1) É correta a repetição, em pleonasmo, de um pronome pessoal oblíquo átono por um tônico. Exs.:
a) "A mim me parece que o recurso é intempestivo";
b) "A ela, não lhe ficou a ideia de que estavam dizendo a verdade".
2) Na lição de Vitório Bergo, trata-se de construção irrepreensível, apesar de pleonástica, e isso porque "o pleonasmo deixa de considerar-se vício para classificar-se como figura desde que, sem tornar deselegante a frase, contribua para dar maior relevo à ideia"1.
3) Mário Barreto, em corroboração, leciona que "uma boa coleção de pleonasmos possui a língua portuguesa na combinação das formas pronominais, tônicas e atônicas, podendo o pronome absoluto preceder o pronome conjunto complemento: dá-lhe a ele; a mim parece-me que...; parece-me a mim que...; a ti não te faço mal; a mim basta-me a satisfação de ter descoberto estas pérolas; a ele eu não lhe disse nada; ele disse-mo a mim...."2.
4) Nas palavras de Laudelino Freire, "é de boa linguagem, ou seja, não é pleonasmo vicioso, mas sim ênfase, reforçar o pronome objeto com o pronome oblíquo correspondente, ou com o pronome ele, precedidos um e outro da preposição a. Exs.: Mato-me a mim; Sirva-lhes a eles de castigo"3.
5) A autoridade de Vasco Botelho de Amaral, de igual modo, não deixa dúvidas acerca da possibilidade de emprego de pleonasmos dessa natureza: "Parece-me a mim, deu-nos a nós, falou-lhe a ele e similares não devem proscrever-se, porque tal condenação privaria o idioma de construções espontâneas, corretas, portuguesíssimas que se topam amiúde nas mais brilhantes páginas".
6) E arrola tal gramático4 exemplos de insuspeitos autores:
a) "Me dês a mim certíssima resposta" (Camões);
b) "Parecia-me a mim que se haviam de levantar todos, e irem-se lançar aos pés de Cristo" (Padre Antônio Vieira);
c) "A mim não se me pega nada" (Almeida Garrett);
d) "Quem me diz a mim que a grenha ruça não vai ao pé de nós?" (Antônio Feliciano de Castilho).
a) "A mim me parece que o recurso é intempestivo";
b) "A ela, não lhe ficou a ideia de que estavam dizendo a verdade".
2) Na lição de Vitório Bergo, trata-se de construção irrepreensível, apesar de pleonástica, e isso porque "o pleonasmo deixa de considerar-se vício para classificar-se como figura desde que, sem tornar deselegante a frase, contribua para dar maior relevo à ideia"1.
3) Mário Barreto, em corroboração, leciona que "uma boa coleção de pleonasmos possui a língua portuguesa na combinação das formas pronominais, tônicas e atônicas, podendo o pronome absoluto preceder o pronome conjunto complemento: dá-lhe a ele; a mim parece-me que...; parece-me a mim que...; a ti não te faço mal; a mim basta-me a satisfação de ter descoberto estas pérolas; a ele eu não lhe disse nada; ele disse-mo a mim...."2.
4) Nas palavras de Laudelino Freire, "é de boa linguagem, ou seja, não é pleonasmo vicioso, mas sim ênfase, reforçar o pronome objeto com o pronome oblíquo correspondente, ou com o pronome ele, precedidos um e outro da preposição a. Exs.: Mato-me a mim; Sirva-lhes a eles de castigo"3.
5) A autoridade de Vasco Botelho de Amaral, de igual modo, não deixa dúvidas acerca da possibilidade de emprego de pleonasmos dessa natureza: "Parece-me a mim, deu-nos a nós, falou-lhe a ele e similares não devem proscrever-se, porque tal condenação privaria o idioma de construções espontâneas, corretas, portuguesíssimas que se topam amiúde nas mais brilhantes páginas".
6) E arrola tal gramático4 exemplos de insuspeitos autores:
a) "Me dês a mim certíssima resposta" (Camões);
b) "Parecia-me a mim que se haviam de levantar todos, e irem-se lançar aos pés de Cristo" (Padre Antônio Vieira);
c) "A mim não se me pega nada" (Almeida Garrett);
d) "Quem me diz a mim que a grenha ruça não vai ao pé de nós?" (Antônio Feliciano de Castilho).
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