1) Uma leitora indaga se, após o Acordo Ortográfico de 2008, a palavra polícia continua ou não acentuada.
2) Ora, quanto à acentuação gráfica (aqui abrangidos não apenas os acentos – grave, agudo e circunflexo – , mas também os sinais diacríticos, como o trema), o mencionado acordo alterou, fundamentalmente, alguns aspectos, listados a seguir.
3) Num primeiro ponto, a partir do acordo, nas palavras terminadas em oo, não mais se emprega o acento circunflexo, de modo que agora se escreve voo, enjoo e abençoo, e não mais vôo, enjôo e abençôo.
4) Também não mais se usa o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler e ver e seus compostos (como descrer, desdar, reler e entrever), e, assim, a grafia, doravante, é creem, deem, leem e veem, e não mais crêem, dêem, lêem e vêem.
5) Para acertar a duplicidade já existente nos dois países, foi criado um caso de dupla grafia para diferenciação, com a marca optativa do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da primeira conjugação (louvámos, adorámos e falámos), para opor-se à primeira pessoa do plural do presente do indicativo (louvamos, adoramos e falamos).
6) O trema desapareceu por completo, de modo que a grafia correta é linguiça, sequência e quinquênio, e não mais lingüiça, sequência e qüinqüênio.
7) O acento deixou de ser usado para diferenciar pára (verbo) de para (preposição).
8) Eliminou-se o acento agudo nos ditongos abertos ei e oi de palavras paroxítonas, de modo que se escreve agora assembleia e jiboia, e não mais assembléia e jibóia.
9) Como, no caso do item anterior, o acento foi eliminado das palavras paroxítonas, é certo que continuam sendo acentuados os vocábulos oxítonos com tais terminações, como papéis e herói.
10) Continua valendo a dupla grafia de acento antes de m e n, já que, por questões de pronúncia, Portugal emprega o acento agudo, enquanto o Brasil usa o acento circunflexo. Desse modo são igualmente corretos os acentos dos seguintes vocábulos: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.
11) Feitas essas ponderações, observa-se, para o caso da consulta, que a única possibilidade que haveria para gerar a dúvida trazida pela leitora seria o caso de se pensar na existência de um hipotético acento diferencial entre polícia (substantivo) e policia (terceira pessoa do singular do presente do indicativo ou segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo do verbo policiar – ele policia ou policia tu).
2) Ora, quanto à acentuação gráfica (aqui abrangidos não apenas os acentos – grave, agudo e circunflexo – , mas também os sinais diacríticos, como o trema), o mencionado acordo alterou, fundamentalmente, alguns aspectos, listados a seguir.
3) Num primeiro ponto, a partir do acordo, nas palavras terminadas em oo, não mais se emprega o acento circunflexo, de modo que agora se escreve voo, enjoo e abençoo, e não mais vôo, enjôo e abençôo.
4) Também não mais se usa o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler e ver e seus compostos (como descrer, desdar, reler e entrever), e, assim, a grafia, doravante, é creem, deem, leem e veem, e não mais crêem, dêem, lêem e vêem.
5) Para acertar a duplicidade já existente nos dois países, foi criado um caso de dupla grafia para diferenciação, com a marca optativa do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da primeira conjugação (louvámos, adorámos e falámos), para opor-se à primeira pessoa do plural do presente do indicativo (louvamos, adoramos e falamos).
6) O trema desapareceu por completo, de modo que a grafia correta é linguiça, sequência e quinquênio, e não mais lingüiça, sequência e qüinqüênio.
7) O acento deixou de ser usado para diferenciar pára (verbo) de para (preposição).
8) Eliminou-se o acento agudo nos ditongos abertos ei e oi de palavras paroxítonas, de modo que se escreve agora assembleia e jiboia, e não mais assembléia e jibóia.
9) Como, no caso do item anterior, o acento foi eliminado das palavras paroxítonas, é certo que continuam sendo acentuados os vocábulos oxítonos com tais terminações, como papéis e herói.
10) Continua valendo a dupla grafia de acento antes de m e n, já que, por questões de pronúncia, Portugal emprega o acento agudo, enquanto o Brasil usa o acento circunflexo. Desse modo são igualmente corretos os acentos dos seguintes vocábulos: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.
11) Feitas essas ponderações, observa-se, para o caso da consulta, que a única possibilidade que haveria para gerar a dúvida trazida pela leitora seria o caso de se pensar na existência de um hipotético acento diferencial entre polícia (substantivo) e policia (terceira pessoa do singular do presente do indicativo ou segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo do verbo policiar – ele policia ou policia tu).
Conclusão - segundo o manual de redação jornalística da Dad - evitando erros em notícias e reportagens:
Polícia. 1 - A palavra é feminina quando se refere à ordem, segurança (Fugiu da polícia) e masculina quando designa o policial: Um polícia segurou o ladrão. 2 - Apenas quando se quiser dar ênfase à corporação, a inicial deve ser maiúscula: A Polícia paulista prendeu o ladrão. / A Polícia Militar, a Polícia Política. 3 - A organização pertence ao Estado e não ao município. Assim: polícia paulista (e não "paulistana"), polícia fluminense (e não "carioca").
4 - Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal são instituições únicas, enquanto polícia militar e polícia civil são 27 órgãos. As duas primeiras se escrevem com maiúscula, enquanto as duas últimas se escrevem com minúscula, exceto se vierem seguidas do nome do estado à qual pertencem.
"Polícia carioca". A polícia é fluminense (estadual) e não carioca (municipal).
12) Mas nem esse é o caso, pois não se tem, no caso, acento diferencial. Em verdade, polícia (com a sílaba tônica li) tem acento gráfico porque é uma paroxítona terminada em ditongo, sendo assim que veem os concursos, ou proparoxítona eventual, relativa ou acidental, segundo o Novo Acordo Ortográfico, segundo as bancas Esaf e Fundação Dom Cintra; já na palavra policia, a sílaba forte é ci, e esse fato não gera razão alguma para que exista acento gráfico no mencionado vocábulo.
13) Assim, em resumo, pelas razões já expostas, mesmo após o Acordo Ortográfico de 2008, polícia continua com acento gráfico, enquanto policia continua sem acento gráfico. O Novo Acordo Ortográfico só alterou algumas regras de acentuação e emprego do hífen, não todas, não mudou os demais conteúdos de gramática, literatura e redação.
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