiliária do Advérbio e deu de cara com um homem grande e gordo, que usava uma gravata toda colorida, e fazia anotações. Era o corretor de imóveis, aquele que vende e aluga as casas e apartamentos. O bloquinho ficou com medo de atrapalhar, mas logo que o viu, o homem abriu um sorriso largo e fez sinal para o garoto se aproximar. Então Tomás Nota perguntou:
- Ei, você tem uma página na Internet onde eu possa ficar morando uns tempos?
Um site aqui perto, com link para a Cidade da Gramática.
Com sua voz grossa, o homem respondeu:
- Aqui trabalhamos com imóveis! Casas e apartamentos! Mas você pode nos visitar sempre. Pode passar rapidamente, ou passear bastante...
Nosso amigo ficou feliz por poder voltar sempre que quisesse. E percebeu também que havia uma lição escondida nas palavras do corretor... Afinal, eles estavam na Imobiliária do Advérbio! Repare nestas frases:
Aqui trabalhamos com imóveis (lugar)
Você pode nos visitar sempre (tempo)
Pode passar rapidamente (modo)
Passear bastante (intensidade)
Todas as palavras em negrito têm a mesma função: são advérbios. Eles modificam os verbos, que estão sublinhados.
Dê uma espiadinha na próxima página para ver como os advérbios modificam os verbos...
Quando duas ou mais palavras exercem a função do advérbio, temos a locução adverbial.
O advérbio apresenta flexões de grau.
Observe o grau comparativo:
Ele nos visita tão cedo quanto você (comparativo de igualdade)
Ele nos visitou mais cedo que você (comparativo de superioridade)
Ele nos visitou menos cedo que você (comparativo de inferioridade)
E também há o grau superlativo:
Ele nos visitou cedíssimo.
Não repare, o superlativo é exagerado mesmo.
Classificação
Advérbio é a classe de palavras que vem associada ao verbo, ao adjetivo ou ao próprio advérbio, que pode até modificar uma frase inteira, expressando a opinião de quem fala.
- Ei, você tem uma página na Internet onde eu possa ficar morando uns tempos?
Um site aqui perto, com link para a Cidade da Gramática.
Com sua voz grossa, o homem respondeu:
- Aqui trabalhamos com imóveis! Casas e apartamentos! Mas você pode nos visitar sempre. Pode passar rapidamente, ou passear bastante...
Nosso amigo ficou feliz por poder voltar sempre que quisesse. E percebeu também que havia uma lição escondida nas palavras do corretor... Afinal, eles estavam na Imobiliária do Advérbio! Repare nestas frases:
Aqui trabalhamos com imóveis (lugar)
Você pode nos visitar sempre (tempo)
Pode passar rapidamente (modo)
Passear bastante (intensidade)
Todas as palavras em negrito têm a mesma função: são advérbios. Eles modificam os verbos, que estão sublinhados.
Dê uma espiadinha na próxima página para ver como os advérbios modificam os verbos...
Quando duas ou mais palavras exercem a função do advérbio, temos a locução adverbial.
O advérbio apresenta flexões de grau.
Observe o grau comparativo:
Ele nos visita tão cedo quanto você (comparativo de igualdade)
Ele nos visitou mais cedo que você (comparativo de superioridade)
Ele nos visitou menos cedo que você (comparativo de inferioridade)
E também há o grau superlativo:
Ele nos visitou cedíssimo.
Não repare, o superlativo é exagerado mesmo.
Classificação
Advérbio é a classe de palavras que vem associada ao verbo, ao adjetivo ou ao próprio advérbio, que pode até modificar uma frase inteira, expressando a opinião de quem fala.
*Anjo Aurélio explica: O advérbio pode apresentar valor emocional (juízo de valor) ou neutro (objetividade).
O advérbio indica circunstâncias de modo, tempo, lugar,etc.
Exemplos:
O corretor de imóveis mora longe
O dia está muito calmo
Conforme a circunstância que exprime, o advérbio classifica-se em advérbio:
de dúvida:
de lugar:
de modo:
de tempo:
de intensidade:
de afirmação:
de negação:
Talvez, quiçá, acaso, decerto, porventura, provavelmente, possivelmente, eventualmente. Exemplo: Provavelmente compraremos uma bicicleta.
Aqui, ali, cá, lá, perto, longe, acima, abaixo, dentro, fora, além, defronte. Exemplo: Ele mora perto da minha casa.
Bem, mal, assim, depressa, devagar, e a maioria das palavras que terminam com _mente: calmamente, suavemente, tristemente. Exemplo: O ladrão saiu da casa apressadamente.
Ontem, hoje, amanhã, antes, depois, agora, antigamente, raramente, breve. Exemplo: Cheguei tarde.
Muito, pouco, bastante, mais, menos, demais, tão, tanto, todo, meio, quase etc. Exemplo: Nunca um jogo foi tão violento.
Sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, seguramente, incontestavelmente. Exemplo: Realmente derrubaram a casa.
Não, absolutamente, tampouco. Exemplo: Não fique aí parado!
Há também os Advérbios Interrogativos:
Quando você virá? (quer saber o tempo)
Como ele resolveu a segunda questão? (quer saber o modo)
Onde você trabalha? (quer saber o lugar)
Por que você faltou ontem? (quer saber a causa)
*Anjo Aurélio explica: Também existem os advérbios interrogativos de preço e intensidade (quanto?) e de finalidade (para que?).
Locução Adverbial
É a expressão formada de preposição + substantivo, ligada ao verbo
com função equivalente à do advérbio.
Exemplos:
Aquele menino saiu às pressas. (indica modo)
À tarde fico vendo TV. (indica tempo)
Ele virá com certeza. (indica afirmação)
Locuções e suas circunstâncias: à tarde - tempo; à direita - lugar; à vontade - modo; de jeito nenhum - negação; sem dúvida - afirmação; quem sabe - dúvida; em excesso - intensidade
Veja algumas locuções adverbiais:
Ao lado, a cavalo, ao vivo, de repente, por fora, lado a lado, às claras, ao fundo, a pé, por dentro, por ali, sem dúvida, passo a passo, às cegas, ao longo, de vez em quando, de propósito, por ora.
Grau do Advérbio
Comparativo
de igualdade:
de superioridade:
de inferioridade:
Meu moletom é tão quente quanto o seu.
Meu moletom é mais quente do que o seu.
Meu moletom é menos quente do que o seu.
Superlativo Absoluto
sintético:
analítico:
Acordei cedíssimo.
Acordei muito cedo.
Diminutivo
Meu amigo saiu rapidinho.
O advérbio indica circunstâncias de modo, tempo, lugar,etc.
Exemplos:
O corretor de imóveis mora longe
O dia está muito calmo
Conforme a circunstância que exprime, o advérbio classifica-se em advérbio:
de dúvida:
de lugar:
de modo:
de tempo:
de intensidade:
de afirmação:
de negação:
Talvez, quiçá, acaso, decerto, porventura, provavelmente, possivelmente, eventualmente. Exemplo: Provavelmente compraremos uma bicicleta.
Aqui, ali, cá, lá, perto, longe, acima, abaixo, dentro, fora, além, defronte. Exemplo: Ele mora perto da minha casa.
Bem, mal, assim, depressa, devagar, e a maioria das palavras que terminam com _mente: calmamente, suavemente, tristemente. Exemplo: O ladrão saiu da casa apressadamente.
Ontem, hoje, amanhã, antes, depois, agora, antigamente, raramente, breve. Exemplo: Cheguei tarde.
Muito, pouco, bastante, mais, menos, demais, tão, tanto, todo, meio, quase etc. Exemplo: Nunca um jogo foi tão violento.
Sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, seguramente, incontestavelmente. Exemplo: Realmente derrubaram a casa.
Não, absolutamente, tampouco. Exemplo: Não fique aí parado!
Há também os Advérbios Interrogativos:
Quando você virá? (quer saber o tempo)
Como ele resolveu a segunda questão? (quer saber o modo)
Onde você trabalha? (quer saber o lugar)
Por que você faltou ontem? (quer saber a causa)
*Anjo Aurélio explica: Também existem os advérbios interrogativos de preço e intensidade (quanto?) e de finalidade (para que?).
Locução Adverbial
É a expressão formada de preposição + substantivo, ligada ao verbo
com função equivalente à do advérbio.
Exemplos:
Aquele menino saiu às pressas. (indica modo)
À tarde fico vendo TV. (indica tempo)
Ele virá com certeza. (indica afirmação)
Locuções e suas circunstâncias: à tarde - tempo; à direita - lugar; à vontade - modo; de jeito nenhum - negação; sem dúvida - afirmação; quem sabe - dúvida; em excesso - intensidade
Veja algumas locuções adverbiais:
Ao lado, a cavalo, ao vivo, de repente, por fora, lado a lado, às claras, ao fundo, a pé, por dentro, por ali, sem dúvida, passo a passo, às cegas, ao longo, de vez em quando, de propósito, por ora.
Grau do Advérbio
Comparativo
de igualdade:
de superioridade:
de inferioridade:
Meu moletom é tão quente quanto o seu.
Meu moletom é mais quente do que o seu.
Meu moletom é menos quente do que o seu.
Superlativo Absoluto
sintético:
analítico:
Acordei cedíssimo.
Acordei muito cedo.
Diminutivo
Meu amigo saiu rapidinho.
*Anjo Aurélio explica: O sufixo diminutivo no advérbio não tem valor diminutivo, e sim superlativo.
No prédio onde é gravado o Jornal da Conjunção, os dois apresentadores treinavam as manchetes antes de aparecer na TV.
Apresentador 1: - O presidente da República está com dor de cabeça.
Apresentador 2: - Já tomou remédio.
O diretor do jornal apareceu, bravo, e deu uma bronca:
- Não! Está faltando alguma coisa! Façam de novo.
Apresentador 1: - O presidente da República está com dor-de-cabeça.
Diretor do jornal: - MAS...
Apresentador 2:- Já tomou remédio.
- Perceberam?, perguntou o diretor do jornal, "O presidente está com dor-de-cabeça MAS já tomou remédio". Continuem. Inventem uma frase qualquer, só para eu ver se vocês aprenderam direito!
Apresentador 1: - Hummm... Qualquer uma? "Minha tia sempre me dá cuecas".
Apresentador 2: - "É meu aniversário".
- Vocês não aprendem? Está faltando alguma coisa! Repitam.
Apresentador 1: - Minha tia sempre me dá cuecas.
Diretor de jornal: - QUANDO...
Apresentador 2: - É meu aniversário.
Aí foi a hora dos apresentadores, que eram meio burrinhos, ficarem bravos:
- Isso não é assunto para jornal!, reclamaram em coro
- E daí? - o diretor respondeu. - Não interessa o assunto: sempre que a gente quer combinar duas orações, a gente usa uma conjunção!!!
A palavra que liga uma oração a outra estabelecendo uma relação entre elas se chama con + junção = com ligação
As conjunções também são classificadas como subordinativas e coordenativas!
Meio entediado com tanta explicação, o apresentador 1 desconversou:
- Sei... quer uma bala?
- Quero!, gritou o diretor.
- Vermelha ou verde?
- Não importa a cor! O importante é que agora você aprendeu. Entre termos semelhantes de uma oração, a gente também usa uma conjunção.
Exemplos:
Vermelha ou verde?
É bom comer arroz e feijão.
Há dois tipos de conjunções:
Subordinativa: quando liga uma oração a outra que depende dela. Se você diz "Estou triste", alguém vai perguntar, "Por quê?".
"Estou triste porque minha mãe brigou comigo." (Porque = conjunção)
As conjunções subordinativas podem ser:
Temporais: dão a idéia de tempo. Quando, enquanto, logo que, depois que, antes que, desde que, até que, sempre que, assim que, toda vez que, mal. Exemplo: Eu cheguei logo que ele saiu.
Causais: dão a idéia de causa. Porque, já que, visto que, como, desde que, uma vez que, pois, porquanto, na medida em que. Exemplo: A prova foi cancelada e teve que ser remarcada porque a professora faltou.
Condicionais: dão a idéia de condição. Se, caso, contanto que, a menos que, salvo se, desde que, exceto se, a não ser que, sem que, uma vez que. Exemplo: Se você estudar, poderá jogar videogame.
Proporcionais: dão a idéia de simultaneidade. À medida que, quanto menor, quanto melhor, tanto mais, à proporção que, quanto mais, quanto menos, ao passo que, enquanto. Exemplo: À medida que crescemos, ficamos mais maduros.
Finais: dão a idéia de finalidade. A fim de que, para que, que, porque. Exemplo: João estudou muito para que fosse bem na prova.
Consecutivas: dão a idéia de consequência. Que, tão/tal/tanto/tamanho... que, de sorte que, sem que, de modo que, de forma que, de maneira que. Exemplo: Ontem fiquei doente, de modo que não fui à aula.
Concessivas: dão a idéia de concessão. Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, por mais/menos que, por muito/pouco que, por melhor/pior que, nem que, posto que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante, em que pese. Exemplo: Por mais que treine, Juliana não é boa no futebol.
Comparativas: dão a idéia de comparação. Que, como, assim como, mais/menos... (do) que, tão/tanto... quanto/como, tal qual. Exemplo: Ela é bonita assim como sua mãe.
Conformativas: dão a idéia de conformidade de um fato com outro. Conforme, segundo, consoante, como e de acordo com. Exemplo: Fiz o trabalho conforme o professor pediu.
Integrantes: introduzem orações que equivalem a substantivos, sem sentido específico: que, se. Exemplo: Espero que você volte.
Coordenativa: quando a conjunção liga duas orações ou dois termos que poderiam estar separados. Por exemplo: O presidente da República está com dor de cabeça. O presidente já tomou remédio.
Essas orações poderiam estar separadas. Se quisermos juntá-las, usamos uma conjunção: O presidente da República está com dor de cabeça, mas já tomou remédio.
As conjunções coordenativas podem ser:
Aditivas: dão a idéia de adição. E, nem, mas também, mas ainda, como também (depois de não só), além disso, outrossim, ademais, mais (na matemática ou em linguagem regional). Exemplo: Ela não foi à festa nem avisou sua ausência.
Adversativas: dão idéia de oposição. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, senão, não obstante, inobstante. Exemplo: O livro era ótimo, mas não vendeu muitos exemplares.
Alternativas: dão a idéia de alternância. Ou (repetido ou não), ora, já, quer, seja, talvez (repetidos). Exemplo: Estarei aí, quer faça chuva, quer faça sol,
Explicativas: dão a idéia de explicação. Porque, porquanto, pois. Exemplo: Leia este livro, pois será matéria da prova.
Conclusivas: dão a idéia de conclusão. Logo, portanto, então, por isso, pois, por conseguinte, assim, destarte, dessarte. Exemplo: Não irei viajar, pois estou sem dinheiro.
Coordenação - independência sintática e dependência semântica
Subordinação - dependência sintática e independência semântica
Primeiro andar: Verbos terminados em -AR, -ER e -IR
Segundo andar: Tipos de verbo
Terceiro andar: Modelar um verbo
Quarto andar: Formação dos tempos
Pequeno como uma criança, um robô recepcionava as pessoas no térreo da Loja do Verbo.
- Brincar? Jogar? Montar? Rolar?
Tomás Nota riu daquela maquininha engraçada e foi falar com ele.
- E aí, Robô? Tudo bem? Para que servem os verbos?
- Para fazer coisas! - o pequeno respondeu. -Brincar, jogar, montar, rolar, ser, estar!
- Posso experimentar alguns verbos?
A cabeça do robô virou na direção do Tomás Nota. Arregalou seus olhos eletromagnéticos e anunciou:
- Primeiro andar: Verbos terminados em -ar! Verbos terminados em -er!
Verbos terminados em -ir!
E foram em direção à escada rolante. O robô pegou o menino pelo braço, para levá-lo para cima.
Para descobrir o que o robô maluquinho mostrou ao nosso amigo Tomás Nota, visite todos os andares da Loja do Verbo! Mas não vá se perder, hein?
PRIMEIRO ANDAR
Milhares de verbos os esperavam no primeiro andar, em prateleiras a perder de vista.
Mas, reparando bem, Tomás Nota viu que todos os verbos estavam divididos em três seções:
Verbos terminados em -AR: falar, apertar, chutar
Verbos terminados em -ER: comer, beber, fazer
Verbos terminados em -IR: sair, partir, sugerir
Para cada tipo de verbo, havia um botão de experimentar.
- Tente algum - sugeriu o robô.
O Tomás Nota apertou um botão, e uma voz surgiu no alto-falante:
Eu aperto
Tu apertas
Ele aperta
Nós apertamos
Vós apertais
Eles apertam
O bloquinho deu uma gostosa gargalhada. Estava começando a ficar divertida aquela brincadeira. Então ele apertou o botão dos verbos terminados em -ER:
Eu como
Tu comes
Ele come
Nós comemos
Vós comeis
Eles comem
Apesar da fome que sentiu com tanta gente comendo, o Tomás Nota também experimentou o modelo dos verbos terminados em -IR:
Eu parto
Tu partes
Ele parte
Nós partimos
Vós partis
Eles partem
- Gostou? - foi a pergunta do robô. - Agora vamos partir para o segundo andar. para eu mostrar a você os tipos de verbo. Siga-me!
SEGUNDO ANDAR
Na escada rolante, o robô foi matraqueando:
- A maior parte dos verbos segue um modelo. Há o modelo dos verbos terminados em AR, o dos verbos terminados em ER, e o dos terminados em IR. A primeira seção deste andar é de Verbos Regulares.
- O que são verbos regulares, Robô? - perguntou o Tomás Nota.
O robô devolveu:
- Muito simples. São os que seguem o modelo.
amo - falo - gosto
amas - falas - gostas
ama - fala - gosta
- Existe uma parte que não muda na conjugação de um verbo. É o radical:
"am" em "amar", "fal" em "falar", "gost" em "gostar"... É só trocar os radicais e você tem um modelo.
- E como faz para saber quem é o radical?
- Muito fácil. Retire a terminação: -AR, -ER, -IR. Por exemplo: o radical de "comer" é "com". O de "partir" é "part".
O robô coçou sua cabeça de metal e continuou:
- Só tem um probleminha - ele confessou.
- Qual?
- Existem alguns verbos rebeldes, que não seguem o modelo. São os verbos irregulares. O verbo "ter", por exemplo, é irregular. Não segue o modelo:
bebo - tenho
bebes - tens
bebe - tem
bebemos - temos
bebeis - tendes
bebem - têm
*Anjo Aurélio explica: Existem também os verbos anômalos, como os verbos ser e ir, que sofrem profundas alterações no radical, os verbos defectivos, que apresentam conjugação incompleta, como falir, abolir, adequar, precaver, reaver, e os verbos abundantes, que possuem duas ou mais formas equivalentes, como acender (acendido/aceso), imprimir (imprimido/impresso), eleger (elegido/eleito), etc.
- E como a gente vai saber quando um verbo é irregular?
- Não é complicado. Você vai se acostumando com eles.
Ansioso por novidades, o Tomás Nota olhou em volta.
- Olha! E o que são verbos auxiliares?
- Simples. São os que auxiliam (ajudam) um outro verbo. Quando dois verbos estão juntos, um é o auxiliar, e o outro é o principal. Juntos, eles formam uma locução verbal.
- Sei... Vamos subir mais? - o garoto sugeriu.
TERCEIRO ANDAR
- Terceiro andar, modelar o verbo! - o maluco do robô falou.
- Como assim, Robô? (perguntou o Tomás Nota)
- Você tem que aprender a modelar o verbo, oras!
E a coisinha falante mostrou para Tomás Nota as três pessoas do discurso.
A primeira, a segunda e a terceira:
1ª 2ª 3ª
Singular Eu Tu Ele
Plural Nós Vós Eles
O Tomás Nota deu um pulo:
- Ah, isso eu sei! A primeira pessoa é quem fala: eu, nós. A segunda é a com quem falamos: tu, vós. E a terceira é a pessoa de quem falamos: ele, eles.
O bloquinho queria mostrar ao robô que também era sabido, e continuou:
- E as pessoas do discurso podem estar no plural e no singular. Eu, tu, ele estão no singular, são usados para uma pessoa só. Nós, vós, eles estão no plural, são usados para várias pessoas.
O robô estendeu sua mão mecânica para o Tomás Nota:
- Muito bom! Parabéns - e mandou uma pegadinha para o garoto - E como o tempo muda o verbo?
As bochechas do Tomás Nota ficaram brancas.
- Rá rá! - riu o robô. - Pegadinha...
E foi explicando:
- Existem três tempos: passado, presente e futuro. Entre os verbos, o passado é chamado de pretérito. Então, temos pretérito, presente e futuro.
Pretérito Presente Futuro
Eu mudei Eu mudo Eu mudarei
Eu comi Eu como Eu comerei
Então, o robô pegou as três sacolas dos modos: indicativo, subjuntivo e imperativo. E misturou os tempos lá dentro.
Da sacola do modo indicativo, tirou certezas:
Pretérito perfeito Pretérito imperfeito Pretérito mais-que-perfeito
Eu falei Eu falava Eu falara
Presente Futuro do presente Futuro do pretérito
Eu falo Eu falarei Eu falaria
E do modo subjuntivo, pescou dúvidas:
Presente Pretérito imperfeito Pretérito-mais-que-perfeito Futuro
Que eu fale Se eu falasse Se eu tivesse falado Quando eu falar
Do modo imperativo, mostrou um monte de ordens:
Negativo Afirmativo
Não (nunca/jamais) fales tu Fala tu
Depois de mostrar os modos verbais ao Tomás Nota, o robô continuou com suas revelações. De um estojo que guardava na barriga, retirou as três formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.
Infinitivo Gerúndio Particípio
Falar (impessoal)
Falando Falado
Falar (pessoal)
Falares
Falar
Falarmos
Falardes
Falarem
Ainda havia mais a mostrar. De uma portinha na garganta do robô, saíram as três flexões de voz: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.
Com a voz ativa, o sujeito pratica a ação: Eu molhei o cabelo.
Com a voz passiva, o sujeito recebe a ação: O cabelo foi molhado por mim.
Com a voz reflexiva, o sujeito pratica e recebe a ação: Eu me molhei.
- No quarto andar, eu vou mostrar para você a formação dos tempos, disse o robô, puxando Tomás Nota pela mão.
QUARTO ANDAR
As duas criaturinhas chegaram ao quarto andar. O robô fez sinal para eles se sentarem no chão. E começou a ensinar ao Tomás Nota como foram construídos os tempos verbais:
Existem três tempos primitivos, que dão origem a todos os tempos e modos: infinitivo impessoal, presente do indicativo e pretérito perfeito do indicativo... Todos os outros tempos são formados a partir dos primitivos. Por isso, são chamados tempos derivados. Veja este exemplo para verbos terminados em -er:
Primitivos
Pretérito perfeito do indicativo (com-i, com-este, com-eu etc.)
Derivados
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (com-era, com-eras, com-era etc.)
Pretérito imperfeito do subjuntivo (com-esse, com-esses, com-esse etc.)
Futuro do subjuntivo (com-er, com-eres, com-er etc.)
Infinitivo impessoal (com-er)
Pretérito imperfeito do indicativo (com-ia, com-ias, com-ia etc.)
Futuro do presente do indicativo (com-erei, com-erás, com-erá etc.)
Futuro do pretérito do indicativo (com-eria, com-erias, com-eria etc.)
Infinitivo pessoal (com-er, com-eres, com-es etc.)
Particípio (com-ido)
Gerúndio (com-endo)
Presente do indicativo (com-o)
Presente do subjuntivo (com-a, com-as, com-a etc.)
Imperativo afirmativo (com-e, com-a, com-amos etc.)
Imperativo negativo (com-as, com-a, com-amos etc.)
Vale para os verbos de primeira e terceira conjugação.
Você pode inventar o verbo que você quiser.
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