sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Emprego da vírgula é o tema da coluna do professor Trindade

Usa-se a vírgula no período simples:

Para separar termos de mesma função sintática, não ligados pelas conjunções e, ou e nem
Para separar o aposto explicativo ou comparativo*

O aposto especificativo não é separado por vírgula, liga-se diretamente ao termo ao qual se relaciona. Quando o aposto for enumerativo, é mais comum o uso de dois-pontos.

Para separar o vocativo, inclusive o vocativo de ofícios e cartas comerciais
Para separar adjuntos adverbiais antepostos ou intercalados*

Quando o adjunto adverbial estiver na ordem direta, a vírgula é facultativa. Quando for apenas um advérbio, pode-se dispensar a vírgula, exceto em caso de ênfase.

Para separar conjunções adversativas e conclusivas deslocadas
Para indicar a elipse ou a zeugma de um verbo
Para separar expressões explicativas ou retificadoras
Para separar nomes de lugares em indicações de datas, número de rua em endereços e integrantes de dispositivos de lei
Nos objetos pleonásticos antepostos ao verbo e nos anacolutos

Não se usa a vírgula nos termos que se ligam diretamente entre si:

Sujeito e predicado, verbo e objeto direto ou indireto, locução verbal de voz passiva e agente da passiva, nome e complemento nominal ou adjunto adnominal, verbo de ligação e predicativo.

A vírgula é facultativa entre o complemento de um verbo e logo após um adjunto adverbial.

No período composto:

Orações subordinadas adverbiais - a vírgula é facultativa na ordem direta e obrigatória na ordem inversa e na intercalação, com exceção da adverbial consecutiva
Orações subordinadas adjetivas - somente a explicativa é separada por vírgula, travessões ou parênteses da oração principal.
Orações subordinadas substantivas - somente a apositiva é separada por vírgula, dois-pontos ou travessão da oração principal.
Orações reduzidas - seguem as mesmas regras das desenvolvidas

Orações coordenadas - usa-se vírgula nas assindéticas e sindéticas, com exceção das aditivas iniciadas pela conjunção e, que se separam por vírgula em três casos: com sujeitos diferentes, conjunção e com valor adversativo ou conclusivo ou repetição enfática da conjunção, o que configura uma figura de linguagem chamada polissíndeto. Nos casos de assíndeto, ou seja, omissão da conjunção entre o penúltimo e o último termo em uma enumeração, a vírgula é de rigor.

Orações intercaladas - usa-se vírgula, travessão ou parênteses.

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