domingo, 26 de junho de 2022

Dele ou de ele?

 Quando devemos usar dele ou de ele?


Arnaldo Niskier afirma que: “Quando após a preposição de ou em temos um sujeito, este não pode ser contraído àquela em língua escrita, embora a tendência na oralidade seja a contração.


Assim, temos ‘antes de ela chegar’, não há mal em ele sair’ etc.”.


Chegou a hora de o povo decidir. (verbo no infinitivo)


Chegou a hora de a onça beber água. (verbo no infinitivo)


Ignoramos o que vai acontecer  depois de o mundo acabar. (verbo no infinitivo)


Só depois de os grevistas voltarem ao trabalho, é que serão atendidos. (sujeito: os grevistas)


O mesmo ocorre com os pronomes ele, ela, aquele, este, esse, quando fazem parte do sujeito.


De acordo com a gramática normativa, a forma “dele” não pode ser sujeito da oração, porque não há “sujeito preposicionado”, a menos que você queira inventar novas regras para a gramática.

O sujeito pode ter complemento, mas não ser complemento.


Assim, se houver após o “dele” um verbo no infinitivo, devemos usar a preposição do pronome na função do sujeito.


Chegou a hora de ele decidir.


Chegou a hora de aquele homem decidir.


Chegou a hora de este homem decidir.


Depois de ele partir para Londres …


É tempo de o professor publicar seu livro.


Entre os próprios gramáticos não há uniformidade de pensamento.


Alguns autores pregam que a forma contraída é mais natural e espontânea e tem a vantagem de evitar construções artificiais.

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