1) Um leitor parte do princípio de que, quando queremos fazer uma referência vaga ou genérica a alguém, ou falar de uma pessoa cujo nome desconhecemos, geralmente empregamos as expressões fulano, beltrano e sicrano. Diz ele, porém, que já ouviu alano, mengano, zutano, citano e perengano. E indaga: além das três primeiras, existem outras formas para tais referências em português?
2) Ora, quando se emprega um vocábulo como fulano, quer-se falar de uma pessoa indeterminada, ou de alguém que não se conhece, ou, ainda, de alguém que não se quer nomear. Ex.: "O fulano que atendeu não vestia o uniforme da repartição".
3) Se a referência é feita a mais de uma pessoa, fala-se de fulano, sicrano (e não siclano, cicrano ou ciclano) e beltrano. Ex.: "Não me interessa se o autor dessa estupidez foi fulano, sicrano ou beltrano". Ciclano existe, mas é um hidrocarboneto saturado cíclico, pertencente ao mundo da Química, não ao coloquialismo do Português.
4) Quanto aos demais vocábulos trazidos pela consulta, podem-se fazer as seguintes observações a seu respeito: a) O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, com delegação legal para listar oficialmente os vocábulos existentes no idioma, não registra mengano, citano, cicrano e perengano, o que implica dizer que tais palavras não existem em nosso idioma; b) Quanto a zutano, trata-se de vocábulo do espanhol, não do português; c) Por fim, a palavra alano existe no vernáculo, mas seu sentido é de um povo de origem iraniana, que invadiu a Gália em 406, de modo que não tem a acepção pretendida pela consulta.
5) Em síntese, respondendo de modo direto à pergunta: a) em português, existem fulano, sicrano e beltrano; b) para complementar essa discriminação, todavia, não existem alano, mengano, zutano, citano e perengano. Nos cursos de Direito, por influência das chamadas das sessões de cinema da Rede Globo, usa-se 'Caio, Tício, Semprônio e Mévio', em vez de 'Lucas, Paulo e Joaquim', para nomear uma pessoa desconhecida. Também se usa 'Fulano de Tal', 'da Silva' ou 'da Silva Sauro', quando o sobrenome é desconhecido, esse último em referência a série de TV Família Dinossauros.
2) Ora, quando se emprega um vocábulo como fulano, quer-se falar de uma pessoa indeterminada, ou de alguém que não se conhece, ou, ainda, de alguém que não se quer nomear. Ex.: "O fulano que atendeu não vestia o uniforme da repartição".
3) Se a referência é feita a mais de uma pessoa, fala-se de fulano, sicrano (e não siclano, cicrano ou ciclano) e beltrano. Ex.: "Não me interessa se o autor dessa estupidez foi fulano, sicrano ou beltrano". Ciclano existe, mas é um hidrocarboneto saturado cíclico, pertencente ao mundo da Química, não ao coloquialismo do Português.
4) Quanto aos demais vocábulos trazidos pela consulta, podem-se fazer as seguintes observações a seu respeito: a) O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, com delegação legal para listar oficialmente os vocábulos existentes no idioma, não registra mengano, citano, cicrano e perengano, o que implica dizer que tais palavras não existem em nosso idioma; b) Quanto a zutano, trata-se de vocábulo do espanhol, não do português; c) Por fim, a palavra alano existe no vernáculo, mas seu sentido é de um povo de origem iraniana, que invadiu a Gália em 406, de modo que não tem a acepção pretendida pela consulta.
5) Em síntese, respondendo de modo direto à pergunta: a) em português, existem fulano, sicrano e beltrano; b) para complementar essa discriminação, todavia, não existem alano, mengano, zutano, citano e perengano. Nos cursos de Direito, por influência das chamadas das sessões de cinema da Rede Globo, usa-se 'Caio, Tício, Semprônio e Mévio', em vez de 'Lucas, Paulo e Joaquim', para nomear uma pessoa desconhecida. Também se usa 'Fulano de Tal', 'da Silva' ou 'da Silva Sauro', quando o sobrenome é desconhecido, esse último em referência a série de TV Família Dinossauros.
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