1) Um leitor pergunta como fica a grafia da seguinte expressão após o Acordo Ortográfico: tão somente, tão-somente ou tãossomente?
2) Uma atenta leitura das alterações trazidas pelo Acordo Ortográfico mostra que este, em determinada extensão, veio para modificar o emprego do hífen nas palavras compostas, e a situação acabou ficando do seguinte modo: às vezes, passou a unir os elementos sem o emprego do hífen; outras vezes os manteve apartados, também sem a conexão pelo hífen; por fim, em alguns casos, acabou mantendo a união com o hífen, como se dava no sistema anterior.
3) No que concerne de modo específico ao caso da consulta, o que se tinha antes era uma expressa posição oficial sobre o assunto, e esta continua existindo em tais moldes após o Acordo Ortográfico. É o que se passa a explanar.
4) Parta-se, por primeiro, da premissa de que a Academia Brasileira de Letras, desde o início do século XX, por delegação conferida por lei, tem a autoridade para listar oficialmente os vocábulos pertencentes ao vernáculo, e ela o faz por meio da publicação periódica do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
5) Pois bem. Em sua edição de 2004, o VOLP registrava a grafia tão-somente, com os elementos unidos por hífen.1
6) Ao depois, na primeira edição posterior ao Acordo Ortográfico, tal obra passou a registrar a grafia tão somente, separando os elementos e fazendo desaparecer o hífen.2
7) Como o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa é a palavra oficial sobre a matéria, conclui-se que, após o Acordo Ortográfico, a grafia correta da expressão só pode ser tão somente. Como tão é um advérbio e não um prefixo, as regras de duplicação das consoantes r e s não se aplicam neste caso.
2) Uma atenta leitura das alterações trazidas pelo Acordo Ortográfico mostra que este, em determinada extensão, veio para modificar o emprego do hífen nas palavras compostas, e a situação acabou ficando do seguinte modo: às vezes, passou a unir os elementos sem o emprego do hífen; outras vezes os manteve apartados, também sem a conexão pelo hífen; por fim, em alguns casos, acabou mantendo a união com o hífen, como se dava no sistema anterior.
3) No que concerne de modo específico ao caso da consulta, o que se tinha antes era uma expressa posição oficial sobre o assunto, e esta continua existindo em tais moldes após o Acordo Ortográfico. É o que se passa a explanar.
4) Parta-se, por primeiro, da premissa de que a Academia Brasileira de Letras, desde o início do século XX, por delegação conferida por lei, tem a autoridade para listar oficialmente os vocábulos pertencentes ao vernáculo, e ela o faz por meio da publicação periódica do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
5) Pois bem. Em sua edição de 2004, o VOLP registrava a grafia tão-somente, com os elementos unidos por hífen.1
6) Ao depois, na primeira edição posterior ao Acordo Ortográfico, tal obra passou a registrar a grafia tão somente, separando os elementos e fazendo desaparecer o hífen.2
7) Como o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa é a palavra oficial sobre a matéria, conclui-se que, após o Acordo Ortográfico, a grafia correta da expressão só pode ser tão somente. Como tão é um advérbio e não um prefixo, as regras de duplicação das consoantes r e s não se aplicam neste caso.
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