Barbarismo
De acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, uma das significações de barbarismo “é o uso de formas vocabulares contrárias à norma culta da língua” e ocorre sob os seguintes pontos de vista:
Ortoépico (pronúncia)= peneu no lugar de pneu; rúbrica no lugar de rubrica.
Ortográfico (grafia)= excessão, por exceção.
Gramatical= a construção quando eu ver em vez de quando eu vir; quando ele rever em vez de quando ele revir (sim, segue a conjugação do verbo ver); ela está meia triste em vez de ela está meio triste; menas palavras em vez de menos palavras.
Semântico (sentido das palavras e da interpretação das sentenças)= a fim (finalidade) e afim (semelhante, parente por afinidade ou função matemática). Também ocorre pelo uso inadequado de homônimos ou parônimos: despercebido (não notado) e desapercebido (desatento) / expirar (terminar) e espirar (exalar o ar).
Inclui-se também o uso de estrangeirismos (performance em vez de desempenho ou atuação, debacle em vez de ruína ou derrota)
Simplificando:
Barbarismo é o vício de linguagem que consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
Ultimamente tenho escutado várias pessoas falando que são “aficcionados por” algo.
Aficcionado não existe, trata-se de barbarismo. Grafa-se e pronuncia-se aficionado, que quer dizer “fã”, ”apaixonado”, “que se dedica a algo como se fosse seu trabalho”. Tem a ver com ofício e não com ficção, como “aficcionado” poderia sugerir. A origem da palavra é espanhola e a língua portuguesa segue a mesma grafia usada no espanhol.
Regência
A preposição que segue o termo é “por”, porque todo aficionado é aficionado por alguma coisa.
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