quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Orientações para celebrar bem a Quaresma

ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA CELEBRAR BEM A QUARESMA

De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.


 


A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao “homem velho” que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.


 


As celebrações mais importantes do tempo da Quaresma são:


Quarta-feira de cinzas, através da qual abrimos o tempo de preparação pascal: “Convertei-vos, e crede no Evangelho” (Mc 1,15).


 


Depois temos cinco domingos da Quaresma, nos quais as comunidades se reúnem para celebrar a presença viva do Senhor que nos mostra o caminho para a vitória definitiva da Páscoa. São cinco etapas de preparação para a festa da Páscoa.


 


Depois vem o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, no qual lembramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, onde Ele sofrerá a paixão e mergulhará na morte, para depois ressuscitar vitorioso.


 


Ainda como parte da Quaresma, se celebra na Quinta-feira Santa a missa dos Santos Óleos ou em outro dia da Semana Santa de acordo com a realidade de cada diocese.


 


Nas comunidades, durante a Quaresma, fazem-se também celebrações penitenciais, como sinais da nossa busca de conversão e da misericórdia de Deus que nos acolhe em seu perdão.


 


Seria também interessante organizar a oração do Ofício Divino das Comunidades, exercícios quaresmais, Via Sacra, a caridade, o amor ao próximo e também caminhadas penitenciais, etc.


 


AMBIENTE: O ambiente deve estar despojado a austero. “A austeridade dos elementos com que se apresenta nestes dias a igreja (o templo), contraposta à maneira festiva com que se celebrará a Páscoa e o tempo pascal, ajudará a captar o sentido de passagem” (páscoa = passagem) que têm as celebrações deste ciclo.


 


Devemos “fazer uma limpeza” de tudo o que é supérfluo no espaço celebrativo, como cartazes, folhagens, fitas, adornos, faixas, muitas imagens, etc. Os exageros de enfeites causam uma verdadeira poluição visual, e é preciso achar um lugar para pousar o olhar e contemplar. Por outro lado, devemos valorizar e destacar o que é realmente essencial para a celebração do Mistério de Cristo, isto é, o altar, a mesa da Palavra, a cadeira presidencial e a pia batismal. Durante a Quaresma outros símbolos fortes são importantes, como a cruz, a cor roxa e outros próprios para cada celebração.


 


Durante a Quaresma há que suprimir as flores em todos os espaços celebrativos. É aceitável uma planta tipo cáquito por ser mais sóbria. Suprimir também os tapetes não necessários etc... No IV Domingo, “Domingo Laetare” pode ser usado algumas flores e instrumentos para acompanhar os cantos. Cuidado com a extravagância, pois ainda não é Páscoa!!!  


 


Usa-se a cor rosa (“róseo”) no Domingo Laetare – quarto Domingo da Quaresma, “próximo ao grande dia”.


 


Durante a Celebração Eucarística ou mesmo na Celebração da Palavra, o Altar seja coberto com toalha branca. Fora da celebração, se quiser, pode cobri-lo com um tecido roxo.


 


SOBRIEDADE: A equipe procure caracterizar o ambiente e organizar toda a celebração dentro do espírito de sobriedade (cor roxa, sem flores, sem glória, sem aleluia e sem o canto de louvor a Deus após a comunhão). Isso não quer dizer que o ambiente seja de tristeza. A fé cristã une numa mesma celebração a dor e a alegria, a luta e a festa. Celebramos a liturgia com palavras, gestos, cantos, orações e símbolos. Celebramos com nosso corpo, com nossos sentimentos, com nossa atitude espiritual.


 


CARTAZ DA CF: Apresentar o cartaz no momento da abertura oficial da Campanha da Fraternidade e depois fixá-lo na entrada da igreja e em outros ambientes onde ele possa ser bem visualizado. Não se deve fixar o cartaz no altar ou na mesa da Palavra.


 


A Via-Sacra, geralmente feita nas sextas-feiras, seja um momento de catequese, oração e penitência. Pode utilizar a criatividade para que seja de fato uma experiência da caminhada com Jesus nos calvários atuais. Alguns lugares fazem Via-sacra nas ruas, nas escolas, nas casas etc.


As Imagens: existem costumes variados. Lugares que as cobrem na Quarta-feira de cinzas até a Vigília Pascal. Outros após a Missa do Sábado que precede o Domingo de Ramos. Ou ainda na Quinta-feira Santa. É bom que faça o gesto de cobrir as Imagens. Se possível, no início da Quaresma.


 


CINZAS E ÁGUA PARA ASPERSÃO: Preparar as cinzas com antecedência, se possível com os ramos entregues no Domingo de Ramos do ano anterior. As cinzas e os recipientes com água para a aspersão deverão ser preparados na credencia e não em cima do altar. A imposição das cinzas pode ser feita na cabeça ou na testa de cada pessoa que se aproxima.


 


SINO: O sino das Igrejas também silenciam na Quarta-feira de Cinzas e voltam a tocar no momento do canto do Glória na Vigília Pascal. Se tiver sino eletrônico, deixe-o apenas para marcar as horas durante o dia. Nas celebrações ele devem se manter silenciosos.


 


SILÊNCIO / CANTOS / INSTRUMENTOS: Na Quaresma se retoma o silêncio, as celebrações são mais silenciosas, sóbrias, austera. Não deve ter baterias e instrumentos de percussão. É o silêncio que predomina. Para ajudar nessa vivência, é aconselhável também que, se for possível, evite na Quaresma tocar instrumentos musicais. Não se usa música instrumental, a menos que seja para sustentar o canto.  Na Quinta-feira Santa após a celebração os instrumentos devem permanecer guardados até o Glória na Vigília Pascal. Se tiver mesmo a necessidade, use um instrumento que faça o acompanhamento, pois o que deve predominar nestes dias é a voz do povo como instrumento principal. Observem que, não basta só saber que os cantos são da Quaresma, é preciso executá-los com atitude espiritual.


 


Não basta só ter consciência de que devemos cantar os cantos próprios da Quaresma. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual condizentes com o tempo e com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Por isso, deve-se integrar tudo isso no mistério que estamos celebrando. É necessário “cantar a liturgia da Quaresma”, com cantos próprios para este tempo e para cada parte da celebração. Os cantos de encontros e de movimentos não são próprios para a celebração litúrgica.


 


“Cantar a Quaresma, é antes de tudo, cantar a dor que se sente pelo pecado do mundo que, em todos os tempos e de tantas maneiras, crucifica os filhos de Deus e prolonga, assim, a Paixão de Cristo... É um canto de luto, um canto sem “glória” e sem “aleluia”, um canto sem flores e sem as vestes da alegria, um canto “das profundezas do abismo” em que nos colocaram nossos pecados (Sl 130); um grito penitente de quem implora e suplica: “Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade, e conforme a vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade” (Sl 51). (Hinário Litúrgico – 2, introdução, página 5).


 


O hino da Campanha da Fraternidade pode ser cantado após a homilia, no ofertório ou após a comunhão depois de uns momentos de silêncio, também como canto final. Nunca deve ser canto de entrada. Além do hino da Campanha da Fraternidade, devemos dar maior importância aos cantos propostos pelo Hinário Litúrgico da CNBB, volume II. (Muitos desses cantos estão gravados nos cds Liturgia XIII e XIV da Paulus.)


 


Sobre o canto de entrada – deve ser penitencial e nos dias sexta-feira e nas duas últimas semanas, refere-se à cruz do Senhor. Portanto, terá que pôr muito cuidado em sua escolha.


 


Ato penitencial – Seria recomendável destacar, durante este tempo, esta parte da celebração. Poderiam, por exemplo, variar-se cada dia da semana as invocações e cantar diariamente – não limitar-se a rezar – o “Senhor tenha piedade”. É uma maneira singela de sublinhar o sentido penitencial destes dias. Outra possibilidade é fazer o rito da aspersão com água rezando ou cantando o Salmo 50 para substituir o ato penitencial.


 


Glória – deve ser omitido. Este hino,  diz-se apenas nas solenidades e festas.


 


Salmo Responsorial – deve respeitar sempre na liturgia na Celebração da Palavra ou da Missa e não pode ser alegremente substituído por qualquer canto. Não nos cansaremos de dizer que o Salmo forma parte integral da Liturgia da Palavra; que é Palavra de Deus, e que a palavra divina nunca pode ser substituída por qualquer melodia que evidencia mais a palavra humana do que a Palavra Divina. É melhor que seja sempre cantado. Contudo, há a possibilidade de cantar apenas o refrão e recitar as estrofes. Se de tudo o salmista não souber cantar, que o recite de forma clara e compreensiva por todos.


 


Canto de Aclamação – não pode aparecer “Aleluia”. No livro de cantos existem opções com melodias que nos indicam que de fato estamos aclamando o Senhor que vai falar. Também a Campanha da Fraternidade pode sugerir cantos que contemplam este momento. Geralmente cada Domingo tem o versículo correspondente com o Evangelho do dia.


 


Ofertório – Poderíamos realizar esse momento de maneira bem simples, com um canto sóbrio manifestando nossa caridade com a Igreja e com os irmãos e irmãs. Interiormente nos dispomos a participar da mesa que Deus nos prepara no deserto desta Quaresma, no deserto de nossa vida, no deserto da vida da comunidade e no deserto da vida da sociedade em que vivemos... (Sl 78,19).


 


Abraço da Paz – Durante o Tempo da Quaresma, pode-se abolir o abraço da paz e retomá-lo na Vigília Pascal (Animação da Vida Litúrgica no Brasil, documento da CNBB nº 43, pág. 110, nº 313). Obs.: A oração pela Paz na Missa é do presidente da Celebração; o abraço da paz é opcional e móvel dentro da celebração.


 


O canto de comunhão – no momento de comungar não se trata de criar um ambiente quaresmal, mas sim acompanhar festivamente a procissão eucarística. Por isso é bom para este momento da Santa Missa escolher cantos alusivos ao convite eucarístico. Deve expressar o nós (Igreja) e não o eu.


Evitem-se as palmas. Se for cantar, por exemplo, “parabéns” que automaticamente o povo que bater palmas, é melhor evitar o canto até a Vigília Pascal. Substitua por um abraço fraterno e a récita da “Ave Maria”, por exemplo.


Por ora, apresento estas orientações. Com o desenrolar do tempo, vamos ver outras necessidades e dúvidas. Celebremos bem este tempo a fim de nos encontrar convertidos na Páscoa do Senhor. 

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Classes gramaticais em outros idiomas

 Nas línguas indo-europeias, os pronomes formam uma classe gramatical presente em todos os idiomas, embora com algumas variações.

Nas línguas urálicas, não existem pronomes pessoais nem possessivos. Apenas a flexão do verbo é suficiente para determinar a pessoa e a posse é designada pelo caso genitivo, que assume uma forma diferente para cada pessoa.

Em espanhol há um pronome de terceira pessoa para indicar o gênero neutro ("ello").

Em latim não há pronome pessoal de terceira pessoa, sendo substituídos por pronomes demonstrativos.

Em inglês, todos os pronomes são declinados em caso (nominativo, acusativo e possessivo). Os pronomes demonstrativos não se flexionam em gênero.

Na maioria das línguas indo-europeias, assim como em japonês, pode existir mais de um pronome de segunda pessoa, chamados "pronomes de tratamento", dependendo do grau de proximidade e respeito a que se dedica ao interlocutor.

Em espanhol europeu existem os pronomes "tú" e "usted" (singular), "vosotros" e "ustedes" (plural).

Em inglês o pronome "they" é de uso genético, mas no passado, em ocasiões solenes, usam-se os pronomes "thou" (singular) e "ye" (plural), com os respectivos oblíquos "thee" e "you" e possessivos "thy/thine" e "your/yours".

Em francês são usados os pronomes "tu" e "vous".

Em alemão são usados os pronomes "du" e "Sie".

Em japonês os pronomes de primeira pessoa variam de acordo com o sexo do falante e com a circunstância em que é usado, além de os pronomes de tratamento serem diferentes inclusive para pessoas próximas (quando se dirige a pessoas próximas ou que exigem um grau de formalidade específico). O pronome "watashi" significa "eu" quando falado pela maioria das pessoas, "atashi" quando usado por uma mulher, enquanto "boku" significa "eu" da mesma forma, mas dito geralmente por jovens homens. Os pronomes "watashi" e "watakushi" são usados por ambos, em circunstâncias formais.

Em alemão, o pronome pessoal "sie" (minúsculo, podendo ser maiúsculo, quando no início de frases) significa: "ela", "elas", "eles". Por sua vez, "Sie" (sempre maiúsculo) significa: "você", "vocês" (tratamento mais formal em Portugal) ou "o senhor", "a senhora", "os senhores", "as senhoras" (usados tanto em Portugal como no Brasil como tratamento formal).

Em sueco há quatro gêneros de pronomes pessoais para a terceira pessoa no singular: masculino, feminino, comum e neutro. O gênero comum serve para designar animais e plantas, e o gênero neutro serve para designar objetos inanimados.

Em basco há um pronome de segunda pessoa neutro ("zu") e um pronome de segunda pessoa não formal mas familiar ("hira").

Nas línguas germânicas, todos os adjetivos, obrigatoriamente, precedem o substantivo.

Em latim, a flexão de grau é sintética e inclui, para todos os adjetivos, o grau superlativo absoluto e o grau comparativo de superioridade.

Em inglês, a flexão de grau inclui o grau superlativo relativo e o grau comparativo de superioridade, apenas para substantivos de até duas sílabas. Para os demais substantivos, não existe flexão de grau. Não há superlativo absoluto, sendo substituído pelo advérbio "very". Não há concordância de gênero nem de número.

Em alemão, os adjetivos se flexionam em gênero (masculino, feminino e neutro), número (singular e plural), grau (normal, comparativo e superlativo) e caso (nominativo, acusativo, genitivo e dativo).

Em inglês, existem apenas três artigos: um definido (the) e dois indefinidos ("a" se o substantivo começa por um som consonantal, "an" se começa por um som vocálico). O pronome indefinido "some" também é reconhecido como artigo indefinido pela gramática inglesa.

Em espanhol e francês, existem apenas contrações de preposições com artigos definidos masculinos

Em italiano há dois artigos para o masculino: "lo", para palavras iniciadas em "s", "z" ou "gn" (plural: "gli"), e "il" para os demais casos (plural: "i"). Para o feminino só existe o artigo "la" (plural: "le"). Os artigos se combinam com várias preposições e são declináveis em seis casos: nominativo, genitivo, partitivo, dativo, comitativo e superessivo. O genitivo ("del", "della", "dello") também serve como artigo indefinido, que só possui formas para o singular: un, uno, una. Para o plural de substantivos indefinidos, usam-se as formas do plural dos artigos partitivos: dei, degli e delle.

Em alemão, grego existe um artigo para cada gênero, cada número e cada caso. A flexão de caso, diferente do que acontece em português, não resulta da contração com preposições.

Nas línguas eslavas não existem artigos com exceção de búlgaro e macedônio com artigos pospostos.

Em latim não existe artigo. A forma definida é representada pelo substantivo sem nenhum determinante, e a forma indefinida é representada por pronomes indefinidos.

Em sueco, há dois artigos definidos: "den" (para o gênero comum) e "det" (para o gênero neutro), mas só aparecem quando o substantivo está acompanhado de algum adjunto adnominal, por exemplo: "a casa" se diz apenas "huset", mas "a casa preta" se diz "det svarta huset". O nominativo é "hus"

Em finlandês não existe artigo. A forma definida e a forma indefinida são determinadas pela posição das palavras na frase. Por exemplo: "kukka on pöydallä" significa "a flor está sobre a mesa", enquanto "pöydälla on kukka" significa "existe uma flor em cima da mesa" (o nominativo de "mesa" é "pöydä").

O romeno é a única língua românica que dispõe do artigo definido no final do substantivo.

Em árabe, não há artigo indefinido; na forma indefinida, os substantivos recebem a terminação un. Para definir um substantivo, usa-se tanto o artigo definido ال al, que é prefixado ao substantivo que se deseja definir, quanto a terminação u. Por ex:baitun significa "(uma) casa", enquanto البيت al-baitu significa "a casa".


terça-feira, 28 de junho de 2022

Fulano, Beltrano e Sicrano - existem outras formas?

 1) Um leitor parte do princípio de que, quando queremos fazer uma referência vaga ou genérica a alguém, ou falar de uma pessoa cujo nome desconhecemos, geralmente empregamos as expressões fulano, beltrano e sicrano. Diz ele, porém, que já ouviu alano, mengano, zutano, citano e perengano. E indaga: além das três primeiras, existem outras formas para tais referências em português?


2) Ora, quando se emprega um vocábulo como fulano, quer-se falar de uma pessoa indeterminada, ou de alguém que não se conhece, ou, ainda, de alguém que não se quer nomear. Ex.: "O fulano que atendeu não vestia o uniforme da repartição".


3) Se a referência é feita a mais de uma pessoa, fala-se de fulano, sicrano (e não siclano, cicrano ou ciclano) e beltrano. Ex.: "Não me interessa se o autor dessa estupidez foi fulano, sicrano ou beltrano".


4) Quanto aos demais vocábulos trazidos pela consulta, podem-se fazer as seguintes observações a seu respeito: a) O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, com delegação legal para listar oficialmente os vocábulos existentes no idioma, não registra mengano, cicrano e perengano, o que implica dizer que tais palavras são apenas invenção; b) Quanto a zutano e citano, trata-se de vocábulos do espanhol, não do português; c) Por fim, a palavra alano existe no vernáculo, mas seu sentido é de um povo de origem iraniana, que invadiu a Gália (atual França) em 406, de modo que não tem a acepção pretendida pela consulta; d) ciclano existe, mas é da química, e corresponde a um hidrocarboneto saturado cíclico.


5) Em síntese, respondendo de modo direto à pergunta: a) em português, existem fulano, sicrano e beltrano; b) para complementar essa discriminação, mengano, zutano e perengano são invenção; c) ciclano e alano existem, mas não tem a ver com o sentido pretendido para consulta; d) Caio, Tício, Mévio e Semprônio existem, mas são as versões italianas, muito usadas nos cursos de Direito.


Atualizado em: 26/3/2014 08:39


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Somatória, somatório ou tanto faz?

 1) Lembram José de Nicola e Ernani Terra que a soma dos termos de uma sequência qualquer denomina-se somatório (no masculino).


2) Observam adicionalmente tais autores que a forma somatória (no feminino) não existe como substantivo, só pode ser usada como adjetivo.


3) Observe-se, entretanto, que esse substantivo - exatamente no feminino (somatória) - vem registrado, assim como somatório, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, que é o veículo oficial indicador das palavras existentes em nosso idioma, razão pela qual está oficialmente autorizado, por conseguinte, seu normal emprego. Registra no feminino pela semelhança com soma.


4) O legislador, em caso único de emprego nas codificações mais conhecidas, proferiu seu emprego no masculino: "O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 157 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior" (CF/1988, art. 29-A, incluído pela Emenda Constitucional 25/2000)


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domingo, 26 de junho de 2022

É correto dizer concordo em gênero, número e grau?

 Você já deve ter ouvido falar inúmeras vezes que alguém concorda


em gênero, número e grau com a opinião de outra pessoa a respeito


de determinado assunto, não?


 


Vamos relembrar:


As classes gramaticais  substantivo e adjetivo  apresentam três possibilidades de flexão, variação ou mudança, que são gênero, número e grau.


 


Gênero indica o masculino e o feminino: livro, menino, casa.


Número indica o singular e o plural: livros, meninos, casas.


Grau pode ser aumentativo e diminutivo: livrão, livrinho.


 


Na nossa gramática tradicional havia o entendimento de que o grau era uma forma de flexão. Desde a década de 1960 diversos linguistas e gramáticos entendem que na alteração do grau do substantivo não ocorre flexão da palavra, porque ele, o grau, não interfere na concordância nominal; o gênero e o número, sim.


O grau é uma forma de derivação e seu uso é optativo.


 


Exemplificando:


Das expressões livro bonito, livrinho bonito, livrão bonito, livro bonitinho, livro bonitão, livros bonitos, gravuras bonitas, todas corretas em português, podem-se extrair algumas conclusões importantes quanto aos substantivos e adjetivos:


Estado normal: livro, gravura, bonito;


Gênero: feminino – gravura bonita;   masculino – livro bonito;


Número: livros bonitos –   gravuras bonitas;


Grau: diminutivo – livrinho, gravurinha, bonitinho, bonitinha;


aumentativo – livrão, gravurona, bonitão, bonitona.


Você pode escrever livro bonitinho, livrinho bonito; gravura bonitinha, gravurinha bonita e pode fazer o plural dessas expressões. Note que o adjetivo tem que ser uma verdadeira sombra do substantivo,  acompanhando-o em sua flexão.


 


Só por esse motivo já podemos dizer que, tecnicamente, em tais casos, o adjetivo concorda com o substantivo por ele modificado em gênero e número.


 


Para concordância em grau, seria necessário que o grau do adjetivo (bonitinho – bonitinha, bonitão – bonitona) também seguisse a flexão ou alteração do substantivo.


Há essa obrigatoriedade? Claro que não. Isso dependerá da intenção do falante, não de regras gramaticais estabelecidas. É opcional escrever livrinho bonitinho, gravurinha bonitinha, livrão bonitão, gravurona bonitona. Questão de gosto, mas não de concordância em grau.


 


Podemos concluir que concordar com gênero e número é algo obrigatório, deve acontecer, tendo em vista as regras da gramática normativa. Ficou mais claro que é incorreta a expressão que muitos empregam para significar concordância total de uma pessoa com outra: “Fulano concorda com Sicrano em gênero, número e grau“?


É correto dizer que “Fulano concorda em gênero e número com Sicrano”. 


Só em gênero e número. Só é obrigatória a concordância em gênero e número.

O grau não precisa concordar, pode até discordar.

Em se tratando de palavras variáveis, elas variam apenas em gênero e número.

Ortoépia e prosódia

 Nomes estranhos, não? Vamos ver do que se trata.


Ortoépia (ou ortoepia) é a parte da gramática que trata genericamente


da  pronúncia das palavras. Pronunciar incorretamente a


palavra é cometer cacoépia.


Ortoépia e cacoépia são palavras formadas por radicais gregos:


orto =  “correto“,  “certo“;  caco =  “feio”  “mau” ; épos =  “palavra“.


Da mesma forma podemos falar em ortofonia e cacofonia.


O antônimo de ortoépia é cacoépia.


É mais comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular.


Veja, a seguir, a pronúncia correta de algumas palavras:


aleijar em vez de “alejar”


advogado em vez de “adivogado” ou “adevogado”


asterisco em vez de “asterístico”


bandeja em vez de “bandeija”


beneficente em vez de “beneficiente”


cabeleireiro em vez de “cabelerero”


caranguejo em vez de “carangueijo”


cuspe em vez de “guspe”


disenteria em vez de “desinteria” ou “desenteria”


empecilho em vez de “impecilho”


estourar em vez de “estorar”


impregna em vez de “impreguina”


iogurte em vez de “iorgute”


lagartixa em vez de “largatixa“


mendigo em vez de “mendingo”


mortadela em vez de “mortandela”


psicologia em vez de “pissicologia”


prazeroso em vez de “prazeiroso“


privilégio em vez de “previlégio”


salsicha em vez de “salchicha“


sobrancelha em vez de  “sombrancelha”


Comete-se cacoepia, também, quando se pronuncia “duplo a” para evidenciar ocorrência de crase: “a aula iria acabar às cinco horas” em vez de “a aula iria acabar ‘aas‘ cinco horas”.


A prosódia é a parte da fonética que trata da correta acentuação e entonação dos fonemas, sendo sua preocupação maior o conhecimento da sílaba predominante na palavra, ou seja, a sílaba tônica. Assim, cometer um erro de prosódia é, por exemplo, transformar uma palavra oxítona em paroxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona. Os erros de prosódia recebem o nome de silabada. Faz sentido, não faz?


Observe a pronúncia correta das palavras a seguir:


Oxítona – aquela em que se pronuncia com mais força a última sílaba: cateter, condor, febril, hangar, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil.


Paroxítona – aquela em que a penúltima sílaba é pronunciada com mais força: ambrosia, avaro, ciclope,  decano, fortuito,  gratuito, hifens,  ibero, inaudito, látex, meteorito, pudico, recorde, rubrica, têxtil.


Proparoxítona – aquela em que é pronunciada com mais força a antepenúltima sílaba: árvore, filósofo, síndrome, íngreme, ínterim, próximo, médico, protótipo, cínico, ângulo. Aqui ficou mais fácil porque todas as proparoxítonas que pertencem à Língua Portuguesa são acentuadas. Interim (sem acento) é como os mineiros pronunciam inteirinho.


Algumas palavras admitem dupla pronúncia, ambas consideradas corretas e registradas no VOLP. É o caso de ortoépia ou ortoepia,


cacoépia ou cacoepia e outras, como:


acróbata ou acrobata


boêmia ou boemia


hieróglifo ou hieroglifo


transístor ou transistor


xérox ou xerox

Ocorrência da crase

 A palavra crase provém do grego krasis e significa “fusão”, “junção”, “mistura”. Em Português, ocorre a crase com as vogais idênticas a + a = à.


E  o acento grave tem hoje por função única em  Português representar a ocorrência da crase.  É uma situação quase igual a do trema que depois da reforma ortográfica só aparece em palavras estrangeiras; praticamente caiu no esquecimento.


Observe que a ocorrência da crase é uma expressão matemática.


                           a         +      a       =   à       


                        50%     +     50%    =   100%


Veja que, embora idênticas, as vogais pertencem a categorias gramaticais diferentes. O primeiro a é sempre uma preposição; aí já temos 50%. O segundo a – os outros 50% –  pode ser:


O artigo feminino a ou as:


             Preposição          artigo


Fui            a                +           a           feira.


                50%           +          50% =


                     \                         /


Fui                             à                     feira.


                             100%


                             Preposição                             artigos


Retornamos               a                     +                       as        praias.


                               50%                  +                    50%  =


Retornamos                                      às                                    praias.


                                                      100%


 O a que inicia os pronomes demonstrativos aquele(s), 


               aquela(s), aquilo:


                  Preposição                  pronome


Fui                       a               +            aquele     restaurante


                          50%           +                50% =


Fui                                   àquele                    restaurante                                    


                                         100%


O a dos pronomes relativos a qual ou as quais:


                    Preposição                    pronome


A cidade            a                 +                 qual      nos referimos fica longe.


                          50%           +                   50% =


A cidade                               à                qual      nos referimos fica longe.               


                                          100%


O pronome demonstrativo a ou as:


                                               Preposição                  pronome


Esta caneta é semelhante          a                +                que            me deste.


                                                50%           +                50% =


Esta caneta é semelhante                           à                que           me deste.  


                                                              100%


 Dica:


O, a, os, as são pronomes demonstrativos quando equivalem a aquele(s) aquela(s), antecedendo o pronome relativo que.


 


Ficou claro por que a ocorrência da crase é uma conta matemática, uma adição? Você começa com uma parcela de 50% que sempre é a preposição, ou seja, com a metade da expressão identificada. Depois, é só identificar a categoria gramatical da palavra que vem a seguir para resolver a conta.


Simples demais, não?


As categorias gramaticais têm tamanha importância que cada uma delas receberá um post especial.


Mas, antes das peculiaridades das categorias gramaticais, você já resolve outro problema muito importante:  os casos em que  a ocorrência de crase é impossível. O motivo? A expressão  matemática não se completa simplesmente porque não existe o outro a para fazer a junção, a mistura.


São eles:


1. Antes de masculino:


Gostava de andar a cavalo.

Viajou a serviço.

Vendeu tudo a prazo.

Comprou um fogão a gás.

A crase só ocorrerá quando a locução prepositiva 'à moda de' estiver subentendida.


2. Antes de verbo:


Começou a redigir.

Estamos dispostos a colaborar.

A lei entra em vigor a partir de hoje.


3. A(singular) + palavra no plural:


Referia-se a cidades do interior.

Não me refiro a mulheres, e sim a crianças.

Presto favores a pessoas dignas.

O capital da empresa pertence a entidades governamentais.

Se o a vier seguido de s, haverá crase.


4. Antes de artigo indefinido (=uma):


O infrator ficará sujeito a uma multa a ser definida.

Ofereceu o prêmio a uma funcionária dedicada.


5. Antes de nome feminino tomado em sentido genérico ou indeterminado:


O infrator ficará sujeito a multa.

Ela é candidata a rainha do carnaval.


6. Antes de pronome indefinido ou palavra por ele modificada:


Entregou o livro a alguém.

Isto é útil a qualquer pessoa.

Não irei a festa alguma.


7. Antes de pronome demonstrativo (=esta, essa, este, esse, isto, isso):


Estamos atentos a essa tendência.

Ofereceu o prêmio a esta aluna.


8. Antes de pronome pessoal:


Dedicou a canção a mim.

Entregou a ela tudo que pediu.

Elas feriram a si mesmas.


9. Antes de pronomes de tratamento:


Dei a carta a Sua Excelência.

Ele disse a Vossa Senhoria que não viria.

Contei tudo a D. Francisca.


Exceções: Senhora, Senhorita, Doutora e Madame.

Transmiti o recado à Senhora Eva.

Entreguei o livro à Dra. Márcia.


10. Antes de quem e cujo(s), cuja(s):


Isto convém a quem trai.

É a autora a cuja peça me referi.


11. Entre palavras repetidas:


Ficaram cara a cara.

O líquido cai gota a gota.

Venceu de ponta a ponta.


12. Antes de terra antônimo de bordo:


Mandou o marinheiro a terra.

Depois de tantos dias no mar, chegamos a terra.


Observação: qualquer outra terra (inclusive o planeta Terra) admite crase.

Depois de tantos dias no mar, chegamos à terra procurada.

Vou à terra dos meus avós.

O astronauta voltou à Terra.


13. Antes de casa = lar, sua própria casa:


Vou a casa.

Ele ainda não retornou a casa desde aquele dia.


Observação: qualquer outra casa admite crase.

Vou à casa dos meus pais.

Ele ainda não retornou à casa dele.

Pleonasmo e redundância

 Figuras e vícios de linguagem


A gramática normativa é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão.


Ocorre que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.


Quando o falante desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, temos as figuras de linguagem.


Quando o desvio se dá pelo desconhecimento da norma culta por parte de quem fala ou escreve, temos os chamados vícios de linguagem.


Encontramos, então, a redundância, o pleonasmo e a tautologia.


 


Redundância significa:


1 – excesso: demasia, exagero,  superabundância, superfluidade de palavras.


2 – prolixidade: articulação, eloquência,  verborragia, verbosidade.


 


Pleonasmo é a figura de linguagem que consiste na repetição de uma ideia ou de uma função sintática. Trata-se de um recurso estilístico utilizado para dar clareza ou relevo, enfatizar, realçar uma ideia; também chamado de pleonasmo de estilo.  


Exemplos:


Os vidros, eu os lavei hoje.


Vi, com meus próprios olhos, e mesmo assim não acreditei.


Sonhar lindos sonhos.


“E rir meu riso e derramar meu pranto


Ao seu pesar ou seu contentamento”. (Vinicius de Moraes)


 


Pleonasmo é um termo genérico, que tanto pode adornar a linguagem como torná-la feia e sem encanto. Assim como outras  construções e empregos de palavras, tanto pode ser um vício como uma figura de


linguagem.


Alguns pleonasmos são utilizados sem nenhum efeito estilístico; nesses casos, temos um vício de linguagem, como nestes exemplos corriqueiros: entrar para dentro;  sair para fora; subir para cima; descer para baixo.


 


Redundância, Tautologia,  Pleonasmo Vicioso


 


Observe o seguinte texto, tema de uma questão de vestibular:


“A árvore, oca por dentro, era muito elevada, tinha vinte metros de altura total, do chão ao topo: estava, por esta razão, prestes  cair, daí a instantes, para baixo.”


“Oca por dentro” e “cair para baixo” são exemplos de pleonasmo de estilo. Já as passagens “altura total, do chão ao topo” e “prestes a cair, daí a instantes” são bons exemplos de redundância.


Tautologia:  Vício de linguagem que consiste em dizer sempre a mesma coisa por formas diferentes;  se caracteriza pela seguida repetição, por meio de palavras diferentes de um pensamento


anteriormente anunciado, baseando-se no desconhecimento da verdadeira significação dos termos empregados ou porque há expressões que estão enraizadas  no uso.


 


Podemos dizer que tautologia é outra denominação do pleonasmo vicioso; ambos são vícios de linguagem.


 


Exemplos de vícios de linguagem que devem ser evitados: monopólio exclusivo; principal protagonista; manusear com as mãos; preparar de antemão; prosseguir adiante; prever  antes; boato falso; abertura inaugural; elo de ligação; acabamento final;  conviver junto; detalhes minuciosos; metades iguais;  empréstimo temporário; encarar de frente; evidência concreta;  há anos atrás;  planejar antecipadamente;  superávit positivo; criação nova; comparecer pessoalmente; todos foram unânimes; resultado do laudo; consenso geral; deferir favoravelmente; autocontrolar-se.


 


O filme é baseado em fatos reais? Troque-o por um filme baseado em fatos ou baseado numa história real,  já que história pode ser real ou inventada.


 

Ortografia, homônimos e parônimos

 Você sabe que ortografia é a parte da gramática normativa que trata da maneira de escrever corretamente as palavras. Sabe também que palavras escritas de forma errada em um texto contaminam as informações e levantam dúvidas sobre sua confiabilidade. Pior, o erro de grafia em palavras é fonte de descrédito, discriminação e geralmente leva o indivíduo que comete equívocos a julgamento negativo sobre o domínio da língua.


 


Em Português existem várias palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas com significados diferentes; existem também palavras que possuem a mesma pronúncia, ou a mesma grafia, mas significados diferentes. Por enquanto veremos os casos de parônimos e homônimos.


 


Parônimas são palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas têm significados diferentes.


absolver: perdoar, inocentar absorver: aspirar, sorver

apóstrofe: figura de linguagem apóstrofo: sinal gráfico

arrear: pôr arreio arriar: baixar, ceder

bebedor: aquele que bebe bebedouro: local onde se bebe

cavaleiro: que cavalga cavalheiro: homem gentil, educado

comprimento: extensão cumprimento: saudação, ato de cumprir

delatar: denunciar dilatar: estender

descriminar: inocentar, descriminalizar discriminar: diferenciar, separar, especificar

docente: relativo a professores discente: relativo a alunos

emigrar: sair do país imigrar: entrar no país

eminente: ilustre iminente: prestes a acontecer

Assim também: eminência = superioridade e iminência = ameaça

flagrante: evidente fragrante: perfumado

inflação: desvalorização do dinheiro infração: violação

ratificar: confirmar retificar: corrigir

soar: produzir som suar: transpirar

tráfego: trânsito tráfico: comércio ilegal

vultoso: volumoso vultuoso: atacado de vultuosidade, congestão na face.

 


Recordando: homo (do grego) significa “igual”, “semelhante”.


Homônimas são palavras que possuem a mesma pronúncia ou a mesma grafia, mas significados diferentes. Subdividem-se em:


 


Homófonas – têm a mesma pronúncia, mas grafias diferentes.


cela: pequeno quarto sela: arreio, forma do verbo selar

censo: recenseamento senso: entendimento, juízo

cerração: nevoeiro denso serração: ato de serrar

cito: forma do verbo citar sito: situado

concerto: evento musical conserto: reparo

empoçar: formar poça empossar: dar posse a

esperto: inteligente experto: especialista

esterno: osso do peito externo: exterior

incerto: duvidoso inserto: inserido, incluído

ruço: meio pardo, gasto russo: relativo à Rússia

tachar: censurar taxar: tributar

Abaixo: embaixo, sob: sua classificação foi abaixo da minha. Também pode ser uma interjeição, expressando protesto: Abaixo a discriminação!

A baixo: para baixo, até embaixo: “Eles puseram o apartamento a baixo. Ele me olhava de alto a baixo”.

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Acerca de: sobre, a respeito de: “Discutimos acerca de uma melhor saída para o caso”.


A cerca de: a uma distância aproximada de (ideia de distância): “Estamos a cerca  de dez quilômetros do estádio”. “Estamos a cerca de um mês ou (ano) das eleições”.


Há cerca de: faz aproximadamente (tempo transcorrido): “Há cerca de um ano, tratamos de caso idêntico”. Também no sentido de existir, de  aproximadamente: “Há cerca de mil títulos no catálogo. Há cerca de 20 pessoas na sala”.


____________________________________________________________________


A fim de: para, com a finalidade de, com o propósito de: “Estuda a fim de vencer a barreira do vestibular.” “Veio a fim de trabalhar”.


Afim: semelhante, parente por afinidade e função matemática: “As duas têm pensamentos afins”.


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Sessão: reunião, intervalo de tempo: sessão na Câmara, sessão de cinema, sessão espírita, sessão de terapia, sessão da tarde.


* Dica: é uma “reunião de esses”. São três: um no início e dois no meio)


 Seção: departamento, setor: seção de esportes, seção de brinquedos, seção eleitoral.


* Dica: é derivado do verbo seccionar que é cortar, dividir. Ainda é usada no sentido de “corte”, ato de seccionar. Fazer uma secção significa fazer um corte. Desta mesma palavra, é derivada também a palavra secante - da geometria.


Cessão: ato de ceder, doação: Ele fez a cessão de seus direitos autorais.


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Sesta: descanso após o almoço: gosta de uma sesta aos sábados.


Sexta: numeral ordinal de seis; ela foi a sexta colocada. Também é a forma reduzida de sexta-feira. 


Cesta: objeto para guarda ou transporte: jogou o lixo na cesta. Também é onde se lança a bola no basquete.

Homógrafas – têm a mesma grafia, mas pronúncias diferentes.


Governo (substantivo) governo (forma do verbo governar)

Colher (substantivo) colher (verbo)

 


Homógrafas homófonas que são os homônimos perfeitos, pois possuem a mesma grafia e a mesma pronúncia.


cedo (advérbio) cedo (do verbo ceder)

cabo (corda, extremidade) cabo (patente militar)

canto (esquina) canto (som musical) canto (forma do verbo cantar)

mato (substantivo) mato (forma do verbo matar)

manga (fruta) manga (parte da camisa)

quarto (aposento) quarto (ordinal)

banco (assento) banco (do verbo bancar) banco (instituição financeira)

são (santo) são (do verbo ser)

Denotação e conotação

 As figuras de linguagem são recursos linguísticos que os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor.


Para utilizar corretamente as figuras de linguagem, é necessário entender os conceitos de denotação e conotação, ou seja, o uso de palavras ou expressões empregadas no sentido próprio ou figurado.


Denotação é o significado básico e objetivo de uma palavra, independente da situação, do contexto em que aparece e não permite mais de uma interpretação. A denotação é sempre impessoal, objetiva; é a palavra em “estado de dicionário”.


Observe:


O goleiro bateu a cabeça na trave.


O lavrador possui as mãos bastante ásperas.


As palavras cabeça e ásperas estão empregadas no sentido próprio, conhecidos por todos. Assim, os exemplos levam o receptor à denotação, pois as palavras em destaque permitem apenas uma interpretação.


Conotação é o emprego de uma palavra no sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações. Ocorre quando a palavra tem seu significado ampliado, dependendo do contexto em que aparece; por isso mesmo, tem um caráter mais pessoal, subjetivo.  Dessa maneira, a conotação possui a propriedade de apresentar significados diferentes do sentido original da palavra.


Veja:


Conseguiram capturar o cabeça daquela quadrilha.


O pai dirigiu palavras ásperas ao filho respondão.


Nesses exemplos as palavras cabeça e ásperas ganham novos sentidos, sugerindo ao receptor a ideia de forma indireta. Nesse caso dizemos que ocorre conotação, pois as palavras foram empregadas de acordo com a ideia que o emissor desejou sugerir. Esse recurso de linguagem consiste na possibilidade de proporcionar ao leitor ou ouvinte uma interpretação subjetiva do significado de determinadas palavras ou expressões.


Nos versos de Gilberto Gil


“Se eu quiser falar com Deus (…)


Tenho que folgar os nós


Dos sapatos,


Da gravata,


Dos desejos,


Dos receios (…)”


temos, nos dois primeiros casos, a palavra nós empregada em sentido denotativo (nó do cordão do sapato; nó da gravata); nos dois últimos, nós foi empregada em sentido conotativo, figurado (nó dos desejos; nó dos receios).


Facílimo, não?

Central da Periferia / Passaporte África / Comédia Especial

 Central da Periferia foi um programa exibido pela Rede Globo apresentado por Regina Casé que mostrava as culturas das periferias de diversos estados e como os próprios moradores lutavam em seus dia-a-dia para conseguirem que onde eles nasceram, viveram e amam seja cada dia melhor.

Passaporte África foi um telejornal esportivo brasileiro exibido pela Rede Globo entre 9 e 30 de maio de 2010, nas noites de domingo, apresentado por Alex Escobar. Substituiu a primeira temporada do seriado SOS Emergência.


Foi exibido em quatro episódios de 25 minutos de duração, com reportagens de Kiko Menezes, Marcos Uchôa e do correspondente Renato Ribeiro. Passaporte África mergulhou no passado e no presente das Copas do Mundo de Futebol, mostrando curiosidades, histórias marcantes e os últimos detalhes para o início do Mundial de 2010, que começou em 11 de junho de 2010.


No primeiro programa, Renato Ribeiro apresentou os seis países africanos classificados para o mundial. Vivendo há mais de um ano na África do Sul, Renato falou sobre a cultura, a economia e a política desses países. Além disso, entrevistou o ex-jogador Roger Milla, herói do futebol de Camarões, Carlos Alberto Parreira, técnico da Seleção Sul-Africana de Futebol, e também um brasileiro que garimpa talentos da Costa do Marfim.


Nos episódios seguintes, o telespectador, conferiu, entre outros temas, os preparativos dos brasileiros para a Copa do Mundo FIFA e a vida de grandes ídolos do futebol que têm que lidar com a fama. No Brasil, o repórter Kiko Menezes foi às ruas para mostrar como a Copa do Mundo mexe com a rotina e com o consumo no país, abordando, por exemplo, o aumento do uso de energia elétrica e das vendas de tintas. Em Santos, Marcos Uchôa acompanhou Robinho e os compromissos de um dia na vida do craque.


Além das entrevistas e reportagens, Passaporte África teve dois quadros fixos: em "Baú da Copa", o telespectador conheceu uma lista dos "cinco mais" do futebol. Os temas foram variados. No primeiro episódio, foi exibida a lista de gols mais bonitos das seleções africanas em Copas do Mundo. O outro quadro foi de "perguntas e respostas" sobre futebol em geral e craques do esporte.


Rumo à Copa

Em 2014, a Globo exibiu um programa equivalente, o Rumo à Copa, que trazia a preparação para a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Era apresentado por Cris Dias e Fernanda Gentil.

Comédia Especial foi um programa produzido pela Rede Globo e exibido ao longo do ano de 1972, uma vez por mês. Apresentava uma versão cômica do programa Caso Especial, que primava pelos dramas.

Praça TV / Bom Dia Praça / Jornal da Noite (Globo)

 Praça TV é um espaço da programação da Rede Globo reservado ao telejornalismo local de suas emissoras próprias e afiliadas. É exibido em duas edições:


A primeira edição é exibida de segunda a sexta a partir das 11h45 ou ao meio-dia (horário local) e aos sábados a partir do meio-dia (horário local), com duração aproximada de 60 a 75 minutos. Em algumas praças, aos sábados, tem duração aproximada de 30 a 40 minutos e é exibido antes ou após a exibição de algum programa local.

A segunda edição é exibida de segunda a sábado a partir das 19h05 (horário local) com duração aproximada de 15 a 30 minutos. Às quartas-feiras, quando há rodada do futebol, é exibida a partir das 18h50.

Geralmente, as duas edições compartilham o mesmo nome. Em algumas emissoras, cada telejornal usa um nome diferente: Bahia Meio Dia (TV Bahia - apenas na edição vespertina), Jornal Anhanguera (TV Anhanguera), Jornal do Acre (TV Acre), Jornal do Amapá (TV Amapá), Jornal do Amazonas (TV Amazonas), Jornal da EPTV (EPTV), Jornal Liberal (TV Liberal), Jornal do Maranhão - abreviado como JMTV (TV Mirante), Jornal da Paraíba - abreviado como JPB (TV Cabo Branco e TV Paraíba), Jornal de Rondônia (TV Rondônia), Jornal de Roraima (TV Roraima), Jornal da Tribuna (TV Tribuna), Jornal Tapajós (TV Tapajós), Meio Dia Paraná e Boa Noite Paraná (RPC), Link Vanguarda e Jornal Vanguarda (TV Vanguarda)


Índice

1 História

2 Outras versões

2.1 Via satélite

2.2 Outros países

3 Ver também

4 Notas e referências

4.1 Notas

4.2 Referências

5 Ligações externas

História


A maioria dos telejornais locais da Rede Globo seguia este padrão de cenário até 2012. Na foto, o antigo estúdio da RBS TV Bagé.

Antes da estreia do Praça TV (em 3 de janeiro de 1983), houve um telejornal regional chamado Jornal das Sete (JS), que tinha a mesma finalidade do Praça TV. De 1983 à 1989, o Praça TV possuía três edições (na faixa das 12h, 19h e 0h). Em 1989, foram extintas a primeira (da faixa das 12h)[1] e a terceira edição (da faixa das 0h), juntamente com o Globo Economia,[2] restando apenas a edição da faixa das 19h que começava após a novela das sete e antes do Jornal Nacional. Em 6 de abril de 1992, a edição das 12h retorna.


Em 3 de julho de 1995, com a estreia da novela Cara & Coroa, a Rede Globo alterou o horário da segunda edição do Praça TV para fugir da concorrência com as novelas do SBT, que passou a ser apresentada entre as novelas das seis e das sete.[3]


Com a estreia do programa Encontro com Fátima Bernardes em 25 de junho de 2012 e a mudança da TV Globinho para os sábados, algumas praças se igualaram às demais, passando a transmitir o Praça TV ao meio-dia (horário local).[4]


Em 2017, o Praça TV ganhou um novo pacote gráfico, que foi inaugurado no SPTV, que passou a ser chamado de SP1 e SP2 na primeira e na segunda edição, respectivamente.


Em 2018, na Bahia, o telejornal Bahia Meio-Dia passa a começar as 11h45, para resolver problemas com audiência. Logo esse método passou a ser utilizado em algumas outras praças com falta de IBOPE e hoje, algumas dessas afiliadas começam seus telejornais da tarde as 11h45.


Outras versões

Via satélite

Desde 17 de agosto de 2004, a Globo exibe no horário da segunda edição o telejornal Brasil TV. Ele é exibido somente no sinal de satélite da emissora e gravado direto do Rio de Janeiro.


Outros países

No Japão, a IPCTV usou até 5 de setembro de 2009 a faixa Praça TV para exibir o Jornal IPC. A partir de 7 de setembro do mesmo ano, a emissora passou a transmitir o telejornal JPTV, seguindo o mesmo padrão das emissoras próprias da rede brasileira.[5] O telejornal foi encerrado em 30 de junho de 2015 dando lugar à primeira edição do SPTV[6] até o término das transmissões da emissora em 1 de abril de 2019.[7]

Bom Dia Praça é um espaço da programação matutina da Rede Globo reservado ao telejornalismo local de suas emissoras próprias e afiliadas. É exibido de segunda a sexta-feira a partir das 06h00 (horário local) com duração aproximada de 120 minutos.


Índice

1 História

2 Relação dos programas

3 Radar

4 Ver também

5 Referências

6 Ligações externas

História

No ar desde 1977 em São Paulo e 3 de janeiro de 1983 para as outras emissoras, começou tendo trinta minutos de duração, começando às 07h30; trocando de horário em 1 de abril de 1996, começando às 07h00 com a estreia do Intercine e em 30 de março de 1998, às 06h45; em 7 de janeiro de 2002, tem sua duração aumentada a quarenta e cinco minutos, também trocando de horário, começando às 06h30; em 2011, novamente sofre alterações em sua duração, que passa a ser de sessenta minutos, mas mantém-se começando às 06h30; em 6 de maio de 2013, o Bom Dia São Paulo passou a ter uma hora e quinze de duração e em novembro do mesmo ano, o Bom Dia Rio também passou a ter uma hora e quinze, começando as 06h15; em 1 de dezembro de 2014, com a criação do Hora Um da Notícia e a extinção da edição diária do Globo Rural e do Telecurso na Globo, todos os Bom Dia Praças passaram a ter uma hora e trinta de duração, começando às 06h00.[1][2][3] Em 21 de janeiro de 2019, quando o Hora Um teve sua duração estendida, ganha mais 30 minutos de duração, ainda tendo seu começo marcado as 06h00, mas agora encerrando as 08h00.


Em 2017, o Bom Dia Praça ganhou um novo pacote gráfico, que foi inaugurado em 8 de maio no Bom Dia São Paulo e em 11 de dezembro no Bom Dia Minas.


Em 2020 com a pandemia do novo Coronavírus, o BDP passou a ter mais 30 minutos de duração (até as 08h30) após o Mais Você e o Encontro com Fátima Bernardes serem suspensos.


Em 2007, estreou o Radar, com foco no trânsito e previsão do tempo. Em 2010, foi extinto quando o Bom Dia Brasil passou a ser estendido em mais 15 minutos, o Mais Você, o Globo Notícia e a TV Globinho passaram a começar mais tarde, a série religiosa Sagrado passou a abrir a programação da Globo, antes dos Telecursos, até então era exibida antes do Globo Rural.


Jornal da Noite era um telejornal brasileiro transmitido pela Rede Globo.[1] Editado por Luís Edgar de Andrade e Silvio Julio, o telejornal supria a carência de notícias nacionais do Jornal Internacional e notícias não incluídas no Jornal Nacional por falta de tempo.[1]


Com a estreia do Jornal da Noite, às 22h40, antes do Jornal Internacional,[2] criou-se uma estrutura em que os dois telejornais, apesar de separados de um intervalo comercial, praticamente se interligavam.[1]


O telejornal foi ancorado por Sérgio Chapelin[1] e Heron Domingues,[3] além do humorista Jô Soares, que comentava fatos jornalísticos.[4]


O programa ia ao ar de segunda a sexta, às 22h40, e durou menos de dois meses,[1] tendo sua última edição em 13 de setembro de 1974,[5] sendo substituído pelo horário político na semana seguinte.[6]

Bom Dia Cidade - EPTV - TV TEM

 


Bom Dia Cidade

Informação geral

Formato Telejornal

Duração 30 ou 60 minutos (com intervalos)

Criador(es) TV TEM

País de origem Brasil

Idioma original Português brasileiro

Produção

Tema de abertura Instrumental

Tema de encerramento Instrumental

Compositor da música-tema Leonardo Matsumoto

Exibição

Emissora de televisão original Brasil TV TEM (Rede Globo)

Brasil EPTV (Rede Globo)


Formato de exibição 480i (SDTV) (4:3)(2003-2016)

1080i (HDTV) (16:9)(2016-Atual))


Transmissão original 6 de maio de 2003 (19 anos)

Cronologia

Programas relacionados Bom Dia Praça 

Praça TV 

Bom Dia SP

Bom Dia Cidade é um espaço da programação matutina da Rede Globo reservado ao telejornalismo local de suas emissoras afiliadas no estado de São Paulo e sul de Minas Gerais. É exibido de segunda à sexta a partir das 07:10 ou 07h30 (horário local) com duração aproximada de 30 ou 50 minutos.


Índice

1 História

2 Relação dos programas

3 Ver também

4 Referências

História

Em 6 de maio de 2003, com a criação da TV TEM com a fusão das afiliadas da Rede Globo de Sorocaba, São José do Rio Preto e Bauru e a criação da emissora em Itapetininga, foi criado junto das edições do Praça TV local uma versão de um telejornal local para a manhã inicialmente produzida em Bauru (e Marília) e posteriormente com edições produzidas em São José do Rio Preto (e Araçatuba) e Sorocaba (e Jundiaí), esta última também transmitindo as notícias da região de Itapetininga, Em 2010 a EPTV iniciou a produção de uma versão do telejornal para suas emissoras.[necessário verificar]


Relação dos programas

A seguir, a relação dos programas locais que ocupam o espaço do Bom Dia Cidade nas afiliadas da rede:


Estado Rede Emissora Cidade de Produção Apresentação

SP TV TEM TV TEM Bauru Bandeira de Bauru - SP.svgBauru Fernanda Ubaid[2]

TV TEM São José do Rio Preto Flag of São José do Rio Preto SP.pngSão José do Rio Preto Kátia Gradela[3]

TV TEM Sorocaba

TV TEM Itapetininga


BandeiraSorocaba.svgSorocaba Daniel Schafer[4]

EPTV EPTV Campinas Flag of Campinas.svg Campinas Marília Rastelli[5]

EPTV Ribeirão BandeiraRibeiraoPreto.svg Ribeirão Preto Guilherme Nali[6]

EPTV Central Bandeira SaoCarlos SaoPaulo Brasil.svg São Carlos Fernanda Câmara[7]

MG EPTV Sul de Minas Bandeira de Varginha (Minas Gerais).jpg Varginha Suzana Siega[8]

Jornal Vanguarda / NBlogs

 Jornal Vanguarda é um telejornal local brasileiro exibido pela Rede Vanguarda no horário dedicado pela TV Globo a exibição dos telejornais locais de suas afiliadas, às 19h10 (Praça TV). Juntamente com o Link Vanguarda, apresentado na hora do almoço, o Jornal Vanguarda sucedeu em 25 de junho de 2012 as duas edições do Vanguarda TV.

O telejornal

O telejornal foi ao ar pela primeira vez no dia 26 de março de 2012, como sucessor da 2ª edição do Vanguarda TV, que era apresentada durante a noite. O telejornal age como o principal noticiário da Rede Vanguarda. Para o telespectador que chega do trabalho a noite, o Jornal Vanguarda apresenta as principais notícias do dia na região do Vale do Paraíba, noticiadas pelo apresentador Ademir Ribeiro. A interatividade com o telespectador também é um dos símbolos do telejornal, onde o âncora pode se deslocar pelo estúdio e falar com os repórteres em um telão ou ficar na bancada apresentando as notícias.


Apresentação


Ademir Ribeiro

Agda Queiroz

Carlos Abranches

Rogério Correa

Talita França

NBlogs foi um programa da Record News apresentado por Fabiana Panachão. Todos os dias, as 14h, ao vivo, a jornalista recebia convidados especiais para falar de assuntos do cotidiano. E recebia também um blogueiro do portal R7 para tratar de um tema diferente a cada dia da semana como Fabíola Reipert, Marco Antônio Araújo, Rosana Hermann, Sophia Camargo, Duilio Ferronato, Miguel Arcanjo Prado, Afonso Mendes, Alessandra Siedschlag, Clara Averbuck e Eduardo Marini. Saiu do ar devido a ajustes na programação na Record News.


Pelo Mundo - GloboNews

 O Pelo Mundo foi um programa de televisão brasileiro apresentado pela Globo News, exibido todas as sextas-feiras as 23h, após o Jornal das Dez, com reapresentação no sábado, às 11h30 e 17h30. Tratava de notícias curiosas de culinária, turismo, belezas naturais, entre outros. Foi extinto em janeiro de 2017 devido a ajustes na programação.


Apresentadores

Eduardo Grillo (1998-2015) - titular

Luiza Zveiter (Março de 2013-Janeiro de 2017) - eventual

Luciano Cabral (Outubro de 2015-Janeiro de 2017) - eventual

Renata Vasconcellos (1998 - 2002) - titular

Christiane Pelajo (2001) (2002-2005) - eventual

Maria Beltrão (2005-2006) - titular

Luciana Ávila (2006-2009) - eventual

Raquel Novaes (2009-2013) - titular

Luiza Zveiter (Março de 2013-Janeiro de 2017) - eventual

Luciano Cabral (Outubro de 2015-Janeiro de 2017)

O Terço / Jornal da Vida / Missa no Santuário da Vida - Rede Vida

 O Santo Terço é um programa de televisão brasileiro do gênero religioso exibido ao vivo pela Rede Vida. Com apresentação do diácono Lúcio Cesquin, "O Santo Terço" conta com a participação de Padres e fiéis de todo o Brasil. Estreou dia 3 de fevereiro de 2014. É exibido de segunda à sexta às 18h e aos sábados e domingos às 16:30, direto dos estúdios da cidade de São Paulo.

Missa do Santuário da Vida é um programa de televisão brasileiro do gênero religioso, exibido ao vivo pela Rede Vida direto da cidade de São José do Rio Preto, no interior paulista. O santuário é um espaço que a Rede Vida abriu para receber não só os fiéis que acompanham a Missa pela televisão, mas também caravanas, equipes de celebração e ministérios de todo o Brasil. É exibida de segunda à sábado às 19h10min. E aos domingos às 8h. É exibida a missa do Sagrado Coração de Jesus toda primeira sexta-feira do mês.

Jornal da Vida é um telejornal apresentado pela Rede Vida. O telejornal se destaca do JCTV, noticiário também apresentado pela Rede Vida, pelo fato de exibir diversos temas como esporte, política, acontecimentos do Brasil e do mundo, economia, cultura, artes, ciência, tecnologia, internet, comportamento, finanças pessoais, educação, turismo, meio ambiente, saúde, bem-estar, moda, beleza, culinária, relacionamentos, eventos de moda, decoração, design, música, direito, empregos, concursos, Enem e imóveis, não se concentrando somente em informações que acometem à Igreja Católica.

O telejornal foi ao ar pela primeira vez no dia 5 de janeiro de 2009, numa edição especial de estreia.

Apresentadores

O Jornal da Vida é apresentado pelo jornalista Ana Lúcia Eschiapati. Em Bacabal, o jornal é apresentado por Adna Soriano e Carlos Veras.

Tem como colunistas Dori Boucault (advogado especialista em direito do consumidor) e o professor Wilson (com foco em gramática, redação, literatura, interpretação de textos, figuras de linguagem e redação oficial).

Cine Sinistro / Cine Trash / Receita Minuto / Igreja Viva

 Cine Sinistro (ou Cine Trash) foi uma sessão de filmes da Rede Bandeirantes apresentado pelo ator e cineasta José Mojica Marins, caracterizado como o personagem "Zé do Caixão", na década de 1990.


Exibido originalmente de segunda a sexta às 14h, passaria a ser apresentado por Carla Tenore (a Vampira) nas madrugadas de sábado para domingo, de 1997 a 2002, quando saiu definitivamente do ar.

O Receita Minuto é um quadro de culinária que vai ao ar no programa Dia Dia, de segunda a sexta-feira das 10h as 11h15, na Band. É o principal quadro da atração comandada por Daniel Bork, que juntamente com culinaristas de grande nome e chefes de cozinha, preparam receitas de pratos doces e salgados da cozinha nacional e internacional, além de ensinar diversas técnicas profissionais de forma prática.


Alguns dos chefes que fazem parte do elenco são:


Álvaro Rodrigues

Isamara Amâncio

Luzinete Veiga

Dento do bloco, são veículadas reportagens sobre gastronomia apresentadas por Fabiana Bruno. Já foi apresentado o quadro Vêm Crispim, que mostra curiosidades.

Igreja Viva é um programa religioso exibido pela Rede Bandeirantes, estreou em 2005 e era exibido diariamente das 02h até as 08h, após a faixa de shows de segunda a sexta e as sessões de cinema aos sábados e domingos. Até então, o horário era ocupado por infomerciais. Retornou em 24 de agosto de 2008 com Espaço Vida Vitoriosa com Pastor Silas Malafaia, no mesmo horário. Até 2004, a emissora encerrava a programação diariamente, com isso os programas religiosos não eram exibidos.


Emprego e flexão dos numerais

 1 – Quando o numeral vier antes do substantivo deve ser lido como ordinal, concordando com esse substantivo:


Vigésima primeira página, segunda casa, trigésimo quarto apartamento.


2 – Quando ele vier depois do substantivo deve ser lido como cardinal, concordando com a palavra número, que se considera subentendida.


Página (número) vinte e um, casa (número) dois, apartamento (número) 34


3 – Ambos e ambas são pronomes indefinidos, com uso exclusivo no plural, substituindo o cardinal dois. Significam “um e outro” e “uma e outra” e flexionam-se em gênero, concordando com o substantivo. Também são empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência:


Ambos os alunos estavam presentes.


Ambas as alunas foram premiadas.


Fernando e Clarice finalmente se entenderam. Ambos agora vivem em harmonia.


4 – Certos substantivos, por exprimirem quantidade exata de seres, se assemelham a numerais. Alguns gramáticos chamam a essas palavras de coletivos numerais.


Numerais coletivos de quantidade

Numeral coletivo
    

Definição

Par
    

2 unidades

Dupla
    

2 pessoas ou coisas

Trinca
    

3 unidades

Trio
    

3 pessoas ou coisas

Quina
    

5 unidades

Dezena
    

10 unidades

Dúzia
    

12 unidades

Vintena
    

20 unidades

Centena ou cento
    

100 unidades

Milhar ou milheiro
    

1000 unidades

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Numerais coletivos de dias, meses e anos

Numeral coletivo
    

Definição

Bíduo
    

2 dias

Tríduo
    

3 dias

Semana
    

7 dias

Novena
    

9 dias

Decêndio
    

10 dias

Quinzena
    

15 dias

Mês
    

28, 29, 30 ou 31 dias

Quarentena
    

40 dias

Bimestre
    

2 meses

Trimestre
    

3 meses

Quadrimestre
    

4 meses

Semestre
    

6 meses

Ano
    

12 meses

Biênio
    

2 anos

Triênio
    

3 anos

Quadriênio
    

4 anos

Quinquênio
    

5 anos

Década
    

10 anos

Vintênio
    

20 anos

Século ou centenário
    

100 anos

Milênio
    

1000 anos
Numerais coletivos de pesos e medidas

Numeral coletivo
    

Definição

Arroba
    

Aproximadamente, 15 quilos

Tonelada
    

1000 quilos

Milha terrestre
    

1609 metros

Milha marítima
    

1852 metros

Are
    

100 metros quadrados

Hectare
    

100 ares
Numerais coletivos de versos literários

Numeral coletivo
    

Definição

Monóstico
    

1 verso

Dístico
    

2 versos

Terceto
    

3 versos

Quarteto ou quadra
    

4 versos

Quintilha
    

5 versos

Sextilha
    

6 versos

Septilha
    

7 versos

Oitava
    

8 versos

Nona
    

9 versos

Décima
    

10 versos


Incluem-se também: resma - 500 folhas de papel / decálogo - 10 leis ou mandamentos / triarquia e triunvirato - 3 pessoas no governo


5 – Quando se quer fazer referência ao primeiro dia do mês, deve-se utilizar o numeral ordinal: primeiro de abril, primeiro de junho. Para os outros dias, usam-se os cardinais.


6 – Na linguagem jurídica, os artigos, incisos e parágrafos numerados até nove são lidos como ordinais; do número dez em diante são lidos como cardinais.


Os artigos e parágrafos devem ser grafados com algarismos arábicos e os incisos com algarismos romanos:


Artigo 9.º, inciso III, parágrafo 2.º (artigo nono, inciso terceiro, parágrafo segundo);


Artigo 12, inciso XV, parágrafo 10 (artigo 12, inciso quinze, parágrafo dez).


Na designação de reis, papas, séculos, capítulos de uma obra:


De 1 a 10 usam-se os ordinais, independentemente de vir o numeral antes ou depois do substantivo: D. Pedro I (primeiro), João IV (quarto), Pio XII (doze), Capítulo X (décimo), Canto I (primeiro), Henrique VIII (oitavo), João Paulo II (segundo), Dom João VI (sexto).


De 11 em diante, se o numeral vem antes do substantivo, emprega-se o ordinal: o XIII século (décimo terceiro século), o XV Luís (o décimo quinto Luís), o XXV capítulo (o vigésimo quinto capítulo);


Ainda de 11 em diante, se o numeral vem depois do substantivo, emprega-se o cardinal: o Luís XV (quinze), o século XXI (vinte e um),  Pio XII (doze), o capítulo XIII (treze), Bento XVI (dezesseis), João XXIII (vinte e três).

 

7 - Para o conjunto de três seres ou coisas, pode se usar trinca, terno, tríade, trilogia, trio ou trindade.


8 - A palavra quarentena costuma ser usada para designar o isolamento de pessoas ou animais por um determinado intervalo de tempo.

Interveio ou interviu?

 Com frequência, ouvimos alguém falar “fulano” interviu.


Intervir significa interferir, interpor autoridade e é verbo que, como “provir” e “advir”, deriva do verbo “vir”. Dessa maneira, fica fácil deduzir que se conjuga exatamente como o verbo de origem, mantendo seu comportamento irregular.


A ninguém ocorreria dizer “ele viu” no lugar de “ele veio”, pois cada forma se refere a um verbo diferente: “viu” é a flexão de pretérito perfeito do verbo “ver“, “veio” é a flexão de pretérito perfeito do verbo “vir“. Se dizemos que alguém veio, também devemos dizer que alguém interveio.


É simples: basta conjugar primeiro o verbo “vir” (não “ver”) e, em seguida, acrescentar o prefixo “inter-”. Assim:


ele veio –  ele interveio,


se ele viesse – se ele interviesse,


se ele vier – se ele intervier e assim por diante.


Ocorre, porém, que o verbo”intervir”, assim como o “vir” – que é sua base – é um verbo irregular, cujo particípio é idêntico ao gerúndio. Assim, tanto o gerúndio como o particípio do “intervir” assumem a forma “intervindo“. Como se distingue um do outro? Também é simples: pelo contexto.  Assim:


Numa frase como “Ele continua intervindo fora de hora na discussão”, “intervindo” está no gerúndio, pois indica uma ação em curso (ele continua fazendo alguma coisa).


Numa frase como “Ele tinha intervindo na discussão antes de ela chegar”, “intervindo” está no particípio, pois indica uma ação terminada, situação que se constrói com os auxiliares “ter” ou “haver” (ele tinha/havia feito alguma coisa).


Não existe a forma “vido”, portanto, não existe a forma “intervido”.


Observe o presente do indicativo:


eu venho (intervenho)


ele vem (intervém)


nós vimos (intervimos)


eles vêm (intervêm).


Reparou? Na terceira pessoa do singular, há uma pequena diferença. Vem não recebe acento. Mas intervém ganha o acento. Sabe por quê? Porque seguem as regras de acentuação gráfica. Ambos terminam em em, mas não são iguais.


Vem é monossilábico como trem, e não se acentua.


Intervém tem mais de uma sílaba como também, ninguém e parabéns. e recebe acento. 


Dica 1: Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. Os verbos derivados de ter e vir (deter, conter, reter, manter, entreter, obter, intervir, convir, advir, provir) recebem acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo e acento circunflexo na terceira pessoa do plural.  As duas formas são acentuadas porque ambas são oxítonas terminadas em “-em” 


O pretérito e os tempos dele derivados também merecem atenção.


Pretérito perfeito:


eu vim (intervim),


ele veio (interveio),


nós viemos (interviemos),


eles vieram (intervieram).


 


Imperfeito do subjuntivo:


se eu viesse (interviesse),


se ele viesse (interviesse),


se nós viéssemos (interviéssemos),


se eles viessem (interviessem).



Futuro do subjuntivo:


se eu vier (intervier),


se ele vier (intervier),


se nós viermos (interviermos),


se eles vierem (intervierem).


  


Sendo assim, as frases abaixo estão corretas:


O pai interveio nos negócios do filho.


Será que os acionistas intervieram na administração da empresa?


O Banco Central intervém nos bancos que não cumprem as determinações.


Se o Banco Central interviesse antes de as instituições falirem, a população teria menos prejuízos.


Percebeu o quanto “interferir” ou “interpor autoridade” é uma situação delicada?


Dica 2: Acredito que a única ocasião em que a palavra “interviu” não está errada é quando se fala “entrevista” em inglês: Interview.

 

No pretérito mais-que-perfeito a lógica é a mesma:

 

Eu / ele viera (interviera).

 

Nós viéramos (interviéramos).

 

Eles vieram (intervieram).

Ter a ver ou ter haver?

 Ter a ver= ter relação (com), dizer respeito (a).


Ter a haver= ter a receber.


O João não tem nada a ver com este problema – O problema não diz respeito ao João, não está relacionado com ele.


O João não tem nada a haver – O João não tem nada para receber.


A Maria não tem nada a haver – A Maria não tem nenhuma dívida para receber.


Esta roupa não tem nada a ver – Esta roupa não combina nada com a ocasião.

Afim ou a fim?

 Outra confusão que as pessoas fazem entre a escrita e a fala de afim,


afim e a fim de.


Vamos aos significados:


1 . Afim. É adjetivo e significa ‘que tem ligação, parentesco ou semelhança’: línguas afins, ciências afins, parentes afins, gostos afins. Também pode ser uma função matemática.


Exemplos:


O português e o espanhol são línguas afins.


Ele tem bons conhecimentos em ciências afins da Medicina.


O genro é um parente afim.


O seu projeto é afim ao meu.


2. A fim de e a fim de que. São locuções que indicam finalidade e equivalem, respectivamente, a para e para que:


Saí pela porta dos fundos a fim de (para) não ser visto.


Ele saiu cedo a fim de (para) poder chegar a tempo.


Tirou férias a fim de (para) estudar para o concurso.


Cercou o terreno com um muro alto a fim de que (para que) ninguém o invadisse.

A fim de - em adjuntos adverbiais de finalidade ou orações subordinadas adverbiais finais reduzidas de infinitivo

A fim de que - em orações subordinadas adverbiais finais desenvolvidas


É errôneo seu uso quando não indica finalidade. Na linguagem popular, a fim ganha sentido coloquial. É usado como ‘com vontade de’. A literatura já registra esse uso:


– Vamos ao cinema?


– Não estou a fim.


Lembre-se:


Afim: tem o sentido de próximo, semelhante, parente por afinidade ou função matemática.


A fim de, a fim de que: indica objetivo, finalidade, propósito.

Dele ou de ele?

 Quando devemos usar dele ou de ele?


Arnaldo Niskier afirma que: “Quando após a preposição de ou em temos um sujeito, este não pode ser contraído àquela em língua escrita, embora a tendência na oralidade seja a contração.


Assim, temos ‘antes de ela chegar’, não há mal em ele sair’ etc.”.


Chegou a hora de o povo decidir. (verbo no infinitivo)


Chegou a hora de a onça beber água. (verbo no infinitivo)


Ignoramos o que vai acontecer  depois de o mundo acabar. (verbo no infinitivo)


Só depois de os grevistas voltarem ao trabalho, é que serão atendidos. (sujeito: os grevistas)


O mesmo ocorre com os pronomes ele, ela, aquele, este, esse, quando fazem parte do sujeito.


De acordo com a gramática normativa, a forma “dele” não pode ser sujeito da oração, porque não há “sujeito preposicionado”, a menos que você queira inventar novas regras para a gramática.

O sujeito pode ter complemento, mas não ser complemento.


Assim, se houver após o “dele” um verbo no infinitivo, devemos usar a preposição do pronome na função do sujeito.


Chegou a hora de ele decidir.


Chegou a hora de aquele homem decidir.


Chegou a hora de este homem decidir.


Depois de ele partir para Londres …


É tempo de o professor publicar seu livro.


Entre os próprios gramáticos não há uniformidade de pensamento.


Alguns autores pregam que a forma contraída é mais natural e espontânea e tem a vantagem de evitar construções artificiais.

Ao par ou a par?

A par significa ciente de, informado de:


Fez pesquisa em várias fontes e estava a par do que ocorria.


 Eu estava a par da situação.


Lendo os jornais, ficamos a par do que se passa no mundo.


 


A par também significa ao lado um do outro, juntos:


Os dois homens caminhavam a par, em direção à praia.


Nem sempre o saber e a virtude andam a par.


 


Ao par é terminologia financeira/comercial. É usado para indicar que a cotação de algo se iguala ao valor nominal ou oficial:


Houve uma forte desvalorização do dólar, o que o deixou ao par do real.


Ontem esses papéis de crédito estavam ao par (isto é, valor de venda  = valor nominal).

Más, mas ou mais? Demais, de mais ou ademais?

 Mas


É conjunção coordenativa adversativa, introduz uma contrariedade, uma ideia de contraste, de adversidade. Na dúvida, substitua a conjunção mas pelas conjunções equivalentes porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante:


Ela estudou muito, mas não conseguiu boa nota.


O time terminou o campeonato sem derrota, mas não foi o campeão.


Mais


É pronome, conjunção aditiva ou advérbio de intensidade. É antônimo de “menos”:


Ela leu mais livros este ano que no ano anterior. (pronome indefinido)


Ela era a aluna mais simpática da classe. (advérbio de intensidade)

 

Quatro mais dois são seis. (conjunção aditiva)


Más


Plural do adjetivo “má”:


Eram pessoas extremamente más.


Demais não é de mais


Demais e de mais têm semelhança, são formadas pelas mesmas palavras (de + mais) mas exprimem ideias diferentes.


Demais é advérbio de intensidade, com sentido de “muito”, “em excesso”; aparece intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios:


Trabalha demais.


Aquilo nos deixou indignados demais.


Demais também pode ser usado como substantivo (virá precedido de artigo ou outro determinante), significando “os restantes”, “os outros”.


Os demais funcionários foram embora muito tempo depois.


Escalaram cinco atletas para jogar, os demais ficaram no banco.

 

Também pode ser usado para indicar que alguém ou alguma coisa é muito boa, maravilhosa, formidável, espetacular:

 

Que demais esse vestido!

 

Minha tia é demais!


De mais (separado) é locução prepositiva e quer dizer “a mais”; é o contrário de “de menos”:


Ele escreveu palavras de mais. (de menos)


Não haviam feito nada de mais.


No pacote veio um livro de mais (de menos).


Existe, também, embora menos usada, a palavra ademais que significa além disso.

 

Sou honesta, e ademais, sou sincera.


Dica:


Se der para trocar de mais por de menos, use a expressão separada:


Até aí, nada de mais (nada de menos).


Se der pra usar muito, use demais:


Ela fala alto demais (fala muito alto).

Ano-Novo, ano novo ou ano-novo?

 Se você estiver se referindo ao momento em que acaba um ano e começa outro, você tem que usar o hífen, grafando Ano-Novo com letras maiúsculas.  Ano-Novo  corresponde ao réveillon que, segundo  o dicionário Houaiss, “é o conjunto de festejos que costuma acompanhar a ceia e a passagem de ano”. Veja: “Não compareceu à ceia da noite do Ano-Novo”.


 


 


       Com hífen, mas com letras minúsculas (ano-novo), ainda conforme o dicionário Houaiss, é o mesmo que “ano-bom,  ano entrante, meia-noite do dia 31 de dezembro e dia 1 de janeiro”. O plural?  É anos-novos.


 


 


       Ano novo (sem hífen) são duas palavras:  substantivo ano + adjetivo novo.  Um ano novo, sem hífen, é o mesmo que um novo ano: “Espero que nossos desejos se realizem neste ano novo (ou novo ano)”. “A empresa espera fechar muitos negócios neste ano novo”. Seria oposto de ano  velho.

Ao encontro de ou de encontro a?

 Essas duas expressões são corretas, mas têm sentidos diferentes e, por isso, devem ser usadas em contextos distintos. Elas são adjuntos adnominais, mas a simples diferença no uso da preposição muda completamente o sentido de cada uma delas.


 


Ao encontro de tem o sentido de: a favor, na direção.


 


Exemplos:


Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava.


Meu novo trabalho está de acordo com o que desejava.


 


Vamos ao encontro de nossa turma.


Vamos para junto de nossa turma.


 


Essa lei vem ao encontro dos interesses da população.


Essa lei vem a favor, em direção aos interesses da população.


 


De encontro a significa: contra, em sentido contrário.


 


Exemplos:


Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa.


Esta questão está indo contra os interesses da empresa.


 


A decisão tomada foi de encontro às reivindicações do sindicato.


A decisão tomada foi oposta às reivindicações do sindicato.


 


O motorista alcoolizado foi de encontro ao poste.


O motorista alcoolizado chocou-se com o poste.


 


Dica:


Quando for usar as expressões acima, observe antes o que você quer dizer, qual o sentido que deseja dar à mensagem.  As duas expressões não podem ser confundidas, pois um erro pode causar mal-entendidos.


Já ouvi de políticos que seus projetos vão de encontro aos anseios do povo, querendo dizer, creio eu, que seus projetos vão ao encontro dos anseios do povo. Também já li, escrito por advogados, que   “… nossos atos vão de encontro à jurisprudência ...”.


É o que chamamos de um tiro no pé!


 


Por fim, verifique a preposição que rege a expressão:


Ao encontro: rege a preposição de (acordo);


De encontro: rege a preposição a (desacordo).

Para mim ou para eu?

 EU é pronome pessoal reto.  Sempre exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.


MIM é pronome pessoal oblíquo tônico.  Exerce a função de objeto direto preposicionado, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial e agente da passiva e obrigatoriamente deve ser usado com preposição: a mim, de mim, contra mim, entre mim, para mim, por mim. Se vier precedido da preposição com, adquire a forma comigo.


Exemplos:


EU li o jornal. (sujeito)


Ela trouxe o jornal para MIM. (não é sujeito)


Entretanto, observe:


Ela trouxe o jornal para EU ler.


Nesse caso são duas orações. “Ela trouxe o jornal” é a oração principal e “para EU ler” é oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para que eu lesse).


 


Devemos usar o pronome pessoa reto (EU), porque exerce a função de sujeito do verbo no infinitivo (LER). Essa função só pode ser exercida pelos pronomes pessoais retos, nunca por pronomes pessoais oblíquos, como é o caso do pronome MIM.


Conclusão:


A diferença entre PARA MIM e PARA EU está na presença ou não de um verbo (sempre no infinitivo) após o pronome.


A regra é clara: PARA + EU + INFINITIVO.


Este documento é PARA MIM.


Este documento é PARA EU escrever.


O abacaxi é PARA MIM.


O abacaxi é PARA EU descascar agora.


Entregou o bilhete PARA MIM.


Entregou o bilhete PARA EU ler depois.


 


Portanto, sempre que houver um verbo no infinitivo, devemos usar os pronomes pessoais retos. Isso ocorrerá com qualquer preposição.


Ela fez isso POR EU estar cansada.


Ela chegou antes DE EU sair.


 


Pode-se encontrar PARA MIM diante de um infinitivo sem que esteja errado, como nestes enunciados:


É importante PARA MIM fazer alongamento numa academia.


Está sendo difícil PARA MIM aceitar sua transferência.


Foi mais interessante PARA MIM ler sua redação do que para você escrevê-la.


Veja que nas frases acima aparentemente estamos contrariando a sequência para + eu + infinitivo. Revendo a regra, temos que o pronome é “reto” quando sujeito do infinitivo.


Acontece que nessas frases o infinitivo não tem um sujeito, ele (infinitivo) é o próprio sujeito da oração principal.


Veja agora na ordem direta:


Fazer alongamento numa academia é importante PARA MIM.


Aceitar sua transferência está sendo difícil PARA MIM.


Ler sua redação foi mais interessante PARA MIM do que (foi) para você escrevê-la.


 


Observe a sutileza:


PARA MIM estudar é uma alegria.


Como nos casos acima, o pronome oblíquo MIM não é sujeito de ESTUDAR.


Veja que houve apenas uma inversão na ordem natural da frase.


Em ordem direta, teríamos:


Estudar é uma alegria para mim. (Para mim funciona como complemento de estudar.)


Para deixar clara a função de complemento de para mim, convém separá-lo do verbo por uma vírgula. Assim:


 


PARA MIM, estudar é uma alegria.