Quando devemos usar dele ou de ele?
Arnaldo Niskier afirma que: “Quando após a preposição de ou em temos um sujeito, este não pode ser contraído àquela em língua escrita, embora a tendência na oralidade seja a contração.
Assim, temos ‘antes de ela chegar’, não há mal em ele sair’ etc.”.
Chegou a hora de o povo decidir. (verbo no infinitivo)
Chegou a hora de a onça beber água. (verbo no infinitivo)
Ignoramos o que vai acontecer depois de o mundo acabar. (verbo no infinitivo)
Só depois de os grevistas voltarem ao trabalho, é que serão atendidos. (sujeito: os grevistas)
O mesmo ocorre com os pronomes ele, ela, aquele, este, esse, quando fazem parte do sujeito.
De acordo com a gramática normativa, a forma “dele” não pode ser sujeito da oração, porque não há “sujeito preposicionado”, a menos que você queira inventar novas regras para a gramática.
O sujeito pode ter complemento, mas não ser complemento.
Assim, se houver após o “dele” um verbo no infinitivo, devemos usar a preposição do pronome na função do sujeito.
Chegou a hora de ele decidir.
Chegou a hora de aquele homem decidir.
Chegou a hora de este homem decidir.
Depois de ele partir para Londres …
É tempo de o professor publicar seu livro.
Entre os próprios gramáticos não há uniformidade de pensamento.
Alguns autores pregam que a forma contraída é mais natural e espontânea e tem a vantagem de evitar construções artificiais.
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