1) Um leitor, partindo do princípio de que se trata de uma sigla, indaga onde está a forma correta: Ovni ou Óvni? Ovnis, Óvnis ou Ovni’s?
2) O que se busca saber no caso da consulta são dois aspectos distintos: a) o modo correto de levar uma sigla para o plural; b) como se porta o acento gráfico nas siglas e, de modo específico, na palavra referida.
3) Quanto ao primeiro aspecto, parece integralmente aceitável a lição de Napoleão Mendes de Almeida de que se pluralizam as siglas pelo acréscimo de um s minúsculo às letras já integrantes delas: CEPs, CICs, RGs.1
4) Desse entendimento também é Arnaldo Niskier, para quem "não há motivos para não marcar o plural das siglas com um s minúsculo".2
5) Regina Toledo Damião e Antonio Henriques também partilham do mesmo entendimento de que, "com respeito ao plural das siglas, aceita-se o uso do s (minúsculo) para efeito de pluralização: PMS, INPMs, MPs".3
6) Tal uso de um s minúsculo ao final da sigla, para Edmundo Dantes Nascimento, "é uma solução gráfica sem aprovação de convenção acerca do assunto, mas que resolve o caso".4
7) Ressalve-se, todavia, que a pluralização da sigla, em tais casos, se dá com a simples junção de um s minúsculo, e não mediante emprego de algum apóstrofo, que não serve para a formação do plural, e sim para indicar supressão de letras: CEPs, CICs, RGs, e não CEP’s, CIC’s, RG’s.
8) E, quanto ao segundo aspecto da consulta, é entendimento pacífico que não se acentuam as siglas, como é fácil perceber em PETROBRAS (que seria acentuada por se tratar de oxítona terminada por a) e em SESI (que seria acentuada por ser paroxítona terminada por i).
9) Parece importante ressaltar, a esta altura, que, não se deve confundir as siglas com as abreviaturas, e isso porque, diversamente das siglas, as abreviaturas devem ser acentuadas, se o acento estiver na parte que permanece da palavra abreviada. Exs.: fábr. (de fábrica), pág. (de página), téc. (de técnica).
10) Observa-se, por fim, em termos práticos, para a solução final do problema, que ao leitor escapou um pormenor de extremo significado. E, para dar solução adequada à questão, fixa-se por premissa que a Academia Brasileira de Letras, desde o início do século XX, por delegação conferida por lei, tem a autoridade para listar os vocábulos pertencentes ao vernáculo, e ela o faz por meio da publicação periódica do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
11) Pois bem. Em sua edição mais recente, o VOLP registra a palavra óvni, assim minúscula, com acento gráfico, e especifica que se trata não mais de uma sigla, e sim de um substantivo masculino5, o que, obviamente, permite a normal acentuação gráfica e pluralização do vocábulo. Em geral, siglas não são dicionarizadas, mas algumas já são registradas em dicionários, por serem consideradas palavras, como ibope, jipe, aids, radar e laser.
12) Em síntese: a) óvni é, na atualidade, em nosso idioma, um substantivo masculino, e não uma sigla; b) como vocábulo normal, por se tratar de palavra paroxítona terminada por i, como táxi, recebe acento agudo na vogal tônica; c) por fim, seu plural se forma naturalmente pela adição de um s (óvnis).
2) O que se busca saber no caso da consulta são dois aspectos distintos: a) o modo correto de levar uma sigla para o plural; b) como se porta o acento gráfico nas siglas e, de modo específico, na palavra referida.
3) Quanto ao primeiro aspecto, parece integralmente aceitável a lição de Napoleão Mendes de Almeida de que se pluralizam as siglas pelo acréscimo de um s minúsculo às letras já integrantes delas: CEPs, CICs, RGs.1
4) Desse entendimento também é Arnaldo Niskier, para quem "não há motivos para não marcar o plural das siglas com um s minúsculo".2
5) Regina Toledo Damião e Antonio Henriques também partilham do mesmo entendimento de que, "com respeito ao plural das siglas, aceita-se o uso do s (minúsculo) para efeito de pluralização: PMS, INPMs, MPs".3
6) Tal uso de um s minúsculo ao final da sigla, para Edmundo Dantes Nascimento, "é uma solução gráfica sem aprovação de convenção acerca do assunto, mas que resolve o caso".4
7) Ressalve-se, todavia, que a pluralização da sigla, em tais casos, se dá com a simples junção de um s minúsculo, e não mediante emprego de algum apóstrofo, que não serve para a formação do plural, e sim para indicar supressão de letras: CEPs, CICs, RGs, e não CEP’s, CIC’s, RG’s.
8) E, quanto ao segundo aspecto da consulta, é entendimento pacífico que não se acentuam as siglas, como é fácil perceber em PETROBRAS (que seria acentuada por se tratar de oxítona terminada por a) e em SESI (que seria acentuada por ser paroxítona terminada por i).
9) Parece importante ressaltar, a esta altura, que, não se deve confundir as siglas com as abreviaturas, e isso porque, diversamente das siglas, as abreviaturas devem ser acentuadas, se o acento estiver na parte que permanece da palavra abreviada. Exs.: fábr. (de fábrica), pág. (de página), téc. (de técnica).
10) Observa-se, por fim, em termos práticos, para a solução final do problema, que ao leitor escapou um pormenor de extremo significado. E, para dar solução adequada à questão, fixa-se por premissa que a Academia Brasileira de Letras, desde o início do século XX, por delegação conferida por lei, tem a autoridade para listar os vocábulos pertencentes ao vernáculo, e ela o faz por meio da publicação periódica do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
11) Pois bem. Em sua edição mais recente, o VOLP registra a palavra óvni, assim minúscula, com acento gráfico, e especifica que se trata não mais de uma sigla, e sim de um substantivo masculino5, o que, obviamente, permite a normal acentuação gráfica e pluralização do vocábulo. Em geral, siglas não são dicionarizadas, mas algumas já são registradas em dicionários, por serem consideradas palavras, como ibope, jipe, aids, radar e laser.
12) Em síntese: a) óvni é, na atualidade, em nosso idioma, um substantivo masculino, e não uma sigla; b) como vocábulo normal, por se tratar de palavra paroxítona terminada por i, como táxi, recebe acento agudo na vogal tônica; c) por fim, seu plural se forma naturalmente pela adição de um s (óvnis).
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